Gestação na adolescência: um marco na construção de vida do ser-mulher
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86091 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. |
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Gestação na adolescência: um marco na construção de vida do ser-mulherEnfermagemGravidez na adolescenciaAspectos sociaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.Este estudo, uma investigação qualitativa, teve por objetivo compreender os fatos e as experiências - vividos por mulheres que ficaram grávidas no período da adolescência -, e o que eles representaram no decorrer das suas vidas, repensados hoje, cerca de duas décadas após o acontecido. Foram focadas experiências em diversos tempos e aspectos do seu viver como a infância, a adolescência, o acontecimento da gravidez naquela época e a relação desta gravidez com a própria mulher, com o companheiro, com as famílias envolvidas no processo, com o social da época (escola, amigos, sociedade local, igreja) e com os/as profissionais de saúde. Foram analisadas as conseqüências negativas e/ou positivas dessa gravidez precoce na construção de suas vidas, principalmente no aspecto das relações humanas, da realização de projetos pessoais concebidos, da escolarização, da construção da carreira profissional e da viabilização da própria independência. Baseados na compreensão desses processos, analisamos o papel do/a profissional de saúde, dentre eles o dos/as médicos/as, no enfoque da gravidez juvenil. Para concretizar a investigação, foi utilizada, como estratégia metodológica, a história oral temática; como técnica de coleta de dados empíricos, a entrevista em profundidade com um roteiro semi-estruturado. A interpretação dos dados foi embasada no referencial filosófico de Simone de Beauvoir e no da perspectiva de gênero. Para o presente grupo de estudos, foi possível entender, por meio dos depoimentos das colaboradoras, que a gravidez precoce não só interrompe, dificulta, posterga e/ou inviabiliza diversas vivências habituais à adolescência, como também modifica o transcorrer da vida de todas as pessoas envolvidas nesse acontecimento. A gravidez, enquanto processo físico, não engendra tantas dificuldades mas, enquanto processo psicossocial, as modificações geradas, repercutem a longo prazo. O parto é um momento muito importante, que exige atenção humanizada e específica dos/as profissionais envolvidos. Interpretamos que, as mulheres solicitam destes profissionais, mais o compromisso e a cumplicidade, menos o julgamento em relação às clientes. O papel de apoio das famílias, dos irmãos e dos companheiros é fundamental para uma construção positiva do viver ao longo do tempo, já que este necessita de adaptações em tempo e estratégias, para a conclusão do ciclo de estudos e de vida laboral que se torna mais árdua de organizar e edificar, mesmo em um contexto relativamente favorável em termos de apoio e de classe social como foi o desse grupo de mulheres. A gravidez precoce contribuiu para relações maritais mais difíceis e separações conjugais mais freqüentes. As mulheres envolvidas em tal acontecimento são mais inseguras e menos pacientes na criação dos bebês; podem ter maiores dificuldades no manejo da educação dos filhos quando adolescentes e/ou adultos. Foi possível perceber que o estudo e/ou trabalho das mulheres foram fatores geradores de auto-estima, segurança, independência, liberdade e resgate da respeitabilidade social. A gravidez na adolescência apresenta também significações e resultados positivos, portanto não é um processo homogêneo e não deve ser reduzido a um único significado, vale dizer, a um problema. As colaboradoras demonstraram que é possível superar as adversidades, e sair delas fortalecidas: a resiliência foi o processo impulsionador. No entanto, nenhuma das mulheres recomenda a outras mulheres a mesma experiência: sugerem a postergação da gravidez para uma época apropriada, ou seja, de maturidade emocional que possibilite uma realização pessoal e uma construção de vida mais tranqüila.Florianópolis, SCSouza, Maria de Lourdes deUniversidade Federal de Santa CatarinaVelho, Maria Teresa Aquino de Campos2012-10-21T03:32:29Z2012-10-21T03:32:29Z20032003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf191937http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86091porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-10-21T03:32:29Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/86091Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732012-10-21T03:32:29Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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