Grupo de convivência de pessoas com diabetes mellitus e familiares: percepção acerca das complicações crônicas e conseqüências sociais crônicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sandoval, Rita de Cássia Bruno
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85559
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
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spelling Grupo de convivência de pessoas com diabetes mellitus e familiares: percepção acerca das complicações crônicas e conseqüências sociais crônicasEnfermagemDiabetesPacientes -EducaçãoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.Este estudo teve por objetivo contribuir para a conscientização da importância das complicações crônicas do Diabetes Mellitus (DM) por meio de atividades educativas em saúde em grupo de convivência com pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 1 e familiares. Foi realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC). Trata-se do relato de uma prática assistencial realizada em grupo de convivência do qual participaram oito pessoas com diabetes e quatro familiares. Caracteriza-se por ser um estudo de natureza qualitativa. O quadro teórico conta com uma revisão de literatura acerca do DM e das complicações crônicas que podem advir desta doença, e do referencial teórico de análise que norteou o trabalho, sendo composto de conceitos e pressupostos da Teoria do Alcance dos Objetivos de Imogene King. A dinâmica de condução da prática educativa contou com duas etapas, ou seja, a realização prévia de exames de detecção precoce das complicações físicas do diabetes que incluíram: avaliação do pé de risco de ulceração, exame de fundo de olho e avaliação da neuropatia autonômica cardiovascular diabética e a segunda etapa, a realização de grupo de convivência. Os exames prévios realizados, bem como seus resultados serviram de suporte para a discussão destas complicações no grupo de convivência. A ação educativa em grupo de convivência foi desenvolvida a partir da técnica dos quatro erres de Trentini e Dias (1997), que acontece em quatro fases: reconhecimento, revelação, repartir e repensar. Os resultados desta ação educativa realizada em seis encontros, tornaram possível conhecer as percepções dos participantes do grupo de convivência sobre as complicações e conseqüências de viver com diabetes. Emergiram deste processo dois temas centrais de análise: complicações físicas, desdobradas nas seguintes categorias: alterações visuais e renais, comprometimento dos pés, neuropatia autonômica cardiovascular diabética e disfunção sexual. As conseqüências crônicas de viver com diabetes incluíram as seguintes categorias: preconceito/discriminação; mudanças no cotidiano: dificuldades na participação em atividades e no convívio social; a estrutura de saúde influenciando o viver com diabetes; e hipoglicemia como conseqüência crônica social. O referencial teórico utilizado para análise possibilitou o desenvolvimento de uma ação educativa compartilhada, os integrantes do estudo, pessoas com diabetes e familiares ocuparam sua posição de sujeitos no processo. Destaco como aspectos relevantes deste estudo, a percepção das complicações crônicas para além das complicações físicas da doença, visto que para os participantes do grupo de convivência as complicações sociais crônicas que enfrentam ao viver com diabetes têm conseqüências tanto ou mais significativas que as complicações físicas. A proposta de ação educativa poderá contribuir para o redimensionamento das ações do HU/UFSC e do grupo multiprofissional de atendimento à pessoa com diabetes, de modo a alcançar um atendimento mais adequado para aqueles que vivenciam esta condição crônica de saúde. Este redirecionamento das ações dos profissionais e da instituição poderá contar com o envolvimento e participação das pessoas com diabetes e familiares, primeiros interessados na melhoria dos serviços que utilizam. A ação educativa em grupo de convivência possibilitou ao grupo (enfermeira, pessoas com diabetes e familiares) um novo olhar sobre a questão das complicações crônicas da doença, o papel importante que desempenha a própria pessoa com diabetes, os familiares e os profissionais de saúde na prevenção e detecção precoce destas complicações, bem como na intervenção rápida e eficiente, quando de sua instalação, diminuindo assim danos mais profundos à saúde da pessoa com diabetes. Através da troca de experiência que aconteceu no grupo de convivência tornou possível aos participantes ampliarem seus conhecimentos sobre as complicações crônicas da diabetes, dos recursos disponíveis para a sua prevenção e tratamento, bem como lhes foi possível pensar em estratégias de enfrentamento nos casos de complicações já instaladas. Em relação à assistência de enfermagem, entendo que esta experiência contribuiu para que reconheçamos os riscos a que estas pessoas estão expostas, suas experiências e expectativas, possibilitando uma abordagem mais concreta e preventiva. A identificação de condições sociais crônicas do diabetes, relacionada ao preconceito, às dificuldades cotidianas e às deficiências na estrutura dos serviços de saúde contribuíram para um novo olhar dos profissionais em relação àqueles que vivenciam uma situação crônica de saúde como o diabetes, seja ele o portador da doença ou familiar, além de levar os profissionais a repensarem sua intervenção nas instituições oficiais, responsáveis pela prestação de serviços no sentido de melhorar esta assistência. Por fim, o estudo trouxe uma contribuição inovadora a partir da percepção dos integrantes do grupo no que se refere à hipoglicemia, condição considerada aguda no meio profissional, mas com características de cronicidades para as pessoas com diabetes e familiares, quando pensada a partir das suas conseqüências sociais, da inferência que as hipoglicemias severas provocam em sua autonomia, em seu convívio social.Florianópolis, SCSilva, Denise Maria Guerreiro Vieira daUniversidade Federal de Santa CatarinaSandoval, Rita de Cássia Bruno2012-10-20T20:04:17Z2012-10-20T20:04:17Z20032003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis154 f.| il., tabs.application/pdf193923http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85559porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T10:59:01Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/85559Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T10:59:01Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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