Hannibal, da literatura para o cinema: uma tradução intersemiótica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Staub, Marcos Antonio
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219357
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2020.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaStaub, Marcos AntonioTavares, Pedro Heliodoro de Moraes Branco2021-01-14T18:08:23Z2021-01-14T18:08:23Z2020370822https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219357Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2020.Para os que defendem as adaptações, o cinema estabelece relações de aproximação com a literatura, buscando nos arcanos literários inspirações imortalizadas pela sétima arte. Nesse sentido, objetivou-se comparar a construção da personagem Hannibal criada no meio literário para o cinema a partir da obra Hannibal (de Thomas Harris, 1999) que, assim como muitas obras literárias, ganhou uma versão fílmica (de Ridley Scott, 2001). Tendo a Narratologia como base para os estudos das estratégias e efeitos das escolhas dos autores sobre o texto, buscou-se por meio das reflexões teóricas de alguns autores que conceituam a adaptação, libertá-la do conceito que parte da submissão ao texto-fonte, apontando caminhos para uma perspectiva como recriação e transformação, reconhecendo a obra cinematográfica como uma obra autônoma. Dentre eles estão Linda Hutcheon (2013, p. 29), para quem a adaptação resultaria em transposição, transcodificação, (re)criação, apropriação e recuperação, considerando a adaptação enquanto processo; Robert Stam (2008, p. 21) concebe-a como tradução, realização, leitura, transmutação e transfiguração, sendo a adaptação uma nova obra que pode tornar-se uma outra forma de ver, ouvir e pensar uma narrativa; e Linda Seger (1992, p. 26) que a entende como uma nova obra em que o adaptador busca o equilíbrio entre preservar a essência do texto do qual está adaptando e criar uma nova forma. O estudo está organizado em 4 capítulos. No primeiro apresenta-se a introdução ao tema de estudo, que aponta o interesse histórico em investigar a relação entre as artes, dentre as quais a literatura e o cinema, trazendo à baila a polêmica discussão que evidencia um juízo valorativo entre elas. Apresentam-se os preâmbulos delineando a priori os procedimentos e a fundamentação teórica. No segundo é apresentada a literatura que deu origem ao personagem Hannibal; os fundamentos da teoria da tradução intersemiótica no qual ele se situa; o autor Thomas Harris e sua obra; e a adaptação como processo e mundividência, sendo exemplificado por um estudo de caso analisado por Cardoso (2016). No referido estudo revisa-se a literatura a respeito das relações de convergência e de dissídio observadas ao analisar os críticos e teóricos da adaptação, tomando como exemplo o caso da adaptação do livro Cântico Final, de Vergílio Ferreira, para o cinema, bem como apresenta a personagem Hannibal, originado na literatura através do romance O Dragão Vermelho (1981), de Thomas Harris. Personagem essa que ganhou destaque por meio da realização do filme O Silencio Dos Inocentes. No terceiro situa-se o romance Hannibal como romance de terror gótico. Apresenta-se a personagem como ela é representada no romance de Thomas Harris, ressaltando-se algumas diferenças em sua adaptação cinematográfica de Ridley Scott. Apresenta-se, ainda que de forma sucinta, possíveis fontes de inspiração para a construção da personagem. O quarto corresponde aos resultados no qual se salienta a intenção dos produtores cinematográficos de estabelecer o diálogo com a obra literária e seus valores estéticos. Uma análise das operações intersemióticas no processo adaptativo evidencia a necessidade de ajustar a narrativa fílmica ou adaptação ao tempo, espaço e recursos semióticos próprios de sua natureza narrativa.Abstract: For those who defend adaptations, cinema establishes close relations with literature, seeking in the literary arcane inspirations immortalized by the seventh art. In this sense, the objective was to compare the construction of the character Hannibal created in the literary medium for the cinema from the work Hannibal (by Thomas Harris, 1999) which, like many literary works, gained a film version (by Ridley Scott, 2001). Taking Narratology as a basis for studying the strategies and effects of the authors' choices on the text, we sought, through the theoretical reflections of some authors who conceptualize adaptation, to free it from the concept that starts with submission to the source text, pointing paths to a perspective such as recreation and transformation, recognizing the cinematographic work as an autonomous work. Among them are Linda Hutcheon (2013, p. 29), for whom adaptation would result in transposition, transcoding, (re) creation, appropriation and recovery, considering adaptation as a process; Robert Stam (2008, p. 21) conceives it as translation, realization, reading, transmutation and transfiguration, adaptation as being a new work that can become another way of seeing, hearing and thinking about a narrative; and Linda Seger (1992, p. 26) who understands it as a new work in which the adapter seeks a balance between preserving the essence of the text from which it is beeing adapted and creating a new form. The study is organized in 4 chapters. In the first, the introduction to the study theme is presented, which points to the historical interest in investigating the relationship between the arts, among which literature and cinema, bringing up the controversial discussion that evidences a valuing judgment between them. The preambles are presented, outlining the procedures and the theoretical foundation a priori. In the second, the literature that gave rise to the character Hannibal is presented; the foundations of the theory of intersemiotic translation in which it is located; the author Thomas Harris and his work; and adaptation as a process and worldview, exemplified by a case study analyzed by Cardoso (2016). This study reviews the literature on the relations of convergence and dissent observed when analyzing critics and theorists of adaptation, taking as an example the case of the adaptation of the book Cântico Final, by Vergílio Ferreira, for cinema, as well as presenting the character Hannibal, originated in literature through the novel The Red Dragon (1981), by Thomas Harris. Character that gained prominence through the realization of the film The Silence of the Lambs. The third is the novel Hannibal as a gothic horror novel. The character is presented as he is represented in the Thomas Harris novel, highlighting some differences in its film adaptation by Ridley Scott. Possible sources of inspiration for the construction of the character are presented, albeit succinctly. The fourth corresponds to the results in which the intention of film producers is evident to establish a dialogue with the literary work and its aesthetic values. An analysis of intersemiotic operations in the adaptive process highlights the need to adjust the film narrative or adaptation to the time, space and semiotic resources inherent to its narrative nature.102 p.| il.porTradução e interpretaçãoLiteratura americanaHannibal, da literatura para o cinema: uma tradução intersemióticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGET0491-D.pdfPGET0491-D.pdfapplication/pdf2314169https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/219357/-1/PGET0491-D.pdfcece37c3bd20035f61e470f6bd9d7d65MD5-1123456789/2193572021-01-14 15:08:23.421oai:repositorio.ufsc.br:123456789/219357Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:08:23Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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