Enfrentando o morrer: a experiência do luto(a) do paciente com câncer avançado e de seus familiares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/246847 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo central compreender o enfrentamento da ameaça de perda - imposta por um câncer avançado - e a preparação para a morte vivenciados pelo paciente e seus familiares. Trata-se de uma investigação qualitativa, que pode ser caracterizada como uma pesquisa clínica delineada na forma de estudo de caso. Os casos são compostos por sete pacientes com câncer avançado e seus familiares cuidadores. A escolha dos pacientes ocorreu a partir do critério tempo de doença, sendo estipulados os seguintes intervalos: abaixo de 6 meses, entre 6 meses e 18 meses e acima de 18 meses. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista psicológica e a observação. Os dados foram analisados através do método de análise de conteúdo. Os resultados indicam que, para os familiares e pacientes cujo tempo de doença estava abaixo de 6 meses ou acima de 18 meses (sendo que duas mortes ocorreram em 5 meses e as restantes em 24 meses e 39 meses), a experiência do luto antecipatório foi escassamente desenvolvida e estes estavam pouco preparados para o momento da morte, com exceção de apenas um caso que desenvolveu o luto antecipatório (a morte do paciente ocorreu em 62 meses). Os pacientes cujo tempo de doença encontrava-se no intervalo entre 6 e 18 meses (suas mortes ocorreram em 9 meses e 18 meses) e seus respectivos familiares desenvolveram plenamente o luto antecipatório e esta experiência parece ter sido terapêutica para a preparação para a morte. Ressalta-se que os aspectos que contribuíram para dificultar a experiência do luto antecipatório dos familiares foram o super envolvimento com o paciente durante a doença, através do exercício do papel de cuidador, bem como, o vínculo de cônjuge entre o familiar e o paciente. Tendo em vista estes resultados, concluímos que a experiência do luto antecipatório pode ser observada quando constatado o interjogo de fatores psicossociais e fisiológicos, que acompanham o paciente e seus familiares no enfrentamento da ameaça de perda e morte. Portanto, trata-se de um fenômeno legítimo de investigação. |
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