Análise dos focos de Aedes aegypti no estado de Santa Catarina, de 2011 a 2020
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248719 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas. |
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Análise dos focos de Aedes aegypti no estado de Santa Catarina, de 2011 a 2020ArboviroseDengueFocos de mosquitosVetores de doençasArbovirusMosquitoes breeding placesDisease vectorsTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas.Aedes aegypti é um inseto díptero vetor de diversas doenças, incluindo a dengue. Esta espécie é holometábola, passando pelas fases de ovo, larva, pupa e adultos. A postura dos ovos ocorre preferencialmente em recipientes artificiais, contendo água limpa e assim que o nível da água no reservatório sobe e entra em contato os ovos, eles eclodem em larvas, que se transformam em pupas e dão origem aos adultos. Apenas as fêmeas são hematófagas e, no momento do repasto sanguíneo, repassam os vírus para os seres humanos. A dengue é uma doença febril aguda autolimitada, ocasionada por uma infecção viral sistêmica causada pelo vírus dengue, pertencente ao gênero Flavivirus. A dengue pode ser assintomática, mas também apresentar uma gama de manifestações clínicas, podendo levar ao óbito. Atualmente, a dengue é um dos principais problemas de saúde mundial e acomete cerca de 390 milhões de pessoas por ano, principalmente em países tropicais. Sabe-se que o método mais eficaz de combate à dengue é o controle dos vetores, ou seja, do Ae. aegypti. O crescimento desordenado das cidades favorece a disseminação dessa espécie, selecionando indivíduos mais aptos e condicionando a expansão da doença. No Brasil, em 2019, foram notificados mais de 1,5 milhões de casos da doença. Em Santa Catarina, 118 municípios foram considerados como infestados pelo mosquito Ae. aegypti no final de 2021; nesse mesmo ano, 19.133 casos de dengue foram registrados no estado e quatro municípios relataram epidemia. Desse modo, o presente estudo analisou a distribuição de focos do Ae. aegypti encontrados no estado de Santa Catarina, com o objetivo de relacionar os focos de Ae. aegypti e casos de dengue nas mesorregiões do Estado, com fatores geográficos e aspectos ambientais, entre 2011 e 2020. As mesorregiões Oeste, Leste e Norte, com maiores índices de precipitação e o Vale do Itajaí apresentam maior número de focos do mosquito, além disso, os municípios que não têm a presença de Ae. aegypti estão localizadas nos locais mais altos do estado, com temperaturas médias anuais abaixo da temperatura ótima de desenvolvimento do mosquito. Observou-se um aumento significativo no número de focos no período estudado, sendo Joinville o município com maior número e também apresentando o maior número de casos de dengue. Verificou-se que um maior número de focos é positivamente associado ao número de registros da doença. Houve diferença significativa no número de casos entre os últimos dez anos, indicando um aumento ao longo dos anos. Não foi encontrada relação entre a área de um município com o número de focos de Ae. aegypti. Desse modo, conclui-se que fatores abióticos como chuva e temperatura podem influenciar o número de focos de Ae. aegypti e que esse número está aumentando nos últimos anos. Estudos em escalas municipais devem ser realizados a fim de entender o que influencia no número de casos em cada localidade, buscando mitigar a transmissão da doença e fazer o controle do vetor.Aedes aegypti is a dipteran insect vector of several diseases, including dengue. It’s species is holometabola, passing through the phases of egg, larva, pupa and adult. The laying of eggs occurs preferably in natural containers, close to clean water and, when in contact with the liquid, the eggs hatch into larvae, which transform into pupae and give rise to adults. Only females are hematophagous and at the time of blood meal pass the viruses to humans. Dengue is a self-limiting acute febrile illness caused by a systemic viral infection caused by the dengue virus, belonging to the genus Flavivirus. Dengue can be asymptomatic, but also present a range of clinical manifestations, which can lead to death. Currently, dengue is one of the main health problems worldwide and affects about 390 million people per year, mainly in tropical countries. It is known that the most effective method of combating dengue is the control of vectors, that is, the Ae. aegypti. The disorderly growth of cities favors the dissemination of this species, selecting more fit individuals and conditioning the expansion of the disease. In Brazil, in 2019, more than 1.5 million cases of the disease were reported. In Santa Catarina, 118 municipalities were considered infested with the mosquito Ae. aegypti at the end of 2021; in the same year, 19,133 dengue cases were recorded in the state and four municipalities reported an epidemic. Thus, the present study analyzed the distribution of outbreaks of Ae. aegypti found in the state of Santa Catarina, in order to relate outbreaks of Ae. aegypti and cases of dengue in the mesoregions of the State, with geographical factors and environmental aspects between 2011 and 2020. The mesoregions with the highest rainfall rates and the Itajaí Valley have the highest number of mosquito outbreaks, in addition, the cities that do not have the presence of Ae. aegypti are located in the highest places in the state, with average annual temperatures below the optimal temperature of mosquito development.There was a significant increase in the number of outbreaks during the study period, with Joinville being the municipality with the highest number and also presenting the highest number of dengue cases; It was observed that a greater number of outbreaks is positively associated with the number of disease records. There was a significant difference in the number of cases between the last ten years, indicating an increase over the years. There is no correlation between the number of inhabitants of a municipality and the number of outbreaks of Ae. aegypti. Thus, it is concluded that abiotic factors such as rainfall and temperature can influence the number of outbreaks of Ae. aegypti and that this number is increasing. Studies on smaller scales should be conducted in order to understand what influences the number of cases in each location, seeking to mitigate the transmission of the disease and control the vector.Florianópolis, SC.Pinto, Carlos José de CarvalhoUniversidade Federal de Santa Catarina.Silveira, Jéssica Cardoso2023-07-12T16:51:16Z2023-07-12T16:51:16Z2023-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis52 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248719Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-07-12T16:51:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/248719Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-07-12T16:51:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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