Mortalidade por câncer de boca e faringe no Brasil, no período 1980 - 2017: análise do efeito idade-período-coorte
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219468 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2019. |
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Mortalidade por câncer de boca e faringe no Brasil, no período 1980 - 2017: análise do efeito idade-período-coorteSaúde públicaBocaFaringeTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2019.O objetivo do presente estudo foi estimar o efeito da idade, período e coorte de nascimento na mortalidade por câncer de boca e orofaringe no Brasil, no período 1983-2017, segundo macrorregiões e sítio anatômico. Foi utilizado um modelo de regressão de Poisson e funções estimáveis propostas por Holford. No período de 1983 a 2017, foram registrados no Brasil 142.634 óbitos por câncer de boca e orofaringe, 81% no sexo masculino, sendo que as regiões Sudeste e Sul apresentaram as taxas mais altas (3,6 e 3,4 por 100.000 habitantes respectivamente). As coortes mais recentes nas regiões Norte, Nordeste e CentroOeste apresentaram até 8 vezes mais risco de óbito quando comparadas com a referência enquanto que nas regiões Sul e Sudeste as coortes mais recentes apresentaram risco até 60% menor. Na análise segundo sítios anatômicos, observou-se que 54% do total de óbitos correspondiam a câncer de orofaringe (taxa média de 1,64/100.000 habitantes para orofaringe e 1,41/100.000 habitantes para boca). A taxa média de mortalidade no sexo masculino foi de 4,5 óbitos por 100.000 habitantes, e no sexo feminino foi de 0,9 óbitos por 100.000 habitantes. Houve um forte efeito da idade nas taxas de mortalidade por câncer de boca e orofaringe. O risco aumenta a partir dos 40 anos nos homens e 55 anos nas mulheres. Um efeito do período importante foi observado, atribuído principalmente à mortalidade por câncer de orofaringe enquanto que os valores mais significativos em relação ao efeito das coortes foram observados na mortalidade feminina por câncer de boca. Em ambas as análises, a idade teve efeito significativo na mortalidade por câncer de boca e orofaringe. No entanto, chama a atenção a diferença marcada entre regiões, possivelmente associada às desigualdades sociodemográficas e diferenças no acesso a serviços de saúde. As diferenças observadas na análise por sítio anatômico, sugerem a influência de um fator de risco não comum a ambos os sítios, como é o caso do Virus do Papilloma Humano. Para obter diminuição significativa no risco de mortalidade por câncer de boca e orofaringe é necessário incentivar o diagnóstico e tratamento oportuno para assim evitar o óbito. Este estudo mostra a importância da implantação de políticas públicas focadas na redução da mortalidade por câncer de boca e orofaringe que realmente atinjam a população de risco.<br>Abstract: The aim of the present study was to estimate the effect of age, period and birth cohort on mortality from oral and oropharyngeal cancer in Brazil, in the period 1983- 2017, according to macro regions and anatomical site. A Poisson regression model and estimable functions proposed by Holford were used. In the period from 1983 to 2017, 142,634 deaths due to oral and oropharyngeal cancer were registered in Brazil, 81% in males, with the Southeast and South regions presenting the highest rates (3.6 and 3.4 per 100,000 inhabitants respectively). The most recent cohorts in the North, Northeast and Center-West regions had up to 8 times more risk of death when compared to the reference whereas in the South and Southeast regions the most recent cohorts had up to 60% less risk. In the analysis according to anatomical sites, it was observed that 54% of the total deaths corresponded to oropharyngeal cancer (average rate of 1.64/100,000 inhabitants for the oropharynx and 1.41/100,000 inhabitants for the mouth). The average mortality rate in males was 4.5 deaths per 100,000 inhabitants, and in females it was 0.9 deaths per 100,000 inhabitants. There was a strong effect of age on mortality rates from oral and oropharyngeal cancer. The risk increases from the age of 40 in men and 55 in women. An important period effect was observed, attributed mainly to mortality from oropharyngeal cancer, while the most significant values in relation to the effect of the cohorts were observed in female mortality from oral cancer. In both analyzes, age had a significant effect on mortality from oral and oropharyngeal cancer. However, the marked difference between regions is noteworthy, possibly associated with socio-demographic inequalities and differences in access to health services. The differences observed in the analysis by anatomical site, suggest the influence of a risk factor not common to both sites, such as the Human Papilloma Virus. In order to obtain a significant decrease in the risk of mortality from oral and oropharyngeal cancer, it is necessary to encourage the diagnosis and timely treatment to avoid death. This study shows the importance of implementing public policies focused on reducing mortality from oral and oropharyngeal cancer that really affect the population at riskPeres, Marco Aurélio de AnselmoAntunes, José Leopoldo FerreiraUniversidade Federal de Santa CatarinaEstrada Perea, Lillia Magali2021-01-14T18:10:38Z2021-01-14T18:10:38Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis176 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf370534https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219468porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-14T18:10:38Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/219468Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:10:38Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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