Vozes das mulheres negras cotistas da Universidade Federal de Santa Catarina (2010-2014)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/173251 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2016. |
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Vozes das mulheres negras cotistas da Universidade Federal de Santa Catarina (2010-2014)EducaçãoNegrasSanta CatarinaDiscriminação na educaçãoSanta CatarinaProgramas de ação afirmativaSanta CatarinaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2016.Neste estudo buscou-se "investigar as mudanças em curso nas trajetórias de mulheres negras cotistas dos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Trindade, considerando seu ingresso, desenvolvimento no curso e as expectativas em relação ao mercado de trabalho". Foram realizadas doze entrevistas, sobre as trajetórias de vida escolar e universitária e procurou-se contemplar uma estudante de cada Centro de Ensino da Universidade. O aporte teórico foi constituído a partir de dois autores: Pierre Bourdieu e Kimberlé Crenshaw. Nos conceitos de ambos há o apoio para a análise das entrevistas. De maneira sintética, de Pierre Bourdieu utiliza-se a categoria de habitus para evidenciar as mudanças ocorridas nas trajetórias das mulheres entrevistadas, considerando sua histórica exclusão dos espaços de prestígio social; de campus para pensar em que sentido o campo universitário tem influenciado as vidas dessas mulheres e a questão do racismo institucional. Parte-se do pressuposto que um "campo" opera como um poder, como um sistema que se organiza e se desenvolve por meio das estruturas, das práticas, das políticas e das normas, definindo tanto as oportunidades quanto os valores para pessoas e populações em diferentes níveis: pessoal, interpessoal e institucional. Por fim, o conceito bourdieusiano de capital usa-se para identificar quais tipos de capitais as estudantes mobilizaram em suas trajetórias escolares. A categoria de interseccionalidade de Kimberlé Crenshaw foi mobilizada para a análise das questões de racismo, discriminação, origem social etc., ou seja, para compreender como duas ou mais formas de subordinação ou vários eixos da subordinação se agregam. Não se trata de uma "superposição", mas de uma "interação", retratada como interseccionalidade. As entrevistas estão dispostas em três capítulos que se distinguem pelas diferentes perspectivas em relação à herança cultural e familiar: "Mulheres que romperam com a sina familiar, as contradições da herança"; "Incentivo familiar e a herança das contradições"; e 'O espaço familiar como gerador da herança cultural". Neles se apresentam as histórias de vida juntamente com as análises dessas trajetórias de doze mulheres negras cotistas da UFSC.<br>Abstract : This study investigates the ongoing changes in the trajectories of twelve Black women who are quota students of undergraduate courses at the Federal University of Santa Catarina (UFSC), in Brazil, considering their admission in the course, academic performance, and the expectations concerning the labor market. Interviews were conducted on the students' school and university life. We sought to address one student from every Faculty of UFSC. The theoretical framework was based on two authors: Pierre Bourdieu and Kimberle Crenshaw. The conceptions of both provide support for the analysis of the interviews. Synthetically, Pierre Bourdieu proposes the category habitus, which we used to highlight the changes in the trajectories of the women interviewed, considering their historical exclusion of social prestige spaces. He also proposes the category campus, which we employed to analyze how the university field has influenced the lives of these women and also the issue of institutional racism. We started from the assumption that a "field" operates as a power, as a system that organizes and develops through the structures, practices, policies and standards, defining both the opportunities and the values for individuals and populations at different levels: personal, interpersonal, and institutional. Finally, the Bourdieusian concept of capital was used to identify which types of capital the students mobilized in their school careers. We also employed Crenshaw's category of intersectionality for the analysis of issues of racism, discrimination, social origin, etc., in order to understand how two or more forms of subordination or several axes of subordination integrate. This was not a "superposition", but an "interaction", portrayed as intersectionality. Interviews are arranged in three chapters which are distinguished by different perspectives on cultural and family heritage: "Women who broke with the family fate, the contradictions of heritage"; "Family encouraging and the heritage of contradictions"; and "The family space as a cultural heritage generator." Those chapters present the stories of life along with the analysis of the trajectories of the Black quota-student women at UFSC.Valle, Ione RibeiroUniversidade Federal de Santa CatarinaDentz, Schirlei Russi von2017-02-14T03:02:05Z2017-02-14T03:02:05Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis200 p.| il., grafs.application/pdf344114https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/173251porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-14T03:02:05Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/173251Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-02-14T03:02:05Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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