O itinerário terapêutico de indivíduos portadores de HIV/AIDS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102649 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. |
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O itinerário terapêutico de indivíduos portadores de HIV/AIDSEnfermagemAIDS (Doença)EnfermagemAIDS (Doença)PacientesCuidados com os doentesDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, que teve como objetivo compreender o itinerário terapêutico de indivíduos portadores de HIV/AIDS, integrantes de um serviço ambulatorial especializado do Programa DST/HIV/AIDS de um município da Grande Florianópolis. A AIDS na sua terceira década de existência passou por transformações que a caracterizam atualmente como uma doença crônica. A possibilidade de sobrevida e de manter uma qualidade de vida satisfatória, apesar da doença, requer a adoção de uma série de cuidados, que neste contexto se denomina como itinerário terapêutico. Para orientar este estudo, usamos como suporte teórico à literatura socioantropológica sobre itinerário terapêutico, baseado no modelo de Sistema de Cuidados à Saúde proposto por Arthur Kleinman, que trata dos Subsistemas Profissional, Familiar e Popular. Foram entrevistados treze sujeitos, dentre eles sete mulheres e seis homens, usuários do serviço ambulatorial citado e selecionados através de critérios preestabelecidos. Para análise deste estudo, foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin. A partir desta análise, emergiram duas categorias, sendo a primeira denominada A experiência da doença na esfera privada e pública, onde se refletiu sobre a descoberta da soropositividade e o enfrentamento do social. A partir da análise dos dados observamos que o diagnóstico positivo para AIDS continua suscitando sentimentos de tristeza, depressão e medo, além de uma sensação de finitude. A AIDS continua sendo relacionada aos estereótipos associados e grupos de risco, provocando preconceitos tanto na sociedade em geral quanto entre os sujeitos acometidos pela doença. Porém, é no decorrer do convívio com a doença que estes valores vão adquirindo outros sentidos. Na segunda categoria, tratamos da busca por práticas de cuidado nos subsistemas familiar, popular e profissional, que caracterizam o itinerário terapêutico. Neste contexto observamos que são utilizados recursos de cuidado dos três subsistemas, muitas vezes de forma concomitante, seja para manter um estado satisfatório de saúde, para prevenção de doenças, para resolução de intercorrências associadas ou não a AIDS e até para se alcançar à cura. Observamos que estes recursos de cuidados são produzidos de acordo com o conhecimento da família, da rede de relações, consulta em livros e materiais educativos, informações adquiridas pelos meios de comunicação em geral, da busca pela religiosidade e curadores populares. Ao conhecer o itinerário terapêutico, foi possível perceber a trajetória individual perpassando o caráter público da cultura e sobretudo, a posição do indivíduo como sujeito de seu próprio cuidado. Percebemos que a compreensão do itinerário terapêutico proporciona aos profissionais de saúde reconhecer a multiplicidade de saberes e modos de se lidar com a enfermidade, fornecendo subsídios para a construção de um cuidado de saúde mais próximo da realidade sociocultural do individuo e portanto, mais efetivo. This study is qualitative in nature and seeks to understand the therapeutic itinerary of people who live with HIV/AIDS and who attend a specialized clinical service at the STD/HIV/AIDS program in a city in the Florianopolis metropolitan area. During its third decade of history, aids has gone through substantial changes and nowadays it can be described as a chronic disease. The prospect of outliving the initial crisis and preserving a reasonable quality of life in spite of the disease will ask for the adoption of several procedures which, in this context, can be called a therapeutic itinerary. In order to provide this study with theoretical support, we have adopted the existing socio-anthropological literature about therapeutic itinerary, based on the Health Care System model proposed by Arthur Kleinman and its Professional, Family and Popular subsystems. Thirteen subjects - seven female and six male ones - were interviewed. All subjects attend regularly the health service aforementioned and were selected in conformity with pre-established criteria. The research was performed through Bardin's content analysis. From this analysis, two categories have emerged: the first one was called the experience of illness in public and private realms and contemplates the disclosure of seropositive condition as well as the social challenges it brings about. The analysis reveals that the diagnostic of aids still causes feelings of sadness, depression and fear, along with a sense of ephemerality. Aids continues to be associated with stereotype and risk groups, prompting prejudice in society as well as among people affected by the disease. Nevertheless, in the process of dealing with this condition on a day-to-day basis, these values may acquire new meanings. The second category refers to the search for procedures of care inside the family, popular and professional subsystems, the process which distinguishes the therapeutic itinerary. In such context, we observe that sources of care from all of the subsystems are used, simultaneously sometimes, in order to keep a healthy status, to solve incidents related or not to aids, to prevent the acquisition of opportunistic infections and even to achieve cure. Such sources of care are produced in conformity with the knowledge gathered by the family and the social relationships net from consulting books and educational material, from using the information broadcast by mass media, from religious inquiry and from the medicine man. Through the understanding of the therapeutic itinerary, it was possible for the researcher to recognize individual itineraries crossing over the public character of culture and, most of all, the position occupied by the individual person as the author of his (or her) own care. The understanding of the therapeutic itinerary provides health professionals with the opportunity to endorse the multiplicity of knowledge and ways of dealing with the illness process, supporting the construction of a new conception of health care, closer to the sociocultural reality of its subject and therefore more effective.Florianópolis, SCPadilha, Maria Itayra Coelho de SouzaUniversidade Federal de Santa CatarinaMaliska, Isabel Cristina Alves2013-07-16T01:32:11Z2013-07-16T01:32:11Z20052005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf224435http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102649porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-01-12T02:42:48Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/102649Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-01-12T02:42:48Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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