Trabalho e vida familiar: um estudo sobre o uso do tempo com famílias usuárias da Política Nacional de Assistência Social em Florianópolis (SC)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Tassiane Antunes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193460
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2018.
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spelling Trabalho e vida familiar: um estudo sobre o uso do tempo com famílias usuárias da Política Nacional de Assistência Social em Florianópolis (SC)Serviço socialFamília e trabalhoTrabalho domésticoRelações de gêneroDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2018.As pesquisas sobre o uso do tempo buscam informações sobre as diversas atividades que os indivíduos realizam ao longo de um determinado período, geralmente um dia 24 horas. Com isso, ilustram um retrato do cotidiano das pessoas, abrangendo todas as atividades humanas realizadas. Configuram-se como uma das maneiras de avaliar como o recurso tempo é utilizado de maneira distinta entre homens e mulheres, entre os grupos etários, entre pessoas de variados grupos raciais e de diferentes classes sociais. Esse tipo de pesquisa é crucial para a compreensão das desigualdades de gênero, sobretudo no interior das famílias. A alocação das horas no trabalho remunerado e não remunerado influenciam nas diferenças de papéis sociais e de poder desempenhados por homens e mulheres. Há uma injusta distribuição de tarefas do trabalho doméstico familiar e de cuidado, que precisam ser mais bem compreendidas. O melhor entendimento das dinâmicas da vida cotidiana e das relações entre trabalho familiar e trabalho remunerado é uma importante informação para o desenvolvimento de políticas públicas que deem suporte às famílias. Assim, inspirada nas metodologias de estudos sobre o uso do tempo, esta pesquisa de natureza qualitativa, apoiada em revisão de literatura e realização de entrevista semiestruturada, busca analisar como famílias usuárias da Política e dos Programas de Assistência Social referenciadas no CRAS Ingleses do Rio Vermelho em Florianópolis (SC) se organizam em relação ao uso do tempo de maneira a articular as responsabilidades entre trabalho remunerado e trabalho não remunerado. Trata-se de um estudo exploratório que tem por objetivo dar visibilidade às variadas formas de conciliação/articulação entre trabalho e as demandas familiares. Com base na crítica à separação entre as esferas da produção e reprodução social, problematiza-se a relação entre trabalho remunerado e trabalho não remunerado, de maneira a apreender como essas esferas estão em permanente conflito. Considera-se a perspectiva teórica que reconhece as relações de gênero como intrínsecas a esse conflito e, portanto, ganham relevância na análise proposta. Apresenta-se um breve histórico sobre as pesquisas de uso do tempo na América Latina dando ênfase às poucas pesquisas quantitativas sobre a temática realizadas no Brasil e às lacunas que esse processo deixa na construção e estruturação de políticas públicas. Para contemplar os objetivos propostos, elencamos o trabalho familiar como categoria central para compreender o tempo dedicado pelas famílias no processo de provisão de bem-estar social, que compreende as atividades referentes ao trabalho doméstico, ao trabalho do cuidado e ao trabalho de relação com as instituições para o acesso aos serviços públicos. Os dados obtidos mostram que a renda familiar é a variável mais importante para um menor quantitativo de horas dedicadas ao trabalho familiar. As mulheres pobres são as que executam maior jornada de trabalho total e são as que têm menos tempo livre. Fica evidente que a situação socioeconômica que permite maior acesso aos serviços de apoio age como elemento diferenciador entre as mulheres no tocante ao trabalho familiar.Abstract : Time-use surveys seek information on the various activities that individuals perform over a given period, usually one day 24 hours. From that, they draw an image of people´s daily lives, covering all their activities. They are configured as one manner of evaluating how time is used differently between men and women from different age, racial and social groups. This type of research is crucial for understanding gender inequalities, especially within families. The time distribution between paid and unpaid work influence the different social roles and power structures permeating men and women relations. There is an unjust distribution of house chores and caretaking that need be better understood. A better understanding of the dynamics of everyday life and the relationships between the family house chores and paid work is important information for the development of public policies that could offer support for families. Thus, inspired by the research methodologies on the use of time, this qualitative analysis, supported by literature review and semi-structured interview seeks to analyze how families and users of the Social Assistance Policy and Programs referenced in the CRAS Ingleses do Rio Vermelho in Florianópolis SC are organized in relation to the use of time in order to articulate the responsibilities between paid unpaid work. It is an exploratory study aimed at highlighting the various forms of reconciliation/articulation between work and family demands. Based on the critique of the separation between the spheres of production and social reproduction, the relationship between paid work and unpaid work is problematized in order to comprehend how these spheres are in permanent conflict. It has been considered that the theoretical perspective recognizes gender relations as intrinsic to this conflict, and therefore it gains relevance in the proposed analysis. A brief history of time-use surveys in Latin America is presented, emphasizing what little available quantitative research there has been carried in brazil out on the matter and the gaps this process leaves in the making and structuring of public policies. To contemplate the proposed objectives, family work is taken as the central category for understanding the time spent by families in the process of providing social well-being that comprehends activities related to domestic work, caregiving work and the work related to the institutions for providing access to public services. The obtained data show that family income is the most important variable for a lower number of hours devoted to family work. Poor women are the ones who carry out the longest working hours per day and are the ones who have the least free time. It becomes clear that the socio-economic environment that allows greater access to support services acts as a differentiating factor among women in relation to family work.Moser, LilianeUniversidade Federal de Santa CatarinaMoreira, Tassiane Antunes2019-02-22T04:01:10Z2019-02-22T04:01:10Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis159 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf355543https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/193460porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-02-22T04:01:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/193460Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-02-22T04:01:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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