Drenagens ácidas da mineração de carvão e sua influência no comportamento do ph estuarino do Rio Araranguá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silvestrini, Tiago Alexandre Manenti
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215953
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Energia e Sustentabilidade, Araranguá, 2020.
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spelling Drenagens ácidas da mineração de carvão e sua influência no comportamento do ph estuarino do Rio AraranguáEnergiaSustentabilidadeDrenagem ácida de minasEstuáriosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Energia e Sustentabilidade, Araranguá, 2020.O carvão catarinense vem sendo explorado para fins energéticos e metalúrgicos há mais de 100 anos. Devido a carência de planejamento e políticas ambientais, a atividade durante anos não adotou técnicas adequadas, resultando em um grande passivo ambiental pelo seu potencial de formação da Drenagem Ácida de Mina (DAM) (LOPES; SANTO; GALATTO, 2009). Os estuários da região recebem águas com baixo pH, com elevada carga de acidez e poluentes. Este trabalho teve por objetivo descrever o comportamento do pH no estuário do rio Araranguá pela particularidade de receber efluentes ácidos e promover seu ingresso para as águas costeiras. Condições de pH, temperatura, salinidade, vazão dos rios, pluviometria, direção e intensidade dos ventos e condições de maré foram monitorados por meio de campanhas semanais em 7 pontos na região costeira e estuário. Com uso de análise estatística e correlações qualitativas foi possível caracterizar o comportamento do pH no estuário. O padrão que se verificou durante o desenvolvimento deste trabalho é o de dependência da vazão e pluviometria. Não ficaram evidentes variações do pH em função da maré e ventos. No período avaliado, o estuário operou em Modo Marinho, por mais de 80% do tempo, desempenhando um papel filtrante muito importante, recebendo águas de baixo pH através do rio Mãe Luzia e entregando a zona costeira adjacente água com pH neutro. No restante, o estuário operou em Modo Fluvial, sendo que nesta condição são encontrados flocos em suspensão dispersos por todo o estuário, e em eventos extremos ocorre a exportação para zona de praia sendo percebidos na areia e zona de arrebentação junto a foz. Ficam demonstradas as condições para exportação de águas de baixo pH e de flocos formados em consequência do impacto por DAM para a zona costeira adjacente. Embora ocorra a exportação dos sedimentos contaminados, não foram visualizados valores de pH ácidos na zona costeira durante estes eventos não deixando clara uma eventual contribuição do estuário do rio Araranguá para acidificação oceânica. Este trabalho incentiva a discussão sobre as relações entre impactos da atividade carbonífera no ambiente estuarino e costeiro, até então pouco apontados, subsidiando possíveis ações preventivas a poluição neste ambiente.Abstract: Santa Catarina coal has been explored for energy and metallurgical purposes for over 100 years. Due to the lack of planning and environmental policies, the activity for years did not adopt adequate techniques, resulting in a great environmental liability due to its potential to form Acid Mine Drainage (DAM) (LOPES; SANTO; GALATTO, 2009). The estuaries in the region receive waters with low pH, with a high load of acidity and pollutants. This work aimed to describe the pH behavior in the Araranguá River estuary due to the particularity of receiving acidic effluents and promoting their entry into coastal waters. Conditions of pH, temperature, salinity, flow of rivers, pluviometry, direction and intensity of winds and tidal conditions were monitored through weekly campaigns at 7 points in the coastal region and estuary. Using statistical analysis and qualitative correlations, it was possible to characterize the pH behavior in the estuary. The pattern that was observed during the development of this work is that of dependence on flow and rainfall. There were no evident changes in pH depending on the tide and winds. During the period evaluated, the estuary operated in Marine Mode, for more than 80% of the time, playing a very important filtering role, receiving low pH waters through the Mãe Luzia River and delivering water with neutral pH to the adjacent coastal zone. In the remainder, the estuary operated in Fluvial Mode, in which condition flakes are found in suspension dispersed throughout the estuary, and in extreme events there is export to the beach area, being perceived in the sand and surf zone near the mouth. The conditions for exporting low pH waters and flakes formed as a result of the impact by DAM to the adjacent coastal zone are demonstrated. Although contaminated sediments are exported, acidic pH were not seen in the coastal zone during these events, making it unclear whether the Araranguá River estuary could contribute to ocean acidification. This work encourages the discussion about the relationship between the impacts of carboniferous activity in the estuarine and coastal environment, hitherto little mentioned, supporting possible preventive actions to pollution in this environment.D´Aquino, Carla de AbreuUniversidade Federal de Santa CatarinaSilvestrini, Tiago Alexandre Manenti2020-10-21T21:23:59Z2020-10-21T21:23:59Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis94 p.| il.application/pdf370225https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215953porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:23:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/215953Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:23:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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