Aleitamento materno, alimentação complementar e gordura corporal: um estudo de associação com escolares de Florianópolis, SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonsalez, Priscila Schramm
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128878
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014
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spelling Aleitamento materno, alimentação complementar e gordura corporal: um estudo de associação com escolares de Florianópolis, SCNutriçãoAleitamento maternoObesidadeEstudantesLactentes -NutriçãoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar a associação entre a duração do aleitamento materno exclusivo (AME), a idade de introdução da alimentação complementar (AC) com a gordura corporal em escolares de Florianópolis, SC. Métodos: Estudo transversal com amostra probabilística de 1.531 escolares de 7 a 10 anos da rede de ensino fundamental pública e particular de Florianópolis. Foram coletadas medidas antropométricas diretas dos escolares e os dados referentes ao AME, introdução da AC e demais variáveis (peso ao nascer, idade gestacional de nascimento; índice de massa corporal, idade e escolaridade materna e renda familiar) foram obtidas por meio de questionário enviado aos pais ou responsáveis. Para as análises realizadas utilizou-se o software STATA 11.0. Inicialmente foi realizada a análise descritiva da amostra. Para verificar as associações entre a variável dependente (gordura corporal) e cada variável independente foi utilizado o teste de qui-quadrado de heterogeneidade. As variáveis com p<0,20 na análise bivariada foram selecionadas para entrarem na análise multivariável, realizada por meio da regressão de Poisson usando backward selection conforme modelo de análise. O comando SVY foi usado como procedimento de ajuste para considerar o efeito de amostragem nas análises. Os resultados foram apresentados pelas razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. O critério de permanência das variáveis no modelo final foi p<0,05. Resultados: Em relação ao AME, a maior parte da amostra (36,6%) foi amamentada pelo período variando de 1 mês até os 3 meses de idade. O percentual de escolares que nunca receberam AME/receberam por menos de 1 mês foi de 27,5%, e a prevalência dos que foram amamentados exclusivamente por 4 a 6 meses foi 30,6 %. A média de idade das mães dos escolares foi 36,4 anos. Em relação à escolaridade, a maior parte tinha o ensino superior em andamento/completo/ (42,2%). Quanto às variáveis de nascimento, a maior parte dos escolares teve peso adequado ao nascer (91,4%) e não eram prematuros (82,9%). Na introdução da alimentação complementar, a maior parte dos escolares receberam leite de vaca (43,5%) e sucos de frutas (50,9%) antes dos 6 meses de idade. Na maior parte da amostra avaliada, as frutas (48,8%), legumes (59,6%), cereais (68,3%), leguminosas (75,3%) e carnes (66,2%) foram introduzidas após os 6 meses. Os alimentos não saudáveis foram introduzidos após os 12 meses de vida da criança em 75,5% da população avaliada. Água e/ou chá foram os alimentos mais precocemente introduzidos para as crianças (66,3%). A prevalência de excesso de gordura corporal foi maior entre os escolares que receberam AME por 6 meses ou mais em comparação aos amamentados por 4-6 meses. Na análise multivariada após regressão de Poisson para ajuste das variáveis de controle, a prevalência de excesso de gordura corporal foi 112% maior (RP=2,12; IC95%:1,41;3,20) entre os que haviam recebido AME por 6 meses ou mais, sendo esta associação estatisticamente significativa (p=0,001). A prevalência de excesso de gordura corporal foi maior entre as meninas que foram introduzidas aos cereais antes dos 6 meses de vida em comparação as que receberam após os 12 meses de idade. Na análise bruta, no sexo feminino, ter recebido cereais após os 12 meses foi protetor para o excesso de gordura corporal (RP=0,54 IC95%0,33; 0,87), sendo esta diferença significativa (p=0,045). Na análise multivariada após regressão de Poisson para ajuste das variáveis de controle, a prevalência de excesso de gordura corporal foi 49% menor (RP=0,51; IC95%:0,30; 0,87) entre as que haviam recebido cereais após os 12 meses ou mais, mantendo-se a significância encontrada na análise bivariada (p=0,024). Nos meninos tal associação não foi encontrada para a mesma categoria de alimentos. Para água/chás, leite de vaca, sucos de frutas, frutas, legumes, leguminosas, carnes e alimentos não saudáveis, tanto nas análises bivariadas quando nas multivariadas, não foram encontradas diferenças significativas entre a sua introdução e maior risco para o excesso de gordura corporal. Conclusão: O AME foi associado com o excesso de gordura corporal nas análises brutas e ajustadas. A introdução de cereais após os 12 meses constituiu fator de proteção para o excesso de gordura corporal nas meninas de 7-10 anos de idade quando estas foram comparadas às meninas introduzidas precocemente a estes alimentos. Considerando-se o acúmulo de evidências sobre o tema, a prática de AME e a introdução adequada da alimentação complementar devem continuar sendo incentivadas.