Magnitude da resposta broncodilatadora na DPOC: influência do intervalo entre as medidas pré e pós broncodilatador, eosinófilos no sangue e no escarro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Heda Mara
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/183408
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017.
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spelling Magnitude da resposta broncodilatadora na DPOC: influência do intervalo entre as medidas pré e pós broncodilatador, eosinófilos no sangue e no escarroCiências médicasPulmõesDoençasEspirometriaEosinofilosInflamaçãoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017.Introdução: O estudo da resposta broncodilatadora e da eosinofilia no escarro ou no sangue de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) estável são de interesse atual em virtude das implicações para o manejo da doença. Objetivos: O objetivo primário do presente estudo foi avaliar, em uma amostra de pacientes com DPOC estável, se existem diferenças nas medidas do volume expirado no primeiro segundo (VEF1) e capacidade vital lenta (CVL) aos 20 e aos 45 minutos após uso de broncodilatador (BD) de curta duração. Adicionalmente foi investigada a presença de correlação entre a magnitude da resposta broncodilatadora e eosinófilos no escarro induzido ou sangue periférico e, avaliada a concordância entre estes dois parâmetros. Métodos: Estudo transversal com 37 indivíduos com DPOC moderado a muito grave, integrantes da fase de ?run in? de estudo multicêntrico intervencional. Foram realizadas espirometrias antes, 20 e 45 minutos após a inalação de salbutamol 400mcg via espaçador. Sangue periférico para hemograma foi coletado simultaneamente, assim como se induziu e processou o escarro para análise da celularidade. Resultados: A maioria dos participantes eram homens (62,2%), com idade média de 67,2 anos. Todos eram fumantes ou ex-fumantes e a carga tabágica média foi de 52,6 maços/ano. Quatorze participantes (37,8%) foram classificados como GOLD II, 13 (35,2%) como GOLD III e dez (27%) como GOLD IV. Nenhum participante fazia uso de corticoide inalatório. A média e intervalo de confiança (IC) 95% da resposta broncodilatadora aos 20 minutos foi de 0,23 L (0,18?0,28) sendo similar à da resposta broncodilatadora aos 45 minutos, de 0,25 L (0,20?0,30), com um coeficiente de correlação intraclasse (CCI) entre as duas medidas de 0,98 (0,97;0,99), p<0,001. Dezessete indivíduos (45,9%) apresentaram resposta broncodilatadora significativa de 200 ml e 12% do valor basal aos 20 minutos. Treze indivíduos (35,1%) tinham eosinofilia no escarro induzido (eosinófilos no escarro =3%), sendo que estes apresentaram limitação ao fluxo de ar das vias aéreas significativamente mais grave do que aqueles com escarro não eosinofílico. A média e IC de 95% da contagem eosinófilos no sangue periférico, expressos em números absolutos x109L foi de 0,27(0,21?0,33). A maioria dos participantes (59,5%) tinha uma contagem absoluta de eosinófilos no sangue =0,2 x109L. Embora houvesse moderada correlação (r=0,400; p=0,01) entre eosinofilia no escarro e no sangue periférico a concordância entre estes dois parâmetros para diversos pontos de corte, medida pelo Kappa estatístico, foi fraca. A resposta broncodilatadora não se correlacionou com a inflamação eosinofílica em vias aéreas e nem com os eosinófilos no sangue periférico. Conclusões: Estes resultados sugerem que é indiferente medir a resposta broncodilatadora à inalação de 400 mcg de salbutamol aos 20 ou 45 minutos. A magnitude ou presença desta resposta, não está relacionada à inflamação eosinofílica medida no sangue ou no escarro induzido. A concordância entre os eosinófilos no sangue periférico e no escarro induzido foi baixa.Abstract : Introduction : The study of bronchodilator response and sputum or blood eosinophilia of patients with stable Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is of current interest due to the implications on the disease management. Objectives: The primary objective of this study was to evaluate, in a sample of patients with steroid naive stable COPD, if there were differences in measuring expired volume in the first second (FEV1) and slow vital capacity (CVL) at 20 and 45 minutes after the use of Bronchodilator (BD). In addition, we investigated the presence of a correlation between the magnitude of the bronchodilator response and induced sputum or peripheral blood eosinophils and agreement between these two parameters. Methods: A cross-sectional study with 37 moderate to very severe COPD patients, participants of a multicenter interventional study evaluated in the ?run in? phase before any intervention. Spirometry was performed before, 20 and 45 minutes after salbutamol 400mcg inhaled via a spacer. Peripheral blood for cell count was collected simultaneously, as well as sputum induction and processing for cellularity analysis. Results: Most of the participants were men (62,2%), with a mean age of 67,2 years. All were smokers or former smokers and the mean smoking load was 52,6 year/pack. Fourteen participants (37,8%) were classified as GOLD II, 13 (35,2%) as GOLD III and ten (27%) as GOLD IV. No one was on inhaled corticosteroids treatment. The mean and 95% confidence intervals (CI) of the 20 minutes bronchodilator response were 0,23 L (0,18-0,28), similar to the 45 minutes bronchodilator response, 0,25 L (0,20-0,30), with an Intra class Correlation Coefficient (ICC) between the two measures of 0,98 (0,97; 0,99), p <0,001. Seventeen individuals (45,9%) had a bronchodilator response of 200 ml and 12% of the baseline value at 20 minutes. Thirteen subjects (35,1%) had induced sputum eosinophilia (sputum eosinophils =3%), and had significantly greater airflow limitation than those with non-eosinophilic sputum. The mean and 95% CI of peripheral blood eosinophil count, expressed in absolute numbers x109L was 0,27 (0,21-0,33). Most of participants (59,5%) had an absolute eosinophil count in the blood =0,2 x109L. Although there was a moderate correlation (r = 0,400; p = 0,01) between sputum and peripheral blood eosinophils, the agreement between these two parameters at different cutoff points, as measured by statistical Kappa, was poor. The bronchodilator response didn?t correlate with airways eosinophilic inflammation nor with peripheral blood eosinophils. Conclusion: These results suggest that measuring the bronchodilator response to the inhalation of 400 mcg of salbutamol at 20 or 45 minutes offers the same information. The magnitude of this response or its presence is not related to the eosinophilic inflammation measured in blood or induced sputum. The agreement between eosinophils in peripheral blood and induced sputum was low.Pizzichini, EmilioUniversidade Federal de Santa CatarinaSchmidt, Heda Mara2018-02-13T03:09:36Z2018-02-13T03:09:36Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis57 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf349827https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/183408porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-02-13T03:09:37Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/183408Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-02-13T03:09:37Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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