Saúde auditiva de neonatos: panorama da frequência de doenças transmissíveis e análise de indicador de qualidade em um serviço de triagem auditiva neonatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Besen, Eduarda
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238196
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia, Florianópolis, 2022.
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spelling Saúde auditiva de neonatos: panorama da frequência de doenças transmissíveis e análise de indicador de qualidade em um serviço de triagem auditiva neonatalFonoaudiologiaRecém-nascidosAudição (Fisiologia)Perda auditivaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia, Florianópolis, 2022.Introdução: A deficiência auditiva na infância está entre as doenças passíveis de triagem ao nascimento, destaca-se ainda, que no Brasil apresenta incidência de 30:10.000 nascidos vivos. Entre os Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA) estão as infecções congênitas. Objetivo: Verificar a frequência de Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Sífilis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em neonatos e suas possíveis associações com resultados da Triagem Auditiva Neonatal (TANU), além de avaliar um serviço de referência em TANU para o Sistema Único de Saúde (SUS) segundo indicadores de qualidade internacionais. Métodos: Estudo de coorte histórica (retrospectivo) com análise dos dados de neonatos atendidos em um serviço de referência em Saúde Auditiva para o Sistema Único de Saúde (SUS), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Para avaliação da qualidade da cobertura da triagem, foram analisados os indicadores de qualidade propostos pela Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal (DATAN) e avaliou-se em termos de número de triagens realizadas, o percentual triado a partir do número de recém-nascidos vivos obtidos nos sites do Ministério de Saúde (MS) ? TabNet (DATASUS ? atendimentos realizados) e Secretária Estadual de Saúde. Além, de realizar análise de regressão logística, cálculos de OR brutas, cálculo de OR de Cochran?Mantel?Haenszel e teste do qui-quadrado para estimar a associação entre os Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva e falha na Triagem Auditiva Neonatal incluindo ou não as variáveis de confundimento. Foram estimadas as Odds Ratio (OR) brutas e ajustadas no software MedCalc® v. 20.027. Resultados: Quando avaliada a sífilis congênita como associação no período de 2017 a 2019, verificou-se que 351 (1,7%) neonatos falharam na Triagem Auditiva Neonatal e 363 (1,7%) apresentavam sífilis congênita. Com relação à idade materna, houve maior frequência (53,5%) de mães com idades entre 20 e 29 anos na amostra. Na análise ajustada, neonatos com sífilis congênita apresentaram 3,25 vezes mais chance de falhar na Triagem Auditiva Neonatal, quando comparados aos neonatos sem sífilis congênita (IC 95%: 2,01; 5,26). Participaram da pesquisa 34.801 neonatos, nascidos vivos, atingindo o indicador de qualidade preconizado pela DATAN e 1,13% (392) falharam na TANU. Houve maior frequência de mães com idades entre 20 e 29 anos (53,18%) e infecções congênitas estavam presentes em 956 neonatos (2,75%). A Cochran?Mantel?Haenszel OR permaneceu aumentado após ajustes das mesmas variáveis de 4,39 (3,15-6,10), 4,17 (2,96-5,87), 4,59(3,31-6,37) e 4,73 (3,41-6). Em relação a frequência da infecção congênita em neonatos, a sífilis congênita foi a mais frequente (1,59%), seguida pelo HIV (0,87%) e a de menor observação foi a rubéola (0,029%). No ano de 2021 os neonatos com possível transmissão vertical do HIV, apresentam seis vezes mais chances (entre 388 a 1.143% mais chances de falhar no TANU. Conclusão: O serviço de referência de TANU onde este estudo foi realizado alcançou a cobertura de triagem. Os casos de infecções congênitas apresentaram índices decrescentes e podem estar associados ao aumento das medidas de prevenção primária. Os dados apresentados poderão fornecer subsídios para a reflexão sobre a atuação dos profissionais de saúde na atenção à saúde, para a promoção da integralidade do cuidado da população infantil e ampliação do seu acesso à saúde, além de efetivar e fortalecer a TANU garantindo a continuidade de assistência.Abstract: Introduction: Hearing impairment in childhood is among the diseases that can be screened at birth, it is also worth noting that in Brazil it has an incidence of 30:10,000 live births. Among the Risk Indicators for Hearing Impairment (RIHL) are congenital infections. Objective: To verify the frequency of Toxoplasmosis, Rubella, Cytomegalovirus, Syphilis and Human Immunodeficiency Virus (HIV) in neonates and their possible associations with Neonatal Hearing Screening (NANU) results, in addition to evaluating a reference service in TANU for the Unified Health System (SUS) according to international quality indicators.Methods: Historical cohort study (retrospective) with analysis of data from neonates treated Historical cohort study (retrospective) with analysis of data from neonates treated at a reference service in Hearing Health for the Unified Health System (SUS), from January 2017 to December 2021. To assess the quality of coverage of screening, the quality indicators proposed by the Guidelines for Attention to Neonatal Hearing Screening (DATAN) were analyzed and the percentage screened based on the number of live newborns obtained from the websites of the Ministry of Health (MS) ? TabNet (DATASUS ? services performed) and State Health Department. In addition to performing logistic regression analysis, crude OR calculations, Cochran?Mantel?Haenszel OR calculation and chi-square test to estimate the association between Risk Indicators for Hearing Impairment and failure in Neonatal Hearing Screening including or not the confounding variables. Crude and adjusted Odds Ratio (OR) were estimated using MedCalc® v. 20,027.Results: When assessing congenital syphilis as an association in the period from 2017 to 2019, it was found that 351 (1.7%) neonates failed the Neonatal Hearing Screening and 363 (1.7%) had congenital syphilis. Regarding maternal age, there was a higher frequency (53.5%) of mothers aged between 20 and 29 years in the sample. In the adjusted analysis, neonates with congenital syphilis were 3.25 times more likely to fail the Neonatal Hearing Screening, when compared to neonates without congenital syphilis (95% CI: 2.01; 5.26). A total of 34,801 newborns, born alive, took part in the research, reaching the quality indicator recommended by DATAN and 1.13% (392) failed the TANU. There was a higher frequency of mothers aged between 20 and 29 years (53.18%) and congenital infections were present in 956 neonates (2.75%). The Cochran?Mantel?Haenszel OR remained increased after adjusting for the same variables of 4.39 (3.15-6.10), 4.17 (2.96-5.87), 4.59(3.31-6 .37) and 4.73 (3.41-6). Regarding the frequency of congenital infection in neonates, congenital syphilis was the most frequent (1.59%), followed by HIV (0.87%) and the least observed was rubella (0.029%). In the year 2021, neonates with possible vertical transmission of HIV are six times more likely (between 388 and 1,143% more likely to fail the TANU. Conclusion: The TANU referral service where this study was carried out achieved screening coverage. Cases of congenital infections showed decreasing rates and may be associated with the increase in primary prevention measures. The data presented may provide subsidies for reflection on the role of health professionals in health care, for the promotion of comprehensive care for the child population and expansion of their access to health, in addition to implementing and strengthening the TANU, guaranteeing the continuity of assistance.Haas, PatríciaPaiva, Karina Mary deUniversidade Federal de Santa CatarinaBesen, Eduarda2022-08-12T23:17:44Z2022-08-12T23:17:44Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis92 p.| il., gráfs.application/pdf377897https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238196porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-12T23:17:44Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/238196Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-08-12T23:17:44Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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