Violência física por parceiro íntimo e condições de saúde mental em homens e mulheres residentes em Florianópoplis, Santa Catarina: estudo de base populacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lindner, Sheila Rubia
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123069
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2013.
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spelling Violência física por parceiro íntimo e condições de saúde mental em homens e mulheres residentes em Florianópoplis, Santa Catarina: estudo de base populacional Saúde públicaViolencia conjugalFlorianópolis (SC)Esposas -Maus-tratosFlorianópolis (SC)DepressãoComportamento suicidaDoenças mentaisEstudo transversalTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2013.Este estudo aborda a violência por parceiro íntimo - VPI, que é compreendida como aquela que ocorre em uma relação íntima, referindo-se a qualquer comportamento que cause dano físico, psicológico ou sexual àqueles que fazem parte da relação. Tem como objetivo estimar a prevalência de violência física por parceiro íntimo e sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, de comportamento e de condições de saúde mental em adultos residentes em Florianópolis, Santa Catarina. A população de referência do estudo constitui-se por adultos na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade completos no ano da pesquisa, de ambos os sexos e residentes na zona urbana do município. Realizou-se estudo transversal, com amostra representativa dessa população, selecionada em dois estágios (setor censitário e domicílio). As variáveis utilizadas foram: de interesse central (violência física por parceiro íntimo), demográficas (sexo, idade, cor da pele, estado civil), socioeconômicas (escolaridade, renda familiar per capita), de comportamento relacionado à saúde (uso abusivo de álcool), de condição de saúde (depressão, ideação suicida, transtorno mental comum). Variável de interesse central investigada em relação às demográficas, socioeconômicas e de comportamento relacionado à saúde. Variáveis de condição de saúde foram investigadas em relação às demográficas, socioeconômicas e de interesse central. Diferentes modelos de análises multiníveis foram desenvolvidos. A taxa de resposta foi de 85,3%, o que representa 1.720 adultos distribuídos em 63 setores censitários. A prevalência de sofrer qualquer violência física por parceiro íntimo foi de 17%, violência física moderada de 6,6% e violência física grave de 7,3%. Não houve diferença significativa para violência física moderada em homens e mulheres; porém, quanto mais grave o ato, maior a ocorrência deste nas mulheres. Mulheres de maior idade, viúvas/separadas, pobres, menos escolarizadas e pretas apresentam maior probabilidade de sofrer violência física. Nos homens, a prevalência de violência física grave apresentou alteração significativa apenas para estado civil. Uso abusivo de álcool por mulheres representou maior chance de sofrer violência física moderada e grave (RC 4,18 e 2,5). A prevalência de depressão, ideação suicida e transtorno mental comum para aqueles que sofreram violência física foi de 14%, 2,6% e 11,9%, respectivamente, estando esses casos significativamente associados com sofrer esse tipo de violência. A ideação suicida apresentou desfecho mais fortemente associado com sofrer violência física grave (RC 5,01 IC95% 2,55 - 9,85). Os resultados indicam que a violência física por parceiro íntimo afeta homens e mulheres; porém, quanto maior a gravidade dessa violência, maior é a vulnerabilidade das mulheres, bem como a associação com o uso abusivo de álcool. Sofrer violência física por parceiro íntimo também acarreta maior vulnerabilidade em relação à saúde mental. Destaca-se o achado em relação à ideação suicida, uma vez que entre os desfechos relacionados à saúde mental essa tem maior impacto para os envolvidos.<br>Abstract : This study approaches intimate partner violence - IPV, understood here as violence occurring within intimate relationships, referring to any behavior with physical, psychological or sexual damage potential towards those involved in the relationship. It aims at estimating the prevalence of intimate partner physical violence and its relation to demographic and socioeconomic variables, as well as behavior and mental health conditioned ones, in adult population in Florianopolis, Santa Catarina, Brazil. The reference population in this study is composed of adults aged between 20 and 59 years old, the age being completed along the year of the research, of both genders, and belonging to the urban area of the city. A transversal study has been developed using a representative sample of this population, which has been selected in two distinct sections (census areas and domiciliary sector). Variables were: of central interest (intimate partner physical violence), demographic (gender, age, skin color, marital status), socioeconomic (schooling, per capita family income), health related behavior (alcohol abuse), health condition (depression, suicidal ideation, common mental disorder). The variable of central interest was investigated in its relation to demographic socioeconomic and health related behavior. Health conditioned variables were investigated in their relation to demographic and socioeconomic ones, as well as to that of central interest. Different multilevel analysis models have been applied. There was an 85.3% response rate, which represents 1,720 adults distributed along 63 census areas. The observed prevalence rate was 17% for any intimate partner physical violence, 6.6% for moderate physical violence, and 7.3% for severe physical violence. No relevant difference between the rates for moderate physical violence against men or women was pointed out; however, the severer the acts, the more frequent its occurrence against women. Older, poor, poorly schooled and black women, as well as widows or separated, are the most vulnerable ones. Among men, severe physical violence prevalence has presented significant alterations only as far as marital status is concerned. Alcohol abuse on part of women has increased chances of suffering moderate and severe physical violence (OR 4.18 and 2.5). There was a 14%, 2.6% and 11.9% prevalence of depression, suicidal ideation and common mental disorder, respectively, among those who have suffered physical violence, those cases being significantly associated with suffering this type of violence. Suicidal ideation has presented to be more strongly associated with suffering severe physical violence (OR 5,01 CI95% 2,55 - 9,85). Results indicate that intimate partner physical violence affects both men and women; however, the higher the gravity of such violence, the more vulnerable women are, along with an association with alcohol abuse. Intimate partner physical violence also increases mental health vulnerability. We point out the results concerning suicidal ideation, since among the cases related to mental health issues such condition has observable impact on the subjects involved.Coelho, Elza Berger SalemaBoing, Antonio FernandoUniversidade Federal de Santa CatarinaLindner, Sheila Rubia2014-08-06T17:45:12Z2014-08-06T17:45:12Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis243 p.| il., grafs., tabs.application/pdf325404https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123069porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-08-06T17:45:12Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/123069Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-08-06T17:45:12Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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