Ecotoxicidade aguda de cinzas oriundas da queima da vegetação de campos de altitude sobre Daphnia magna
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248648 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas. |
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Ecotoxicidade aguda de cinzas oriundas da queima da vegetação de campos de altitude sobre Daphnia magnaPalavras-chave: Ecologia do Fogo; Ecotoxicologia Aquática; Daphnia magna; Imobilização; Atividade Natatória.TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas.O fogo é amplamente utilizado para supressão da vegetação, porém, ele pode gerar um distúrbio que influencia a dinâmica dos ambientes próximos, em especial os dulcícolas. Grande parte deste distúrbio ocorre pela geração de um material residual tóxico conhecido como cinzas. A cinza é uma substância complexa, constituída principalmente por metais pesados e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que possuem potencial tóxico para os seres vivos. Poucos estudos buscaram entender como as cinzas afetam os organismos dulcícolas, e menos ainda focaram no impacto que as cinzas podem ter sobre consumidores primários, tais como os microcrustáceos, que ligam a base das cadeias alimentares com os níveis tróficos superiores. O presente estudo teve por objetivo investigar o impacto da exposição das cinzas oriundas da queima de vegetação de campos de altitude de Santa Catarina sobre a imobilização e a atividade natatória de Daphnia magna, importante bioindicador de poluição. Além disso, buscou-se verificar a diferença de toxicidade entre extratos aquosos de cinzas com e sem sólidos suspensos. Para tanto, indivíduos de D. magna (n=5) foram expostos a diferentes concentrações (0 (controle), 2,5 g/L 5 g/L, 7 g/L, 10 g/L) de extratos aquosos de cinzas com e sem sólidos em suspensão, com quatro réplicas. Após 48 horas de exposição, avaliou-se a imobilização e a distância percorrida (cm) dos microcrustáceos. O valor da concentração efetiva (CE50) calculado foi 7,98 g/L para o extrato aquoso de cinzas com sólidos suspensos e 11,67 g/L para o extrato aquoso de cinzas sem suspensão. 35% dos indivíduos ficaram imobilizados após a exposição às cinzas com sólidos, enquanto a imobilização foi observada em 16,25% dos indivíduos após exposição às cinzas sem sólidos. Para os dois tipos de extratos aquosos de cinzas, a imobilização aumentou e a distância percorrida de D. magna diminuiu nas concentrações mais altas de cinzas. As cinzas provenientes da queima da vegetação campestre da Serra Catarinense são tóxicas para D. magna. Além disso, os resultados sugerem que os sólidos em suspensão são responsáveis por conferir as cinzas uma maior toxicidade, possivelmente pelos sólidos em suspensão possuírem maior concentração de metais pesados e HPAs. A toxicidade das cinzas para D. magna, sugere que, na natureza, eventos de incêndios, intencionais ou não, podem resultar na redução do tamanho das populações de microcrustáceos, o que aumentaria a biomassa fitoplanctônica e diminuiria o número de predadores secundários. Dessa forma, o distúrbio causado pelo fogo tem potencial de reduzir a biodiversidade e comprometer o funcionamento dos ecossistemas dulcícolas, assim como acelerar o processo de eutrofização destes sistemas.Fire is used as a management tool to remove or control vegetation. However, it can generate a disturbance that influences the dynamic of nearby environments, especially freshwater. Much of this disturbance occurs through the generation of a toxic waste material known as ash. Ashes are composed of heavy metals and polycyclic aromatic carbons (PAHs), substances that have the potential to be toxicl to terrestrial (including human beings) and aquatic organisms. Few studies have attempted to understand how ashes affect freshwater organisms, and even fewer have focused on primary consumers such as microcrustaceans. The present study aimed to investigate the impact of the exposure of ashes from vegetation of highland fields in Santa Catarina, Brazil, on the imobilization and swimming activity of Daphnia magna (an important pollution bioindicator), as well as the toxicity difference between extracts of ash with and without suspended solids. In order to do that, D. magna organisms (n = 5) were exposed to different concentrations (0 (control), 2.5 g/L, 5 g/L, 7 g/L, and 10 g/L) of aqueous extracts of ash with and without suspended solids. By the end of the experiment (48 hours), the imobilization and traveled distance (cm) of the organisms had been acquired. 35% of the individuals were imobilized when exposed to ashes with solids and 16,25% for the ashes without solids. For both aqueous extract of ashes there were more imobilization and less distance travelled of D. magna as concentration of ash increased. The EC50 was 7.98 g/L for the ashes with suspended solids and 11.67 g/L for the ones without, showing that ashes from the highland fields of Santa Catarina are toxic to D. magna. Furthermore, it was seen that ashes with suspended solids are more toxic in relation to ones without solids (although the difference of toxicity does not generate further alterations in swimming activity). These results can be explained due to the presence of toxic components such as heavy metals and PAHs in the ashes. This toxicity caused by the exposure of ashes leads to alterations in the individual and possibly in the population of microcrustaceans, which in turn lead to alterations in the food web of freshwater ecosystems, increasing phytoplankton biomass and diminishing secondary predators’ numbers. Therefore, fire disturbances can alter biodiversity and functioning of freshwater ecosystems as well as facilitate the eutrofization of these systems.Florianópolis, SC.Figueiredo, Bruno Renaly SouzaSilva, Lorena PinheiroUniversidade Federal de Santa Catarina.Miguel, Lucas Garbo2023-07-11T20:37:12Z2023-07-11T20:37:12Z2023-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.documenthttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248648Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-07-11T20:37:27Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/248648Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-07-11T20:37:27Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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