Agroecologia em assentamentos do MST no Rio Grande do Sul: entre as virtudes do discurso e os desafios da prática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Veras, Melissa Michelotti
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/101861
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas
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spelling Agroecologia em assentamentos do MST no Rio Grande do Sul: entre as virtudes do discurso e os desafios da práticaAgriculturaAgroecossistemasAgricultura orgânicaAssentamentos humanosRio Grande do SulMovimentos sociaisDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em AgroecossistemasO foco principal de ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é a oposição à concentração de terra e de capital. Ao longo de sua trajetória, entretanto, uma série de outras lutas sociais combinadas, que estão relacionadas ao seu cotidiano, se desenvolve no seu interior. Buscando perceber e discutir a incorporação de novos componentes à luta pela terra - em especial a agroecologia, este trabalho resgata uma parte do histórico do Movimento, procurando identificar os principais mediadores que interferem em tal processo. De forma mais específica, foram levantados os motivos que impulsionam agricultores assentados no estado do Rio Grande do Sul a incorporar a agroecologia nas suas práticas produtivas. Os fundamentos estão associados a um discurso construído ideologicamente, que propugna pela contraposição ao modelo da agricultura moderna ou industrial amparada pelo latifúndio. Ao mesmo tempo, contudo, estão relacionados a dificuldades e necessidades particulares. Servem de exemplo os impedimentos ao acesso a auxílios financeiros; a busca por segurança alimentar na escala local, através da diversificação de produtos para o auto-consumo; a possibilidade de relativa autonomia desses agricultores na vinculação aos mercados; a busca de qualidade de vida; e a (re)criação de espaços de socialização através da comercialização via feiras. Note-se que os motivos estão fortemente identificados com a condição de excluídos dos assentados, remetendo a uma possibilidade de inclusão social desta parcela de agricultores historicamente marginalizada. Percebe-se que ao longo da trajetória do MST, este discurso modifica-se, passando de refratário a receptivo às proposições agroecológicas. Na passagem do discurso à prática, deve-se considerar que a condição de marginalidade, ao mesmo tempo em que constitui a força dos assentados na luta pela "transformação social", os impele à reintegração no interior do mercado, visando garantir resultados imediatos no plano da reprodução social. Essa tensão fez com que o Movimento criasse um discurso coerente com as proposições agroecológicas, buscando ressaltar sua faceta de resistência e atenuar as contradições com o enunciado ideológico. O aporte desta dissertação ao debate é apontar os mecanismos que a agroecologia aciona nos assentamentos de reforma agrária estudados e as mudanças - sejam concretas, sejam de perspectiva - que ela traz para as famílias assentadas.Florianópolis, SCCazella, Ademir AntonioSchmidt, WilsonUniversidade Federal de Santa CatarinaVeras, Melissa Michelotti2013-07-15T23:24:35Z2013-07-15T23:24:35Z20052005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis[109] f.| il.application/pdf221233http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/101861porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-08-27T20:20:53Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/101861Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-08-27T20:20:53Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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