Caracterização química de extrato de Ilex paraguariensis A. St. Hilaire e avaliação das atividades antioxidante in vitro e antiparkinsoniana in vivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carlos Henrique Blum da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188477
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017.
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Nesse sentido, Ilex paraguariensis (erva-mate) apresenta significativa importância na perspectiva da obtenção de novo produto com emprego na DP, a medida que sua constituição química apresenta majoritariamente metilxantinas e compostos fenólicos, os quais estão relacionados com as propriedades benéficas frente à DP. O presente estudo teve como objetivo caracterizar qumicamente um extrato hidroetanólico (EHE) a partir das folhas de I. paraguariensis e investigar as atividades antioxidante e antiparkinsoniana, em modelos in vitro e in vivo. O EHE de I. paraguariensis apresentou nove compostos majoritários, as metilxantinas, cafeína e teobromina, os ácidos fenólicos, ácido 3-O-cafeoilquínico, ácido 5-O-cafeoilquínico, ácido 4-O-cafeoilquínico, ácido 3,4-dicafeoilquínico, ácido 3,5-dicafeoilquínico e ácido 4,5-dicafeoilquínico, e o flavonoide rutina, identificados através de cromatografia líquida de ultra eficiência (CLUE) acoplada à detector de arranjo de diodos (PDA) e À espectrometria de massas (EM). Os teores dos marcadores cafeína, ácido clorogênico e rutina foram de 29,3, 67,5 e 12,4 mg/g, respectivamente. Este extrato demonstrou alto potencial antioxidante reativo total na concentração de 5 µg/mL no ensaio do TAR (Reatividade antioxidante total) / TRAP (Potencial antioxidante reativo total). A mesma concentração do extrato foi capaz de captar o radical hidroxil, reduzindo a porcentagem de degradação da 2-desoxirribose. No modelo animal de administração intranasal da neurotoxina MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina), os resultados indicaram que o tratamento v.o. com o EHE (300 mg/Kg), e com os compostos cafeína (10 mg/Kg) e ácido clorogênico (20 mg/Kg), isolados e em associação (10 mg/Kg de cafeína + 20 mg/Kg de ácido clorogênico) reverteu ou atenuou os déficits na memória social de curto prazo, e melhorou o comportamento anedônico e tipo-depressivo de ratos. Adicionalmente, com exceção do tratamento com ácido clorogênico, os demais grupos tratados reduziram o prejuízo olfatório causado pelo MPTP nos animais. Entretanto, nenhum dos tratamentos foi capaz de atenuar os prejuízos motores causados pelo MPTP. Ainda, os tratamentos com o extrato de I. paraguariensis, cafeína, ácido clorogênico e a associação de cafeína + ácido clorogênico reduziram a depleção dopaminérgica causada pelo MPTP no bulbo olfatório e no estriado. Por outro lado, somente o extrato e o ácido clorogênico foram capazes de atenuar a degeneração de dopamina causada pelo MPTP no córtex pré-frontal.Abstract : Parkinson's disease (PD) is a neurodegenerative disorder characterized mainly by loss of dopaminergic neurons. The progressive character of the disease, and a presence of motors and non-motors significantly affect a quality of life of patients. Until this moment, there are no available drugs capable of inhibiting neurodegeneration, with great interest in the search for neuroprotective agents and modifiers of the course of the disease. Medicinal plants have always provided important therapeutic alternatives to different pathologies. In this context, Ilex paraguariensis (yerba mate) has significant importance in the perspective of obtaining a new product with use in PD, since its phytochemical composition is predominantly based in methylxanthines and phenolic compounds, which are related to the beneficial properties in PD. The present study aimed to characterize chemically a hydroethanolic extract (EHE) from leaves of I. paraguariensis and to investigate the in vitro antioxidant and in vivo antiparkinsonian activities. The EHE of I. paraguariensis leaves presented nine major compounds, the methylxanthines, caffeine and theobromine, the phenolic acids, 3-O-caffeoylquinic acid, 5-O-caffeoylquinic acid, 4-O-caffeoylquinic acid, 3,4-dicaffeoylquinic acid , 3,5-dicaffeoylquinic acid and 4,5-dicaffeoylquinic acid, and the flavonoid rutin, identified by ultra performance performance liquid chromatography (UPLC) coupled to diode array detector (PDA) and mass spectrometry (MS). The contents of chemical markers caffeine, chlorogenic acid and rutin were 29.3, 67.5 and 12.4 mg / g, respectively. This extract showed high total reactive antioxidant potential at the concentration of 5 µg / mL in TAR (Total antioxidant capacity) / TRAP (Total reactive antioxidant capacity) assay. The same concentration of extract was able to scavenge the hydroxyl radical, reducing the percentage of degradation of 2-deoxyribose. In the animal model of intranasal administration of the neurotoxin MPTP (1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine), the results indicated that the oral treatment with the standardized extract (300 mg / kg) and with the compounds caffeine (10 mg / kg) and chlorogenic acid (20 mg / kg), isolated and in combination (10 mg / kg caffeine + 20 mg / kg acid Chlorogenic) reversed or attenuated the deficits in short-term social memory, and improved the anhedonic and depressive-like behavior of rats. Additionally, with the exception of treatment with chlorogenic acid, the other treated groups reduced the olfactory impairment caused by MPTP in the animals. However, none of the treatments were able to attenuate the motor damage caused by MPTP. Also, the treatments with the extract of I. paraguariensis, caffeine, chlorogenic acid and a combination of caffeine + chlorogenic acid reduced the dopaminergic depletion caused by MPTP in the olfactory bulb and the striatum. On the other hand, only extract and chlorogenic acid, are able to attenuate the dopamine degeneration caused by MPTP in the prefrontal cortex.161 p.| il., gráfs., tabs.porFarmáciaErva-mateParkinson, Doença deExtratos vegetaisCaracterização química de extrato de Ilex paraguariensis A. St. Hilaire e avaliação das atividades antioxidante in vitro e antiparkinsoniana in vivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPCCF0401-T.pdfPCCF0401-T.pdfapplication/pdf6017076https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/188477/-1/PCCF0401-T.pdffc4dcef23d605dd2ccfeb17730016947MD5-1123456789/1884772018-07-20 01:04:38.555oai:repositorio.ufsc.br:123456789/188477Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-07-20T04:04:38Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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