Do inorgânico ao social: uma crítica ontológica à filosofia de Humberto Maturana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244016 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2022. |
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Do inorgânico ao social: uma crítica ontológica à filosofia de Humberto MaturanaEducaçãoOntologiaMaterialismoFilosofia marxistaVidaAutopoieseTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2022.A tese tem por objetivo realizar um estudo detalhado e crítico da filosofia do biólogo chileno Humberto Maturana. Tendo em vista a grande penetração que as ideias de Maturana têm na produção de conhecimento, sobretudo no campo da educação, propomo-nos a fazer uma análise imanente do pensamento do autor, que, embora tenha elaborado sua teoria inicialmente para caracterizar o ser vivo (autopoiese), afirmamos que as teses de Maturana não só permitem, como ele mesmo faz uso dessas formulações, para extrair conclusões ontológicas e explicar esferas da realidade para além do ser orgânico. Também pretendemos demonstrar como para a elaboração de uma teoria sobre o ser vivo, Maturana se guiou, desde o começo de suas investigações empíricas, de pressupostos epistemológicos que, conduzidos de forma consequente, restauram o idealismo subjetivo solipsista. Para realizar a crítica a essas ideias, temos como orientação filosófica a ontologia de György Lukács. Dividimos a tese em quatro capítulos. No primeiro expomos o arcabouço teórico de Maturana, destacando a teoria da autopoiese, a deriva natural e a biologia do conhecer. No segundo capítulo, apresentamos a caracterização do ser orgânico a partir de pressupostos materialistas, valendo-nos das contribuições de Alexandr Oparin e de Charles Darwin. Fazemos também uma breve discussão acerca da teleologia na biologia, em especial para a questão das funções biológicas. Apresentamos também a gênese do psiquismo e a propriedade do reflexo como constitutiva dos seres orgânicos. No terceiro capítulo expomos a concepção de ser humano, elaborada por Marx e Engels e refinada categorialmente por Lukács. Discorremos sobre o trabalho e os diferentes pores teleológicos, assim como a reprodução do ser social e o papel da educação nesse processo. No quarto capítulo, servindo-nos das contribuições dos dois capítulos precedentes, demonstramos o quão problemática são as teses de Maturana, não só para a caracterização do ser vivo, mas, principalmente, os desdobramentos para a prática humana, em especial, para a educação. Para tanto, fazemos uma crítica dos experimentos conduzidos por Maturana e uma defesa do trabalho como fundamento ontológico do ser social e a teoria do reflexo como a teoria do conhecimento correspondente e embasada para fundamentar a práxis.Abstract: The thesis aims to perform a detailed and critical study of the philosophy of Chilean biologist Humberto Maturana. Considering the great penetration that Maturana's ideas have in the production of knowledge, especially in the field of education, we propose to make an immanent analysis of the author's thought that, although he has developed his theory initially to characterize the living being (autopoiesis), we claim that Maturana's theses not only allow, but he himself makes use of these formulations to draw ontological conclusions and explain spheres of reality beyond the organic being. We also intend to demonstrate how, in order to elaborate a theory about the living being, Maturana was guided, from the beginning of his empirical investigations, by epistemological assumptions that, conducted consistently, restore the solipsistic subjective idealism. To carry out the critique of these ideas, we take György Lukács' ontology as our philosophical orientation. We divide the thesis into four chapters. In the first, we expose Maturana's theoretical framework, highlighting the theory of autopoiesis, natural drift, and the biology of knowing. In the second chapter, we present the characterization of the organic being based on materialist assumptions, using the contributions of Alexandr Oparin and Charles Darwin. We also make a brief discussion about teleology in biology, in special to the question of biological functions. We also present the genesis of the psychism and the reflex property as constitutive of organic beings. In the third chapter we expose the conception of the human being, elaborated by Marx and Engels and refined categorically by Lukács. We discuss labor and its different teleological positions, as well as the reproduction of the social being and the role of education in this process. In the fourth chapter, using the contributions of the two preceding chapters, we demonstrate how problematic Maturana's theses are, not only for the characterization of the living being, but, mainly, the unfoldings for human practice, especially for education. To do so, we criticize the experiments conducted by Maturana and defend work as the ontological foundation of social being and the theory of reflexion as the corresponding and well grounded theory of knowledge to support praxis.Torriglia, Patricia LauraUniversidade Federal de Santa CatarinaSantos, João Vicente Alfaya dos2023-01-24T23:08:53Z2023-01-24T23:08:53Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis361 p.| il.application/pdf380051https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244016porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-01-24T23:08:53Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/244016Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-01-24T23:08:53Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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