O laboratório das emoções nas narrativas clariceanas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253485 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa. |
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O laboratório das emoções nas narrativas clariceanasClarice LispectoremoçõesliteraturapinturaestéticaTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa.Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como propósito investigar o movimento das emoções no projeto estético de Clarice Lispector e, assim, o modo como as narrativas comovem o mundo. Para isso, a partir de aproximações com a arte abstrata, inicialmente observamos de que maneira se estrutura uma “realidade delicada” em narrativas como Água viva (1973) e Um sopro de vida (1978, póstumo), amparando-se nas pinturas da própria autora, realizadas na década de 1970, e nas do pintor russo Wassily Kandinsky, trazendo, da mesma forma, as teorias estéticas do artista a partir do livro Do espiritual na arte (1911). Dessa dimensão delicadíssima, as observações acerca do trânsito das emoções e da matéria orgânica levam-nos ao tão recorrente termo nos livros de Lispector: o antes/atrás do pensamento (também o avesso da palavra). Por essa via, podemos aproximar sua escrita ao domínio da in-fância, cunhado pelo filósofo Giorgio Agamben, no livro Infância e história (2005), onde uma autêntica experiência da linguagem permanece. As emoções, no entanto, não param, são movimentos, que partem do ser ao mundo; são gestos e expressões que acompanham a humanidade e, portanto, são uma linguagem, como bem apontou George Didi-Huberman, no livro Que emoção! Que emoção? (2016). Desse modo, ao relacionarmos as emoções a uma comunicação, partimos para a recepção da leitura nas obras de Lispector, as quais transformam, não somente a estrutura narrativa, mas também os olhos e corpos daqueles que as leem. Para esse caminho, além das já citadas obras da autora, privilegiamos A hora da estrela (1977), bem como os contos “Os desastres de Sofia”, de A legião estrangeira (1964), e “Amor”, de Felicidade clandestina (1971). Nesse sentido, apoiado na fortuna crítica de obras como A vertical das emoções (2021), O que vemos, o que nos olha (1998), ambas de Didi-Huberman, e Performance, recepção, leitura (1990), de Zumthor, o trabalho apresenta o trânsito das emoções que acontece das narrativas aos sujeitos, do ser ao aí/mundo, construindo, desse modo, um embate com as luzes da razão e, por fim, uma ética das emoções.This Course Conclusion Paper has the purpose of searching the emotions movement on the aesthetic project by Clarice Lispector and, thus, the way how narratives affect the world. For that, through approximations to abstract art, inicially, we observe how the “delicate reality” is structured on the narratives like Água viva (1973) and Um sopro de vida (1978, posthumous), based on the author’s own paintings, produced in the 1970, and based on the russian artist Wassily Kandinsky, bringing, in the same way, the artist’s aesthetic theories from Kandinsky’s book Concerning the spiritual in art (1911). Of this delicate dimension, the observations about the emotions traffic and organic material take us to the so recurrent term in Lispector’s books: the behind the thought (atrás do pensamento), and also the reverse of word. On this way, we can approach the writing to the in-fancy domains, coined by the philosopher Giorgio Agamben, in the book Infancy and history (2005), where a genuine language experience persists. The emotions, however, don’t stop, they are movements that go from being to the world; are gestures and expressions that accompany humanity and, therefore, they are a language, as George Didi-Huberman rightly pointed out in the book Such emotion! What emotion? (2016). Thereby, when we relate emotions to communication, we go to the reception of readings on Lispector’s works, which transform not only the narratives, but also the eyes and the bodies of those who read them. For that way, in addition to aforementioned works by the author, we privilegie A hora da estrela (1977), as well as the stories “Os desastres de Sofia” (The Desasters of Sofia), from A legião estrangeira (1964), and “Amor” (Love), from Felicidade clandestina (1971). In this sense, supported by the critical fortune of works such as A vertical das emoções (2021), O que vemos, o que nos olha (1998), both by Didi-Huberman, and Performance, recepção, leitura (1990), by Zumthor, this work presents the emotions traffic that happens from narratives to the subjects, from the being to the world, building, thus, a clash with the lights of reason and, finally, an ethics of emotions.Florianópolis, SC.Giorgi, Artur de VargasUniversidade Federal de Santa Catarina.Bauer, Tayná2023-12-19T13:32:51Z2023-12-19T13:32:51Z2023-11-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis106 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253485Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-12-19T13:32:52Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/253485Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-12-19T13:32:52Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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