Caracterização comportamental, bioquímica e farmacológica e efeito da natação sobre o modelo experimental da síndrome da dor complexa regional tipo I em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bratti, Tatiane
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95950
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2011
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spelling Caracterização comportamental, bioquímica e farmacológica e efeito da natação sobre o modelo experimental da síndrome da dor complexa regional tipo I em camundongosNeurociênciasCamundongo como animal de laboratorioDorIsquemiaNataçãoEfeito fisiologicoInflamaçãoEstresse OxidativoExercicios fisicosEfeito fisiologicoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2011A síndrome da dor complexa regional (SDCR) pode ter início após um trauma, geralmente em uma extremidade, resultando em dor, disfunção da regulação vasomotora e sudomotora, mudanças tróficas na pele e anormalidades motoras. A SDCR pode ocorrer na ausência ou presença de lesão nervosa (tipo I ou II, respectivamente). Apesar de estudada, a SDCR ainda necessita de uma definição precisa que engloba o entendimento de sua patofisiologia. Diversos estudos demonstram que o exercício físico regular é capaz de beneficiar, neste contexto, positivamente a saúde diminuindo a dor ocasionada pela SDCR tipo I. Desta forma, os objetivos deste estudo foram: (1) caracterizar o modelo de SDCR tipo I em camundongos (Swiss) adultos machos através de análises bioquímicas, farmacológicas e comportamentais e (2) observar alguns efeitos do exercício físico de natação de alta intensidade neste modelo experimental. Para tanto, sob anestesia (hidrato de cloral # 7%, 0,6 mg/kg), os animais foram submetidos à isquemia prolongada através de um torniquete na pata traseira direita por um período de 3 horas que foi logo em seguida removido para permitir a reperfusão, induzindo a dor pós isquemia crônica (DPIC). O nervo tibial foi analisado através de microscopia óptica e foi detectada ausência de dano nervoso, demonstrando que o modelo trata da SDCR tipo I. Os animais submetidos à isquemia apresentaram inicialmente sinais de inflamação, com hiperemia e edema que duraram quatro a cinco dias, bem como hipersensibilidade ao frio (placa fria, 10 °C) por um período de quatro semanas, quando comparados aos animais naive. A hipersensibilidade mecânica (testada através de filamentos de von Frey) também foi evidente por quatro semanas e foi diminuída por anti-inflamatórios como ibuprofeno e dexametasona se tratada agudamente. Entretanto, em estágios crônicos, apenas os anti-neuropáticos (morfina ou gabapentina) e o antioxidante N-acetil-L-cisteína (NAC) foram capazes de reduzir a hipersensibilidade. No sexto dia após a lesão, a isquemia e reperfusão (IR) também aumentou os níveis de tióis, mas não os de citocinas na pele da pata e na medula dos camundongos. Na segunda fase do trabalho, foram observados os efeitos da natação sobre a DPIC, assim, comparou-se os grupos que realizaram o exercício de natação por 30 minutos durante cinco dias antes (NIR), após (IRN) ou antes e após a IR (NIRN). O exercício de natação aumentou a hiperemia e o grupo IRN apresentou diminuição do edema da pata. Além disso, todos os grupos que foram submetidos ao exercício apresentaram redução da hipersensibilidade mecânica. O grupo NIRN também apresentou redução da hipersensibilidade térmica ao frio. Em conclusão, este estudo descreve primeiramente o perfil farmacológico, bioquímico e comportamental em camundongos com DPIC, modelo de SDCR tipo I; num segundo momento, mostra que o exercício de natação crônico de alta intensidade induz efeito anti-hipernociceptivo, sugerindo que este pode ser uma abordagem efetiva no tratamento da SDCR.Complex regional pain syndrome-type I (CRPS-I) initiates after a trauma, usually in one of the limbs in which the patient develops pain, dysfunction of vasomotor regulation and sudomotor, trophical changes on skin and motor unction abnormalities. CRPS-I does not cause nerve injury while complex regional pain syndrome-type II damages the nerves. Although studies on CRPS can be found in the literature, a formal and precise definition and also a better understanding of its pathophisiology is required. Additionally, many studies show that regular exercising can positively bring health benefits including reduction of pain caused by CRPS-I. Thus, the objectives of this study were: (1) characterization of an animal model of CRPS type-I (called chronic post-ischemic pain # CPIP in mice) using biochemical, pharmacological and behavioral analysis and (2) observation of the effects of high intensity swimming exercise on animal model. CPIP was induced following prolonged hind paw ischemia by placing a tourniquet proximal to the ankle joint for three hours in an anesthetized mouse and removing it to allow reperfusion. Light-microscopic examination of the tibial nerve taken from the region proximal to the tourniquet revealed no signs of nerve damage. Mice presented initial inflammation, hyperemia and edema that lasted four or five days, as well as cold hypersensitivity (cold plate, 10 °C) for a period of four weeks. Mechanical hypersensitivity (von Frey hairs) was also evident for four weeks and could be relieved by anti-inflammatory drugs like ibuprofen and dexamethasone if treated acutely. However, in chronic stages, only antineuropathic drugs (morphine or gabapentine) or antioxidant N-acetyl-Lcysteine (NAC) were able to reduce hypersensitivity. CPIP also increased thiols levels but did not affect the levels of pro-inflammatory cytokines in both hind paw skin and spinal cord in mice. Furthermore, swimming exercise changed the pattern of hyperemia and edema and reduced both mechanical and cold hypersensitivity in CRPS-I mice. In conclusion, this study describes the pharmacological, biochemical and behavioral analysis in a model CRPS-I applied in mice; and also indicates that the exercise of swimming has some benefits in CPIP, suggesting that it can be an effective approach to treat CRPS-I.Santos, Adair Roberto Soares dosDuarte, Elisa Cristiana WinkelmannUniversidade Federal de Santa CatarinaBratti, Tatiane2012-10-26T07:25:40Z2012-10-26T07:25:40Z2012-10-26T07:25:40Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis107 p.| il., grafs., tabs.application/pdf291802http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95950porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T16:11:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95950Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T16:11:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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