Corpo território: O conhecimento ancestral resistindo ao tempo, a história e a memória da mulher Kaingang

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Padilha, Jandaíra Belino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Biazi, Adriana Aparecida Belino Padilha de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/230567
Resumo: No contexto dos saberes tradicionais indígena, a educação tradicional está conectada com muitos elementos presentes na cultura Kaingang, também é vista como uma ponte que leva ao caminho da ancestralidade. A transformação do corpo e espírito da mulher Kaingang, passa por muitas transformações que estão ligadas ao território, são muitos exemplos que podem ser explanados sobre a história e a memória da mulher Kaingang Antoninha Belino Padilha. A ancestralidade dos saberes tradicionais envolve a oralidade e memória na educação tradicional, que podem ser explorados através dos espaços de conhecimentos dentro do território tradicional Kaingang, sejam nos espaços físicos ou nos espaços envolvendo a mata, os animais e as plantas. O ponto chave é a educação tradicional, educar desde cedo as crianças indígenas com conhecimentos múltiplos, desde a subjetividade até a coletividade. A educação tradicional envolve o corpo e o espírito interligados a espaços territoriais que podem ativar a memória de saberes chamados dos troncos velhos, onde há muito conhecimento histórico do povo Kaingang da Terra Indígena Xapecó. O aprendizado pode ser adquirido através da dança, do movimento do corpo, dos cantos, do ouvir e escutar os mais velhos Kófas, do silêncio, da mata e dos elementos que envolvem a nossa cosmologia que a prática está inserida. O conhecimento ancestral rege os saberes das crenças, mitologias, história, cultura e tradição; atravessa o tempo a partir da memória e dos lugares de memória que resistem ao tempo. A educação tradicional indígena envolve muitos elementos da cultura do povo Kaingang, da memória dos nossos Kófas e a forma de transmitir esse saber milenar ancestral. Já a educação escolar indígena é nova na história dos povos indígenas, tendo em vista os processos de contato com a colonização do Brasil. Sendo que a educação escolar indígena já passou por muitos modelos que foram implantados dentro das terras indígenas, com muita luta dos nossos Kófas e da nossa ancestralidade, conquistamos uma educação escolar indígena, bilíngue e diferenciada e ainda lutamos dia-a-dia para que possa ser cumprida a lei dentro das nossas escolas, mesmo havendo obstáculos a serem vencidos, a educação escolar e a educação tradicional indígena caminha juntas neste caminho de luta e resistência dos povos indígenas.
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