"Natimortalidade no Brasil e revisão sistemática sobre os sistemas de classificação utilizados para o esclarecimento das causas do óbito fetal"
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/178327 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017. |
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"Natimortalidade no Brasil e revisão sistemática sobre os sistemas de classificação utilizados para o esclarecimento das causas do óbito fetal"Ciências médicasMortalidade FetalTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017.A natimortalidade compreende, mundialmente, mais de 2,6 milhões de óbitos por ano, com taxas que variam de padrões tão baixos quanto 2,0/1000 nascidos (N), em alguns países de alta renda, a taxas tão altas quanto 40,0/1000N, em países da África Subsaariana, deixando clara sua relação com as condições de acesso à assistência obstétrica de boa qualidade. Objetivos: descrever, de forma abrangente, os óbitos fetais no Brasil; verificar a capacidade de sistemas de classificação, usados para encontrar a causa básica para o óbito fetal, em reduzir o número de casos que permanecem inexplicados ou mal definidos; identificar os fatores de risco para o óbito fetal no Brasil. Métodos: Para alcançar os objetivos foram realizados três estudos. O primeiro compreendeu um estudo ecológico, com os dados do DATASUS, para estudar as taxas de natimortos no Brasil, no período de 1996 a 2012. O segundo estudo foi uma revisão sistemática da literatura, nas bases LILACS, PubMed, ProQuest Dissertations and Theses, Web of Science e Scopus, sobre os sistemas de classificação de causa do óbito fetal para identificar o que obtinha o menor número de causas que permaneciam inexplicadas. O terceiro foi um estudo transversal com dados de uma pesquisa nacional, chamada ?Nascer no Brasil?, onde se analisou os fatores de risco para o óbito fetal, comparando dois grupos de regiões, agrupadas com base no IDH das regiões: grupo 1 (Norte e Nordeste) e grupo 2 (Sudeste, Sul e Centro-Oeste). Foi usado teste ?2 (5% significância) para testar a associação entre as variáveis preditoras e o óbito fetal e regressão logística múltipla para testar a força da associação, com IC 95%. Resultados: No primeiro estudo a taxa de natimortalidade no Brasil (2012) foi de 10,0/1000N. Encontrou-se uma disparidade importante entre as regiões, sendo as taxas das regiões Norte (10,3/1000N) e Nordeste (12,1/1000N) bem mais altas que as da região Sul (7,7/1000N). Quarenta por cento das causas de óbito permaneceram inexplicadas. A revisão sistemática selecionou 6 estudos que possibilitaram a condução de uma metanálise com 5 sistemas - Wigglesworth, CODAC, Tulip, de Galan-Roosen e ReCoDe. O ReCoDe apresentou a menor proporção (12.62%) de causas que permaneceram como inexplicadas. O estudo dos fatores de risco envolveu uma amostra de 24058 puérperas e 269 natimortos (= 22 semanas de gestação). A idade materna de 35 anos ou mais, escolaridade materna menor que nível superior, história obstétrica de natimorto prévio, doença hipertensiva e síndromes hemorrágicas, todas se mantiveram associadas com a natimortalidade, em ambos os grupos. Raça/cor preta e nuliparidade foram associados à natimortalidade, no grupo 2. Já diabetes, sífilis, inadequação do pré-natal e peregrinação constituíram fatores de risco nas regiões Norte e Nordeste. Conclusão: A taxa brasileira de natimortalidade foi quase duas vezes a de países de alta renda (2,0 a 6,0/1000 N). O sistema ReCoDe, obteve a menor proporção de causas inexplicadas (12,62%). O grupo 1 (Norte/Nordeste) apresentou fatores de risco mais prevalentes em países de baixa renda, como sífilis e a baixa escolaridade, enquanto no grupo 2 (Sudeste/Sul/Centro-oeste), os fatores mais fortemente associados com o óbito fetal foram mais próximos aos dos países de renda média/alta ? hipertensão na gestação e síndromes hemorrágicas.<br>Abstract : Stillbirths worldwide account for more than 2.6 million deaths per year, with rates ranging from as low as 2.0/1000 births (B) in some high-income countries at rates as high as 40.0/1000B in countries of sub-Saharan Africa, making it clear its relation with the conditions of access to good quality obstetric care. Objectives: to describe comprehensively the fetal deaths in Brazil; to verify the capacity of classification systems, used to find the underlying cause for fetal death, to reduce the number of cases that remain unexplained or poorly defined; identify the risk factors for fetal death in Brazil. Methods: Three studies were carried out to achieve the objectives. The first comprised an ecological study, with data from DATASUS, to study rates of stillbirths in Brazil, from 1996 to 2012. The second study was a systematic review of the literature, in databases LILACS, PubMed, ProQuest Dissertations and Theses, Web of Science and Scopus, on classification systems to identify the one that obtained the lowest number of unexplained. The third was a cross-sectional study with data from a national survey, called ?Nascer no Brasil? (Born in Brazil), where the risk factors for fetal death were analyzed, comparing two groups of regions, grouped based on the HDI of the regions in group 1 (North and Northeast) and group 2 (Southeast, South and Center-West). It was used ?2 test (5% significance) to test the association between the predictor variables and fetal death and multiple logistic regression with 95% CI was used for the strength of the association. Results: Data from DATASUS showed a rate of stillbirth in Brazil (2012) of 10.0/1000B and a significant disparity between regions, with rates in the North (10.3/1000 B) and Northeast (12.1/1000 B) much higher than those in the South region (7.7/1000 B). Forty percent of the causes of death remained unexplained. The systematic review selected 6 studies that enabled the conduction of a meta-analysis of 5 systems - Wigglesworth, CODAC, Tulip, De Galan-Roosen and ReCoDe. The ReCoDe system presented the lowest proportion (12.62%) of causes that remained unexplained. The study of risk factors involved a sample of 24058 postpartum women and 269 stillbirth (= 22 weeks? gestation). The maternal age of 35 years or more, maternal schooling lower than higher education, obstetric history of previous stillbirth, hypertensive disease and hemorrhagic syndromes, all remained associated with stillbirth in both groups. Black race / color and nulliparity were associated with stillbirth in group 2. Diabetes, syphilis, prenatal inadequacy and pilgrimage were risk factors in the North and Northeast regions. Conclusion: The Brazilian rate of stillbirths was almost twice that of high-income countries (2.0 to 6.0/1000B). The ReCoDe system obtained the lowest proportion of unexplained causes (12.62%). Group 1 (North / Northeast) had the most prevalent risk factors in low-income countries, such as syphilis and low schooling, while in group 2 (Southeast / South / Center-West), factors most strongly associated with fetal death were closer to those of middle / high income countries - hypertension during pregnancy and hemorrhagic syndromes.d'Orsi, EleonoraFröde, Tânia SilviaUniversidade Federal de Santa CatarinaVieira, Maria Salete Medeiros2017-08-15T04:12:34Z2017-08-15T04:12:34Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis205 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf347033https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/178327porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-08-15T04:12:34Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/178327Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-08-15T04:12:34Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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