A invenção da floresta intocada: olhares e representações sobre o Parque Nacional do Iguaçu (1939-2016)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/194080 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016. |
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A invenção da floresta intocada: olhares e representações sobre o Parque Nacional do Iguaçu (1939-2016)HistóriaÁrea de proteção ambiental (APA)Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016.Esta pesquisa problematiza o processo de criação e manutenção do ideal de natureza selvagem instituído para e sobre o Parque Nacional do Iguaçu (PNI). Nessa direção, investiga vestígios e relações socioambientais imbricadas à instituição do parque como área de proteção ambiental. Decretado oficialmente em 10 de janeiro de 1939, pelo então Governo de Getúlio Vargas, o Parque Nacional do Iguaçu, passou por modificações que ampliaram sua porção territorial culminando em processos de expropriação nas décadas de 1960-1970. Na década de 1980, o PNI foi estabelecido como Unidade de Conservação livre da presença humana e posteriormente foi declarado como Patrimônio Natural da Humanidade. Nas décadas seguintes, os esforços para eternizar o parque como uma floresta em seu estado original e intocada foram ampliados, silenciando paulatinamente um passado marcado pela presença humana e exaltando as belezas cênicas das Cataratas do Iguaçu, principal atrativo turístico do parque. Localizado em uma região de fronteira entre Brasil e Argentina, sua formação está também relacionada às preocupações do Estado quanto aos domínios da fronteira nacional. Nesse sentido, a pesquisa historiciza discussões ambientais que passaram a vigorar no Brasil a partir do final do século XIX, motivadas por embates e questões externas vividas pelo país. Além disso, discute o movimento intelectual e político, que ao longo dos séculos XIX e XX, passou a construir valores e sentidos sobre natureza, que posteriormente a definiria em sua relação com a cultura enquanto instâncias dicotômicas. A pesquisa se aporta em um conceito de paisagem que visa compreender a natureza imbricada a partir das experiências humanas, a qual passa a ser entendida e reivindicada por meio das referências e olhares culturais lançados sobre ela em diferentes conjunturas e temporalidades. Metodologicamente, utiliza-se da História Oral, o que permitiu refletir sobre as diferentes formas como os sujeitos envolvidos neste processo interpretam e ressignificam a natureza. Através do uso das imagens, das narrativas orais e outros documentos oficiais, a pesquisa se colocou a perceber como construção do mito moderno da natureza intocada auxiliou para o silenciamento e ocultação das relações humanas estabelecidas no interior da floresta.Montysuma, Marcos Fábio FreireUniversidade Federal de Santa CatarinaVencatto, Rudy Nick2019-03-25T16:53:16Z2019-03-25T16:53:16Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis262 p.| il.application/pdf346216https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/194080porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-03-25T16:53:18Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/194080Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-03-25T16:53:18Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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