Investigação não-clínica da eficácia analgésica e da segurança da infiltração de gabapentina em modelo de dor pós-cirúrgica em camundongos
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/232209 |
Resumo: | TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia. |
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Investigação não-clínica da eficácia analgésica e da segurança da infiltração de gabapentina em modelo de dor pós-cirúrgica em camundongosqPCRDesenvolvimento de fármacosCirurgiaTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.A dor pós-operatória é uma forma comum de dor na prática clínica (cerca de 70% dos pacientes apresentam dor de moderada a intensa logo após cirurgias), mas o padrão ouro do seu tratamento (fármacos opioides) possui grande limitação por indução de efeitos adversos sistêmicos e graves. O fármaco gabapentina também é utilizado por via oral para o tratamento da dor pós-operatória e para redução do consumo de opioides, mas similarmente causa efeitos adversos sistêmicos relevantes. Entre as estratégias para evitar efeitos adversos sistêmicos e melhorar a segurança dos fármacos utilizados para a dor pós-operatória, destaca-se o uso de analgesia por infiltração de fármacos (p.ex. anestésicos locais) no local da incisão. Assim, o objetivo do presente estudo foi à investigação pré-clínica da eficácia analgésica e da segurança da infiltração de gabapentina em modelo de dor cirúrgica em camundongos. A gabapentina (1- 5%) foi infiltrada no período transoperatório de cirurgia de incisão na pele de camundongos C57/BL6 anestesiados. Foram avaliados parâmetros de comportamentos relacionados à dor e edema, além de efeitos adversos, nos períodos pré e pós-operatório. A infiltração com gabapentina preveniu amplamente o desenvolvimento e a manutenção da hiperalgesia, com duração de 0,25 a 48 horas após a cirurgia. Efeito esse dependente da dose, com efeito parcial obtido com a dose de 1% e com inibições máximas nas doses de 3 e 5%. Em relação aos comportamentos afetivos motivacionais, a gabapentina (3%) preveniu amplamente desde 0,25 a 48 horas após a cirurgia. A gabapentina 3% foi capaz de prevenir de maneira muito eficaz o edema pós-operatório, com efeito, 2 horas após a cirurgia, mantendo-se por até 48 horas. Verificamos também que o efeito anti-hiperalgésico da gabapentina em fêmeas foi de curta duração, não sendo mais detectado de 4 à 24 horas após a cirurgia e sendo estatisticamente diferente do efeito observado em machos nesses tempos. As fêmeas apresentaram redução significativa do comportamento afetivo motivacional somente 2 horas após a cirurgia, mas com eficácia menor do que nos machos. Quanto ao edema, curiosamente, a infiltração com gabapentina em fêmeas aumentou o edema observado 2 horas após a cirurgia. Por fim, buscando avaliar o possível efeito adjuvante da gabapentina na infiltração com anestésicos locais antes da cirurgia, associamos uma dose baixa de gabapentina (1%) com o anestésico local bupivacaína (0,5%). A combinação de bupivacaína 0,5% + gabapentina 1% reduziu a hiperalgesia e comportamentos afetivo-motivacionais significativamente com efeito precoce e de longa duração. A combinação de bupivacaína + gabapentina também reduziu o edema 2, 24 e 48 horas após a cirurgia. Em relação aos efeitos adversos, nenhum dos nossos tratamentos alterou os parâmetros de motores/sensoriais e sangramento. Sendo assim, concluímos que a gabapentina infiltrada apresentou efeito antinociceptivo e antiedematogênico em modelo de dor pós-operatória de maneira sexualmente distinta, indicando sua viabilidade como ferramenta farmacológica útil no manejo da dor pós-operatória.Florianópolis, SCFerreira, JulianoUniversidade Federal de Santa CatarinaMartins, Fernanda2022-03-16T11:07:31Z2022-03-16T11:07:31Z2022-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/232209info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2022-03-16T11:07:31Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/232209Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-03-16T11:07:31Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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