Estudo da atividade antitumoral do extrato bruto e frações de Casearia sylvestris

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipe, Karina Bettega
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94078
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2010
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spelling Estudo da atividade antitumoral do extrato bruto e frações de Casearia sylvestrisBioquimicaPlantas medicinaisCelulas mortasNeovascularizacaoCasearia SylvestrisUso terapeuticoAvaliaçãoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2010O desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas, como as terapias que utilizam as plantas medicinais, tem despertado grande interesse no tratamento do câncer, pois as terapias disponíveis não são capazes de regredir totalmente a evolução da patologia e/ou apresentam elevada toxicidade. A C. sylvestris, planta medicinal que possui vários usos populares no Brasil e outros paises americanos, tem sido indicada para o tratamento de tumores. Nesse contexto, o presente trabalho propôs avaliar as atividades citotóxica, antiproliferativa, pró-apoptótica, antiangiogênica e antitumoral do extrato bruto (EB-ETOH), e das frações metanólica (f-MeOH), acetato de etila (f-AcOEt) e clorofórmica (f-CHCl3) de Casearia sylvestris utilizando modelos experimentais in vitro e in vivo. Nos ensaios do MTT e incorporação de timidina triciada realizados respectivamente, para investigar a citotoxicidade e influência dos extratos sobre a proliferação celular, os resultados demonstraram que EB-ETOH, f-CHCl3 e f-AcOEt reduziram de maneira significativa a viabilidade e proliferação de células do carcinoma de Ehrlich, sendo a citotoxicidade promovida pelo tratamento com esses extratos, tempo e concentração dependente. Diante do efeito citotóxico promovido por EB-ETOH, f-CHCl3 e f-AcOEt sobre células do carcinoma de Ehrlich, avaliou-se o tipo de morte celular promovida pelos tratamentos. A coloração com brometo de etídeo/laranja de acridina (BE/LA) revelou que o provável tipo de morte celular induzida pelos tratamentos trata-se de apoptose, uma vez que a grande maioria das células, após terem entrado em contato com a referida solução corante, adquiriram uma coloração laranja-avermelhada, característica da ocorrência do fenômeno apoptótico. Entretanto, em relação à avaliação da atividade nucleásica, verificada através da realização do teste de dano ao DNA plasmidial, observou-se que os efeitos antiproliferativo e citotóxico induzidos por EB-ETOH, f-CHCl3 e f-AcOEt, não são mediados por uma interação e dano direto ao DNA. Além disso, a realização desse ensaio permitiu observar que os extratos têm a capacidade de proteger o DNA do ataque induzido por EROs, excluindo-se portanto, a possibilidade de estarem exercendo seus efeitos citotóxico e antiproliferativo através da indução de estresse oxidativo no núcleo. As avaliações morfológicas e bioquímicas realizadas nas amostras obtidas de camundongos portadores do tumor ascítico de Ehrlich mostraram que os animais tratados com EB-ETOH e f-CHCl3 apresentaram menor ganho de peso corporal (26 e 31%, respectivamente) e de circunferência abdominal (52 e 58%, respectivamente), menor volume de líquido ascítico (46 e 43%, respectivamente), aumento do percentual de longevidade (48 e 40%, respectivamente) e da proporção de células inviáveis/viáveis (70 e 78%, respectivamente), quando comparados ao grupo controle negativo. Com a realização do modelo in vivo do TAE, observou-se ainda que o efeito antitumoral promovido por esses extratos é dose-dependente, uma vez que se apresentou-maior, quanto mais elevada a concentração de extrato administrada ao animal. A realização do ensaio do CAM, permitiu verificar que tanto o EB-ETOH, como f-CHCl3 de C. sylvetris, exercem um significativo efeito antiangiogênico, de maneira dose-dependente, onde a administração de 3,25; 7,5 e 15 µg/disco de EB-ETOH e f-CHCl3 foram capazes de diminuir o percentual de vasos, em torno de 54,5; 61,4 e 71% e 42,1; 59,1 e 70,9%, respectivamente. Por fim, cabe ressaltar que a realização da biometria dos embriões possibilitou observar que o tratamento dos mesmos com extrato bruto e fração clorofórmica não se apresentou tóxico, uma vez que não alterou o desenvolvimento embrionário nem a morfogênese externa, avaliados pelo comprimento total do embrião, razão comprimento cefálico/comprimento truncal e razão comprimento cefálico/comprimento total. Dessa forma, conclui-se que EB-ETOH e f-CHCl3 de C. sylvestris apresentaram efeito citotóxico, antiproliferativo, pró apoptótico e antitumoral in vitro e in vivo, sobre as células do carcinoma de Ehrlich. Tal efeito antitumoral mediado por esses extratos, não envolvem sua intercalação ao DNA, e sugere-se que se deva, pelo menos em parte, à inibição da formação de vasos e a conseqüente supressão nutricional das células tumorais.Florianópolis, SCPedrosa, Rozangela CuriUniversidade Federal de Santa CatarinaFelipe, Karina Bettega2012-10-25T06:10:24Z2012-10-25T06:10:24Z20102010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis128 p.| il., grafs., tabs.application/pdf280965http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94078porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T00:29:12Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/94078Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T00:29:12Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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