(dissertação).2014.Abstract: Objective: To assess the association between exclusive breastfeeding duration, age of introduction of complementary feeding with body fat mass in schoolchildren from Florianópolis, SC. Methods: Cross sectional study, with probability sample of 1.531 schoolchildren aged seven to ten years of Florianópolis. Anthropometric measurements were collected directly from the schoolchildren and the data related to exclusive breastfeeding, complementary feeding and other variables (birth weight, gestational age; body mass index, age, mothers' education and family income) were obtained through a questionnaire sent to parents or guardians. For the analyzes we used the STATA 11.0 software. Initially a descriptive analysis was performed. To assess associations between the outcome (body fat) and each independent variable the chi-squared test of heterogeneity was used. Variables with p-value <0,20 in the bivariate analysis were selected to enter into the multivariable analysis, performed by Poisson regression using backward selection. For adjustment procedures, SVY command was used to consider the effect of sampling in the analyzes. The results were presented by prevalence ratios and their intervalor of 95%. The criterion for keeping variables in the final model was p-value <0,05. Results: Compared to EBF, the majority of the sample (36,6%) were breastfed for a period ranging from 1 month to 3 months. The percentage of children who never received EBF / received for less than 1 month was 27,5 %, and the prevalence of those who were EBF for 4 to 6 months was 30,6%. The mean age of mothers was 36,4 years. Regarding education, most mothers had higher education in progress/complete (42,2 %). Regarding birth variables, most of children had adequate birth weight (91,4 %) and were not premature (82,9 %). For introduction of complementary feeding, most children received cow's milk (43,5 %) and fruit juices (50,9 %) before 6 months. In most of the sample, fruits (48,8 %), vegetables (59,6 %), cereals (68,3 %), beans (75,3 %) and meat (66,2 %) were introduced after 6 months. Not healthy foods were introduced after 12 months in 75,5 % of the population studied. Water and /or tea were earlier introduced (66,3%). The prevalence of body fat excess was higher among students who received EBF for 6 months or more compared to those never breastfeeded. Multivariate Poisson regression analysis was performed after adjusting for confounding factors , the prevalence of excess body fat was 112 % higher (RP = 2,12 IC95% 1,21; 3,20) among those who had been EBF for 6 months or moreand, this association was statistical significant (p = 0,001). The prevalence body fat excess was lower among girls who were introduced to cereals before 6 months compared to those who received it after 12 months. In the crude analysis, girls who received cereal after 12 months were protected against body fat excess (RP = 0,54 IC95%: 0,33; 0,87) , and this difference was significant (p = 0,045) . Multivariate Poisson regression analysis was performed and after adjusting for the control variables, the prevalence of excess body fat was 49% lower (RP = 0,51 IC95%: 0,30; 0,87) among those who had received cereals after 12 months or longer and this the difference remained significant (p = 0,024). In boys this association was not found. For water /tea, cow´s milk, fruit juices, fruits, vegetables, meat and not healthy foods, either in bivariate or in the multivariate analyzes, no significant differences was found between their introduction and increased risk were found for excess fat body. Conclusion: EBF was associated with body fat excess on both crude and multivariteanalysis . The introduction of cereals after 12 months constituted a protective factor for the body fat excess in girls 7-10 years of age when they were compared with girls introduced to these foods earlier. Considering evidences on the subject, the practice of EBF and appropriate introduction of complementary foods should be continuously encouraged.Vasconcelos, Francisco de Assis Guedes deUniversidade Federal de Santa CatarinaGonsalez, Priscila Schramm2015-02-05T20:26:40Z2015-02-05T20:26:40Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis152 p.| tabs.application/pdf329717https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128878porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-02-05T20:26:40Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/128878Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732015-02-05T20:26:40Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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