INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS PARA UM SEGMENTO SUBJACENTE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taulé Piñol, Susana
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: de Quadros Cardoso, Renata
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/116574
Resumo: O regime de educação no Brasil tem atravessado por mudanças das políticas implementadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Educação e Cultura – MEC, o qual pretende intensificar investimentos no aumento da rede pública de ensino, preferencialmente, fundamental e médio. Estas políticas geraram um incremento na demanda por cursos superiores, criando oportunidades para a abertura de novas faculdades e universidades, na iniciativa privada, que atendam um número cada vez maior de jovens em busca de novos caminhos e oportunidades para seu crescimento profissional. Em 2001, segundo IBGE (INEP, 2001), 2,7 milhões de alunos estavam matriculados nas diferentes Instituições de Ensino Superior no país, praticamente um milhão a mais do que em 2000. As instituições privadas perceberam este incremento na procura de cursos superiores e decidiram apostar neste setor, criando novos cursos e abrindo um número maior de vagas. Observa­se, contudo, que um segmento de alunos cada vez mais presente nas salas de aula de IESPs, tem permanecido à deriva, são os alunos acima de 35 anos. Pouco se conhece acerca de suas expectativas e desejos em relação ao curso superior, porque sempre se associou a Universidade ao jovem. Segundo Richers (2000), marketing é entender e atender o mercado, portanto como atender adequadamente este segmento sem ao menos entendê-lo? O marketing de uma IESP deve preocupar-se com isto. Até então, as necessidades mutantes do mercado, sempre foram vistas a partir de duas perspectivas: as expectativas das empresas no mercado de trabalho e as aspirações particulares do jovem ingressante; excluindo outras motivações que instigam outros perfis de alunos com outras expectativas a ingressarem em um curso superior. Outra reflexão refere-se a proliferação de IESPs, principalmente na região conurbada de Florianópolis, acirrou a concorrência entre estas. Desta forma, a informação, que já contava com um determinado grau de importância, passou a ser um poderoso recurso estratégico para estas organizações. Isto porque, quando gerenciada, a informação permite um maior conhecimento do ambiente, possibilita melhores definições estratégicas e, conseqüentemente, colabora para uma melhor atuação da organização em seu mercado. Neste sentido, este estudo visa oferecer informações para a tomada de decisão quanto ao atendimento diferenciado das Instituições de Ensino Superior Privadas a um segmento especifico: adultos com idade superior a 35 anos, com Segundo Grau Completo, que desejem formar-se em um curso superior. Adotando-se como tema de pesquisa a segmentação etária dos alunos de Instituição de Ensino Superior, por considerar esta uma questão essencial a qualquer organização que tenha como foco principal a satisfação de seu público, assim como o desenvolvimento de vantagem competitiva frente à concorrência. Sob esta perspectiva, esta pesquisa qualitativa exploratória objetiva-se a conhecer melhor este segmento, suas expectativas e seus desejos diante de um curso superior, buscando, principalmente identificar qual a aceitabilidade deste grupo quanto a formação de turmas que contemplem somente alunos acima de 35 anos. Sendo os objetivos específicos: a) Verificar que motivos contribuíram para a tomada de decisão de ingressar em um curso superior. b) Identificar seus desejos e expectativas em relação ao ensino superior. c) Verificar a satisfação quanto a integração em sala de aula. d) Verificar junto ao grupo as vantagens relacionadas ao aprendizado em turmas envolvendo diferentes faixas etárias. e) Verificar junto ao grupo as desvantagens relacionadas ao aprendizado em turmas envolvendo diferentes faixas etárias. f) Verificar as diferentes opiniões do grupo na proposição de cursos superiores que contemplem turmas específicas de alunos com faixa etária superior a 35 anos. Frente ao exposto, atendido os objetivos, a IESP interessada têm, neste trabalho, suporte à tomada de decisão, relacionada a este segmento, com vistas à vantagem competitiva. Segundo Gracioso (apud MESA, 2002), as Instituições de Ensino Superior devem definir seu papel e a partir deste, estipular qual o mercado-alvo que desejam atingir e as ferramentas de marketing que melhor se aplicam à consecução dos seus objetivos, como qualquer outra organização que visa retorno financeiro.
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As instituições privadas perceberam este incremento na procura de cursos superiores e decidiram apostar neste setor, criando novos cursos e abrindo um número maior de vagas. Observa­se, contudo, que um segmento de alunos cada vez mais presente nas salas de aula de IESPs, tem permanecido à deriva, são os alunos acima de 35 anos. Pouco se conhece acerca de suas expectativas e desejos em relação ao curso superior, porque sempre se associou a Universidade ao jovem. Segundo Richers (2000), marketing é entender e atender o mercado, portanto como atender adequadamente este segmento sem ao menos entendê-lo? O marketing de uma IESP deve preocupar-se com isto. Até então, as necessidades mutantes do mercado, sempre foram vistas a partir de duas perspectivas: as expectativas das empresas no mercado de trabalho e as aspirações particulares do jovem ingressante; excluindo outras motivações que instigam outros perfis de alunos com outras expectativas a ingressarem em um curso superior. Outra reflexão refere-se a proliferação de IESPs, principalmente na região conurbada de Florianópolis, acirrou a concorrência entre estas. Desta forma, a informação, que já contava com um determinado grau de importância, passou a ser um poderoso recurso estratégico para estas organizações. Isto porque, quando gerenciada, a informação permite um maior conhecimento do ambiente, possibilita melhores definições estratégicas e, conseqüentemente, colabora para uma melhor atuação da organização em seu mercado. Neste sentido, este estudo visa oferecer informações para a tomada de decisão quanto ao atendimento diferenciado das Instituições de Ensino Superior Privadas a um segmento especifico: adultos com idade superior a 35 anos, com Segundo Grau Completo, que desejem formar-se em um curso superior. Adotando-se como tema de pesquisa a segmentação etária dos alunos de Instituição de Ensino Superior, por considerar esta uma questão essencial a qualquer organização que tenha como foco principal a satisfação de seu público, assim como o desenvolvimento de vantagem competitiva frente à concorrência. Sob esta perspectiva, esta pesquisa qualitativa exploratória objetiva-se a conhecer melhor este segmento, suas expectativas e seus desejos diante de um curso superior, buscando, principalmente identificar qual a aceitabilidade deste grupo quanto a formação de turmas que contemplem somente alunos acima de 35 anos. 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