Transição do adolescente com HIV/AIDS para os serviços de referência adulto
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/136320 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2015. |
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Transição do adolescente com HIV/AIDS para os serviços de referência adultoEnfermagemAdolescentesSaúde e higieneAIDS (Doença)TratamentoServiços de saúdeTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2015.A mudança do perfil epidemiológico do HIV/aids a partir da implementação da terapia antirretroviral vem modificando o acompanhamento das pessoas que vivem com HIV/aids, suscitando novas demandas e preocupações, como a transição do cuidado aos adolescentes soropositivos para o HIV do serviço de saúde infantil ao adulto. Diante da cronicidade da aids e necessidade de um acompanhamento contínuo, a transição do adolescente com HIV/aids por transmissão vertical, do serviço de saúde infantil ao adulto torna-se inevitável, trazendo consigo preocupação aos profissionais que acompanham esse público. Diferentes fatores, durante o processo de transição, interferem na aceitação pelo adolescente desse processo de mudança como a capacidade do adolescente em se adaptar. O adolescente que vive com HIV/aids representa um grupo que demanda desafios e necessidades especiais de cuidado, tais como suporte emocional, acompanhamento por diferentes profissionais, educação contínua e novos saberes e práticas de cuidar. Assim, o objetivo do estudo foi compreender o significado que os adolescentes com HIV/aids atribuem ao processo de transição de cuidado de saúde do serviço de referência infantil para o serviço de referência adulto. Estudo de natureza qualitativa, descritivo, teve como referencial teórico o Interacionismo Simbólico. Foi realizado em um serviço de Referência estadual no controle e tratamento de pessoas com HIV/aids, localizado em Florianópolis/SC, vinculado a Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) e em um Serviço Especializado em DST/aids na Secretaria Municipal de Saúde do município de São José/SC. A coleta dos dados ocorreu no período de agosto a novembro de 2014 através de entrevista dialogada e individual, utilizando um roteiro semiestruturado. Participaram da pesquisa 17 adolescentes, com diagnóstico de infecção pelo HIV por transmissão vertical, com conhecimento prévio de seu diagnóstico, que vivenciaram a transição do serviço de saúde infantil ao serviço de saúde adulto e em acompanhamento nestes serviços de saúde. Os dados foram analisados a partir da Análise de Conteúdo, que levou a formação das categorias e temas. Os resultados foram organizados e apresentados em dois manuscritos, o primeiro intitulado ?O significado de viver com HIV/aids na adolescência: limitações e expectativas?, que descreve as repercussões de viver com HIV/aids na adolescência frente a orfandade e proteção familiar, influências sob os relacionamentos, os limites e expectativas quanto ao tratamento e as dicotomias entre o ser12adolescente igual e diferente dos outros no viver com a doença. O segundo manuscrito aborda ?Os significados da transição entre os serviços de saúde para o adolescente com HIV/aids?, discute a repercussão da revelação do diagnóstico no tratamento e transição do adolescente, o processo de amadurecimento e o impacto da transição no seguimento dos cuidados e adesão ao tratamento, demonstrando a importância do acolhimento e da construção e reconstrução dos vínculos com a equipe de saúde. No processo de vida do adolescente com HIV/aids, pode ser determinante na maneira como a doença é vista por eles, como também as relações de preconceito e estigma, sendo as relações interpessoais símbolo da dificuldade de aceitação de sua condição crônica. A medida que o adolescente busca se parecer com os demais adolescentes, a necessidade de assumir uma rotina de cuidados e tratamentos imposta pelo viver com HIV/aids torna o adolescente diferente dos demais, sendo a busca pela auto-aceitação uma constante para esses adolescentes, fato que deve ser considerado pelos profissionais de saúde. Dessa maneira, a transição de serviço pode ser muito dolorosa para alguns adolescentes, sobretudo pelo desconhecimento do novo serviço e pela mudança de abordagem adotada pelos profissionais, ou, bem sucedida quando encontra acolhimento adequado, se corresponsabiliza e ao representar o seu crescimento e a inserção na vida adulta. O estudo permitiu compreender os significados atribuídos pelos adolescentes no viver com HIV/aids na fase da adolescência e no processo de transição, e nos levou a compreender que tais significações precisam ser consideradas na construção de um processo de transição positivo e no cuidado integral a esse paciente. Somente um novo olhar sobre o processo de transição, fundamentado nos significados de viver com HIV/aids na adolescência é que pode nos permitir desenvolver ações que façam diferença no processo de saúde-doença desses adolescentes, servindo de auxílio para diminuir o sofrimento e promover sua saúde.