Ler uma hidrelétrica a contrapelo: juventude rural e política numa história de Barra Grande
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/122786 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2013. |
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Ler uma hidrelétrica a contrapelo: juventude rural e política numa história de Barra GrandeSociologia politicaJuventude ruralAtividades políticasCapitalismoAspectos sociológicosUsinas hidreletricasAspectos sociológicosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2013.A intenção deste trabalho é captar as ações de sujeitos expostos à situação de ameaça de perda de terras e, consequentemente, de condições de reprodução social devido à chegada da UHE Barra Grande, no Rio Pelotas, bacia do rio Uruguai, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Diante disso, se envolveram em um conjunto de ações políticas que visibilizaram de forma conflituosa esta ameaça, apontando para a necessidade de, ao menos, serem concedidas medidas compensatórias. Passados alguns anos dos conflitos, tais sujeitos, jovens à época dos eventos, são hoje investigados para compreendermos como organizaram seus projetos de vida, como estes projetos se articularam com a própria condição juvenil no meio rural e com os formatos de desenvolvimento existentes na região onde se inserem os reassentamentos conquistados - onde hoje se reside e se cultiva.Busca-se pensar estes sujeitos a partir de uma perspectiva que privilegie sua ação e sua narrativa, de tal forma que contribuam para refletir criticamente sobre o capitalismo hidrelétrico brasileiro enquanto um modelo de desenvolvimento sócio-econômico pautado na apropriação violenta de recursos naturais e na desapropriação violenta de populações que, por sua própria existência, o obstaculizam. Modelo cuja inevitabilidade tornou-se a justificação para sua repetição ("infernal", diria Walter Benjamin) e para as medidas arbitrárias e autoritárias - de exceção, segundo Giorgio Agamben - realizadas em seu nome e que se lhe afiguram "irracionalmente razoáveis". Diante disso, o recorte adotado foi situar projetos e trajetórias de jovens atingidos à época da instalação da UHE e atualmente reassentados, para interpelar criticamente certa manifestação concreta do progresso capitalista, baseada numa modalidade de acumulação por espoliação (David Harvey) há décadas enraizada na realidade brasileira: a geração de hidreletricidade.<br>Abstract : This investigation intends to understand the actions of individuals, mostly peasants, whose means of social reproduction suffered intense changes by the construction of the hydropower plant known as Barra Grande, in the Pelotas river, Uruguay river basin, Santa Catarina and Rio Grande do Sul states border, in southern Brazil. Some of these individuals engaged themselves in a series of political actions whose goals shown how threatening this new situation was to their entire region. Meanwhile, they meant to demand compensatory measures due to the drowning and consequently loss of the land where they lived and worked until then. Some these individuals, young at the time these political conflicts occurred, were investigated either due to the need of understanding how they managed to organize their life projects some years after, how these life projects related to the experience of being young and how these life projects took place at the region affected by the hydropower plant whom they struggled against in order to be resettled. Nowadays, these resettlements - relatively near their original land - are their living and working places. The investigative perspective here frames actions and narratives by these subjects, who faced a concrete expression of what is called Brazilian hydropower capitalism, a model of development (both social and economic) whose dynamics are based on violent exploitation of natural resources and on the eviction of entire populations whose mere existence appears as its impediment. Since the mid 60's, this model has been considered inevitable, and this inevitability has become the justification to its endless ("infernal", the German philosopher Walter Benjamin would say) repetition. Along that, several authoritarian and arbitrary measures - of exception, according to Giorgio Agamben - have been taken by both governments and electric companies. The aim of this investigation was to locate social agency that concretely confronts the model. The way to do it was to sociologically reconstruct life projects and trajectories of young individuals affected by the Barra Grande hydropower plant, engaged in politically confronting it and now resettled. It makes possible to critically understand the social consequences of this branch of capitalist progress, strongly based on what David Harvey call accumulation by dispossession.Sousa, Janice Tirelli Ponte deUniversidade Federal de Santa CatarinaCarvalho, Leonardo Alves da Cunha2014-08-06T17:22:18Z2014-08-06T17:22:18Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis289 p.| il.application/pdf325632https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/122786porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-08-06T17:22:18Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/122786Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-08-06T17:22:18Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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