Avaliação da compreensão oral: avanços e desafios
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250923 |
Resumo: | A discussão sobre protocolos para a avaliação da linguagem compreensiva na literatura brasileira ainda é muito recente. Há poucos instrumentos construídos que tenham sido normatizados e padronizados respeitando a cultura brasileira. A variedade e tipos de avaliação da compreensão oral sugerem que um estudo pautado na perspectiva sócio-histórica é inovador e pode auxiliar na elaboração de uma avaliação de compreensão oral que considere a interação como ponto principal de análise. Especificamente sobre a narrativa, os estudos sobre compreensão são também escassos. Neste sentido, o objetivo deste projeto é aplicar e discutir o protocolo de avaliação da compreensão de narrativas orais infantis por meio do reconto em crianças com queixas de alterações linguístico-cognitivas. Considerou-se nessa proposta uma avaliação mediada (dinâmica) para a análise da compreensão. Foi utilizado um instrumento contendo dois contos e apresentado para 4 crianças com queixa de alteração linguístico-cognitiva entre 5 e 7 anos de idade. Essas crianças foram identificadas como tendo, pelo menos, dois dos quatro indicadores: queixa dos pais, queixa dos professores, observação de problemas de linguagem durante a avaliação; resposta do teste do ABFW (vocabulário) abaixo do esperado. Os dados foram analisados a partir dos critérios estabelecidos abaixo: a) Cadeia de Ações e Eventos elaborada a partir das narrativas; b) Esquema de Narrativas (adaptação de Petersen, Gillam & Gillam, 2008); c) Formas de Mediação (elaborar parâmetros). Os resultados apresentados evidenciam os seguintes pontos como relevantes para a aplicação desse instrumento em crianças com queixas de dificuldades linguístico-cognitivas: a) há diferenças quantitativas e qualitativas entre reconto com gravura única e com sequência de gravuras; b) a mediação é fundamental para o reconto nesse grupo de crianças, contudo é necessário uma maior análise do tipo de estratégia que beneficia cada criança; c) As dificuldades de cada criança precisam ser analisadas em relação a mediação e a complexidade de cada história; d) a história 1 foi mais compreendida que a história 2. Conclusão: O estudo piloto realizado destacou a necessidade do uso de uma sequência de gravuras como mediação para o reconto, assim como a elaboração de parâmetros mais definidos para a mediação para que possa ser utilizado como eliciador da compreensão da linguagem. Sugere-se ainda que as histórias possam ser analisadas em termos de hierarquia utilizando critérios relacionados aos níveis de compreensão: história 1 (Periná) e história 2 (A Piloti Azul). Para estabelecimento de todos esses critérios há a necessidade de aprofundamento da pesquisa tanto em termos qualitativos, relação com os níveis de compreensão oral, quanto quantitativos, aplicação desse instrumento em um número maior de crianças |
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