<br>Abstract : The change in the epidemiological profile of HIV / AIDS from the implementation of Antiretroviral Therapy is changing the monitoring of people living with HIV / AIDS, raising new demands and concerns, such as care from transition to HIV positive adolescents to HIV health service child to adult. Given the chronic nature of AIDS and the need for continuous monitoring, the transition of adolescents with HIV / AIDS by vertical transmission of child health to adult service is inevitable, bringing concern to professionals who assist the public. Different factors during the transition process, interfere acceptance by adolescents this process of change as the adolescent's ability to adapt. The teenager living with HIV / AIDS is a group that demand challenges and special care needs, such as emotional support, monitoring by different professionals, continuing education and new knowledge and practice of care. The objective of the study is to understand the meaning that adolescents with HIV / AIDS attribute to the child reference service health care transition to the adult reference service. Study of qualitative, descriptive nature, the theoretical reference the Symbolic Interaction. It was held in a state reference service in the control and treatment of people with HIV / AIDS, located in Florianópolis / SC, linked to the State Secretariat of Health of Santa Catarina (SES / SC) and a specialized service for STD / AIDS in Municipal county Health St. Joseph / SC. Data collection took place between August-November 2014 through dialogue-based and individual interviews, using a semi-structured script. The participants were 17 adolescents with diagnoses of HIV infection by vertical transmission, with prior knowledge of their diagnosis, they experienced the transition from child health service to adult health services and in monitoring these health services. Data were analyzed from the content analysis, which led to the formation of the categories and themes. The results were organized and presented in two manuscripts, the first entitled "The meaning of living with HIV / AIDS in adolescence: limitations and expectations", which describes the effects of living with HIV / AIDS in adolescence front orphanhood and family protection, influences in relationships, the limit and expectation to treatment and dichotomies between the teenager be equal and different from others in living with the disease. The second, entitled "The meaning of the transition between health services for adolescents with HIV / AIDS", discusses the impact of the disclosure of diagnosis in the treatment and adolescent transition, the process of maturation and the impact of transition following the care and adherence to treatment,14demonstrating the importance of the host and the construction and reconstruction of links with the health team. In adolescent life process with HIV / AIDS can be decisive in how the disease is seen by them as well as the relations of prejudice and stigma, so that interpersonal relationships are symbol of the difficulty of acceptance of their chronic condition. As the adolescent search resemble the other adolescents, the need to take routine care and treatment imposed by living with HIV / AIDS makes it different from other teenagers, and the search for self acceptance a constant for these teenagers, a fact that should be considered by health professionals. Thus, the service transition can be very painful for some adolescents, especially by ignorance of the new service and the approach of change adopted by professionals, or successful when it finds suitable host, if corresponsabiliza and represent its growth and integration in adulthood. The study allows us to understand the meanings attributed by adolescents in living with HIV / AIDS in adolescence phase and the transition process, and led us to understand that such meanings need to be considered in building a positive transition process and comprehensive care to this patient. Only a new perspective on the transition process, based on the meanings of living with HIV / AIDS in adolescence is that it can allow us to develop actions that not only provide, but they do different in the health-disease process of these adolescents, serving as aid to reduce suffering and promote their health.Meirelles, Betina Hörner SchlindweinUniversidade Federal de Santa CatarinaSantos, Fabiana Cristine dos2015-11-10T03:06:58Z2015-11-10T03:06:58Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis129 p.| il., tabs.application/pdf336038https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/136320porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-07T18:57:35Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/136320Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T18:57:35Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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