Estudo de utilização de medicamentos e caracterização dos pacientes com artrite reumatoide atendidos no componente especializado da assistência farmacêutica de Florianópolis/SC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peres, Kaite Cristiane
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176650
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2016.
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spelling Estudo de utilização de medicamentos e caracterização dos pacientes com artrite reumatoide atendidos no componente especializado da assistência farmacêutica de Florianópolis/SCFarmáciaArtrite reumatóideMedicamentosUtilizaçãoAssistência FarmacêuticaFlorianópolis (SC)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2016.A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, crônica, autoimune, caracterizada pelo acometimento poliarticular simétrico e progressivo que, frequentemente, resulta em deformidades articulares e dor, resultando na incapacidade e expectativa de vida dos indivíduos inferior à da população em geral. O tratamento medicamentoso tem o objetivo de minimizar as dores, evitar crises e alterar o curso da doença, evitando alterações articulares e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. As comorbidades associadas a AR amplificam a complexidade do tratamento, contudo estudos de utilização de medicamentos (EUM), envolvendo a AR, são escassos, especialmente com dados primários. Diante desse contexto, a presente pesquisa definiu como objetivo a realização de um EUM e o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com AR, no âmbito do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, em Florianópolis. O estudo caracterizou-se como observacional prospectivo e envolveu a participação de 167 pacientes, de ambos os gêneros, em tratamento para AR, moradores de Florianópolis, cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica para receber, pelo menos, um dos medicamentos para o tratamento da doença: naproxeno, sulfassalazina, sulfato de hidroxicloroquina, difosfato de cloroquina, metotrexato, ciclosporina, azatioprina, leflunomida, infliximabe, adalimumabe, etanercepte, certulizumabe, golimumabe, abatacepte (injeção para administração intravenosa) ou tocilizumabe; e estarem em uso do medicamento mensalmente. Os pacientes realizaram uma entrevista inicial, e foram acompanhados por 12 meses com entrevistas bimestrais. Os dados foram coletados utilizando formulários específicos e a ferramenta online google drive. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico StataCorp LP (?StataCorp) (2016). A amostra do estudo, em sua maioria, consistiu de pacientes de gênero feminino (86,2%), com idade média de 59,9 anos, naturalidade da região Sul (89,2%), com filhos (83,8%), com cônjuge, escolaridade média de 10,7 anos, beneficiários de plano de saúde (67,1%), predomínio socioeconômico na classe B2 e com 55,7% aposentados, sendo que a maioria das aposentadorias (28,7%), foi ocasionada pelo desenvolvimento da AR. O tempo médio de diagnóstico da doença foi de 13,1 anos. As limitações decorrentes da AR determinaram a realização de adaptações na residência (22,8%) e no local de trabalho (2,4%) dos pacientes. Pelo mesmo motivo, 11,4% declararam necessitar de cuidadores para colaborar nas atividades diárias e/ou noturnas. Durante o estudo, pacientes necessitaram de cirurgias, órteses e ocorreram fraturas que podem estar associadas à progressão da AR. As comorbidades predominantes no estudo foram 40,7%, hipertensão arterial sistêmica, 35,9% dislipidemia. Entre os medicamentos utilizados para AR antes do estudo, 64 indivíduos informaram ter apresentado reações adversas a medicamentos (RAM), rituximabe, etanercepte, azatioprina, metotrexato, leflunomida e sulfassalazina. Durante o estudo foram observadas 70 trocas de esquemas terapêuticos, sendo que 26 acarretaram em troca de etapa de tratamento. A polifarmácia foi detectada em média de 85,3% dos pacientes. Como tratamento não farmacológico da AR, nesta amostra, observou-se predomínio de atividades físicas sem custos, como as caminhadas, 43,1%. A fisioterapia foi realizada por 21,5% dos pacientes, sendo 13 com pagamento privado, entretanto, desses, 9 tinham plano de saúde privado. Foram informadas 1.484 consultas, sendo 578 com especialista em reumatologia e 280 consultas com generalista e/ou médico da família e comunidade, identificando a alta procura do serviço de saúde básico. Desse modo, o presente estudo forneceu dados primários essenciais, que permitem conhecer melhor a população com AR e suas necessidades.<br>Abstract : Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic inflammatory autoimmune disease characterized by a progressive, symmetrical and polyarticular onset which often results in joint deformities. These deformities, in addition to pain, cause the individual?s ability and life expectancy to be lower than those of the general population. Drug treatment aims to minimize the pain and alter the course of the disease, preventing joint changes and improving the patient?s quality of life. Comorbidities associated with RA amplify the complexity of the treatment; however, drug utilization research (DUR) on RA is scarce, especially with primary data. In this context, this MA thesis aims to investigate drug utilization involving the socio-demographic and clinical profile of RA patients within the Specialized Component of Pharmaceutical Assistance in the city of Florianópolis, Brazil. This is a prospective observational study with the participation of 167 male and female RA patients living in Florianópolis, registered in the Specialized Component of Pharmaceutical Assistance receiving and using at least one of these drugs, monthly, for the disease treatment: naproxen, sulfasalazine, sulfate hydroxychloroquine, chloroquine diphosphate, methotrexate, cyclosporine, azathioprine, leflunomide, infliximab, adalimumab, etanercept, certulizumabe, golimumab, abatacept (intravenous injection), and tocilizumab. The patients were followed for 13 months with bimonthly interviews. Data were collected using specific worksheets and the online tool Google Drive. Statistical analyzes were carried out using the statistical program StataCorp LP (2016). The study sample comprised mostly females (86.2%) with median age of 59.9 years, born in the South of Brazil (89.2%), with children (83.8%), married, with average schooling of 10.7 years, health plan beneficiaries (67.1%), socioeconomically belonging to class B2, and 55.7% retired; where most of the cases (28.7%) were motivated by RA. The average time to diagnosis was 13,1 years. The limitations imposed by the disease required from the individual?s adaptations in the household (22.8%) and at work (2.4%). For the same reason, 11.4% of the patients declared a need for caregivers to help in their daily and/or nightly activities. During the study, the patients underwent surgery, had orthoses and/or fractures that may be associated with the progression of RA. The comorbidities that mostly appeared in the study were hypertension (40.7%) and dyslipidemia (35.9%). Concerning the use of RA medicines before the start of the study, 64 people reported adverse drug reactions (ADR) to rituximab, etanercept, azathioprine, methotrexate, leflunomide, and sulfasalazine. During the study, 70 treatment regimen changes were observed, out of which 26 resulted in changes in the steps of the therapeutic regimen. Polypharmacy was detected in 85.3% of the patients, with an average use of 15 medicines. The predominant treatment groups were immunosuppressants, analgesics, medicines for acid-related disorders, corticosteroids for systemic use and antianemic preparations. The medicines mostly used in the treatment groups for acid disorders and anemia were omeprazole (84.0%) and folic acid (95.0%), both related mainly to patients taking methotrexate. The non-pharmacological treatment of RA included, for the most part, no-cost physical activities such as walking (43.1%). 21.5% of the patients had physical therapy; 13 paid out of the pocket, of which 9 had a private health plan. 1.484 medical appointments were informed, and 578 of them were with a rheumatologist and 280 with a general practitioner or a family/community doctor, showing the high demand for basic health services. This study therefore provided essential primary data to better understand the population with RA and their needs.Farias, Mareni RochaBlatt, Carine RaquelUniversidade Federal de Santa CatarinaPeres, Kaite Cristiane2017-06-27T04:04:17Z2017-06-27T04:04:17Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis158 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf345993https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176650porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-27T04:04:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/176650Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-06-27T04:04:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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