Biologia reprodutiva da pereira japonesa (Pyrus pyrifolia, var. culta) sob o efeito do genótipo e do ambiente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faoro, Ivan Dagoberto
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93268
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais.
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spelling Biologia reprodutiva da pereira japonesa (Pyrus pyrifolia, var. culta) sob o efeito do genótipo e do ambienteRecursos genéticos vegetaisMorfologia (Biologia)PeraCultivoFertilização(Biologia)PolenFloresPlantas -FertilizacaoMorfologia vegetalTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais.Foi avaliada a morfologia da biologia reprodutiva da pereira em duas diferentes regioes adafoclimaticas de Santa Catarina. Na regiao com maior quantidade de unidades de frio durante a vernalizacao (Sao Joaquim) ocorreu maior percentagem de gemas com flores, de flores por gema, de gemas com frutos na colheita, de frutos com sementes viaveis e de sementes viaveis por fruto, sendo que a abertura da inflorescencia se da na forma centripeta. Quando a quantidade de frio e maior no inicio (maio) e no final (julho) da vernalizacao, a floracao foi mais intensa, sendo que a cv. Kousui apresentou a melhor floracao. O comprimento do pedunculo das flores nao deve ser um fator de selecao no melhoramento genetico da pereira japonesa em regioes com quantidade insuficientes de horas de frio durante a vernalizacao. Clima mais ameno (Cacador) favorece a formacao de flores com maior quantidade de sepalas, petalas, maior numero e comprimento dos estigmas e maior numero de anteras. Nao e aconselhavel calcular a percentagem de fixacao de frutos no estadio #gJ#h por que ocorre elevada quantidade de queda de frutos entre esta fase e a colheita, podendo assim ser superestimada a producao da planta. A criacao da escala das Fases Fenologicas das Flores (3Fx) e util para identificar as fases mais importantes em diversos processos biologicos das flores e tornar mais didaticas o seu entendimento. O numero de graos de polen por saco polinico ja esta definido na fase inicial de formacao da flor (3F1). A pereira produz polen em grande quantidade (medias entre 86.356 e 114.581 graos. flor-1), sendo esse seu principal recurso para atrair os insetos polinizadores. A regiao mais fria produz graos de polen de maior diametro e por isso de melhor qualidade, e as melhores taxas germinativas ocorrem entre as fases 3F3 e 3F6, coincidindo quando as flores estao em sua fase mais exuberante. Para testes in vitro, a melhor leitura para determinar a taxa de germinacao do polen se da 4hs apos ficar em incubacao a 26+0,5. As fases fenologicas da flor que produzem polen de melhor qualidade estao entre 3F4 e 3F6. A coleta de polen para uso em polinizacao manual, em pomares comerciais, pode dar-se entre as fases 3F3 e 3F6. Geralmente, a producao de nectar inicia nas fases 3F3 e 3F4 e termina na fase 3F7, e a maior producao diaria de nectar instantaneo (2,6 ~ 6,3 ÊL) e o maior teor de Solidos Soluveis Totais (5,3 ~ 15,4Brix) geralmente ocorrem nas fases 3F5 e 3F6. As cultivares de pereira produzem nectar em quantidade semelhante a outras frutiferas de clima temperado, mas apresenta baixo teor de acucar e esta e a causa da menor atracao aos insetos polinizadores em relacao as outras especies frutiferas. Menor precipitacao, temperaturas mais baixas e ventos mais fortes durante a floracao foram os principais indutores da menor quantidade ou nao producao de nectar em Sao Joaquim. Neste local, a atracao da flor da pereira aos insetos polinizadores e exercita principalmente pela biomassa dos graos de polen, fator que favoreceu alta incidencia do coleoptero Astylus quadrilineatus, inseto que induz a sindrome secundaria de cantarofilia em pereira, possivelmente o primeiro caso registrado nesta cultura, no Brasil. A polinizacao realizada nas fases 3F4 e 3F6 resultam numa melhor fixacao de frutos. Flores da cv. Nijisseiki tem periodo efetivo de polinizacao (PEP) de pelo menos cinco dias (ate a fase 3F7), enquanto as da cv. Suisei tem pelo menos seis dias (ate a fase 3F8). A quantidade de sementes por fruto dependente mais da cultivar (fator genetico) que do clima (fator ambiental). A cv. Kousui tem fixacao de frutos muito boa a extremamente alta e difere significativamente da cv. Housui. A fixacao de frutos da cv. Housui e maior em condicoes de maior quantidade de frio. As cvs. Housui e Kousui apresentaram baixa fecundidade quanto ao numero medio de sementes produzidas por frutos (<3,0), a cv. Suisei apresentou fecundidade intermediaria (3,1 a 5,0 sementes por fruto) e a cv. Nijisseiki apresentou alta fecundidade (>5,1 sementes por fruto). As cultivares apresentam partenocarpia e fertilizacao por polinizacao cruzada (alogamia). Em Cacador a taxa de partenocarpia e maior que em Sao Joaquim. Em trabalho de melhoramento genetico tradicional da pereira, apos a emasculacao, nao ha necessidade de proteger as flores de eventuais visitas de insetos polinizadores, pois as flores nao sao mais atrativas. A quantidade de insetos polinizadores e cerca de 6% a 14% da ideal. Por isso, e indicado instalar o maior numero de colonias de abelhas fortes por hectare e adotar formas de manejo que aumente a eficacia e a eficiencia em direciona-las as flores da pereira. Para preservar a diversidade das especies de insetos polinizadores nativos, que sao de elevada eficiencia, e indicado manter as plantas nativas rasteiras nas entrelinhas do pomar de pereira. A presenca de floresta nativa proximo ao pomar e as temperaturas medias mais elevadas em Cacador foram fatores que beneficiaram a presenca da maior diversidade de insetos polinizadores, em relacao a Sao Joaquim. As cvs. Housui e Kousui tem maior Brix que a cv. Nijisseiki e por isso sao mais saborosas.Florianópolis, SCOrth, Afonso InacioUniversidade Federal de Santa CatarinaFaoro, Ivan Dagoberto2012-10-24T19:27:09Z2012-10-24T19:27:09Z20092009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis1 v.| il., tabs., grafs.application/pdf266722http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93268porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-01T01:21:25Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/93268Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-01T01:21:25Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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