Influência da comunidade bentônica na pressão alimentar dos peixes recifais em ilhas oceânicas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Débora Ferrari da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/175141
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
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spelling Influência da comunidade bentônica na pressão alimentar dos peixes recifais em ilhas oceânicas brasileirasTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.As interações biológicas são importantes mecanismos na estruturação das assembleias a nível local, influenciando a distribuição e abundância das espécies. Um exemplo são as interações tróficas entre os peixes e o bentos. Diversos organismos do bentos são importantes recursos alimentares utilizados pelos peixes, o que reflete diretamente na própria estrutura da comunidade bentônica. Nos recifes brasileiros a maioria dos trabalhos relaciona a comunidade bentônica com a estrutura da assembleia de peixes. No entanto, nenhum trabalho relacionou a comunidade bentônica na estrutura da interação alimentar dos peixes sobre o bentos. Dada esta lacuna de conhecimento, este estudo teve como objetivo analisar como varia a estrutura da comunidade bentônica e qual sua influência sobre a interação alimentar dos peixes sobre o bentos entre recifes de três ilhas oceânicas brasileiras. Para isso, foram realizadas filmagens remotas subaquáticas dentro de áreas recifais de 2m² durante 10 minutos, sendo dentro desta área obtidos cinco fotoquadrados do bentos. Os dados foram coletados no Arquipélago de Fernando de Noronha, no Atol das Rocas e na Ilha da Trindade. Durante a análise das filmagens cada indivíduo foi identificado e teve seu tamanho estimado. Para estimar o distúrbio de cada espécie sobre o bentos foi calculada a pressão alimentar por cada indivíduo (Número de mordidas x Biomassa / Área x Tempo) e depois somados os valores por espécie. A cobertura de cada grupo bentônico foi estimada a partir dos fotoquadrados através do programa PhotoQuad utilizando-se 50 pontos aleatórios distribuídos sobre cada fotografia. Em Fernando de Noronha as espécies de peixes responsáveis pela maior parte da pressão alimentar foram os herbívoros Acanthurus chirurgus (4.13±0.36 P.A), seguido do Sparisoma amplum (1.35±0.07 P.A), Sparisoma axillare (1.29±0.04 P.A), Sparisoma frondosum (0.83±0.02 P.A). No Atol das Rocas Acanthurus chirurgus também foi a espécie que exerceu a maior pressão (16.93±1.31 P.A). O componente bentônico mais abundante nessas duas ilhas foi a matriz de algas epilíticas. Os resultados de pressão alimentar e da cobertura bentônica na ilha da Trindade mostraram um padrão bem diferente das outras ilhas. Uma única espécie foi responsável pela maior parte da pressão alimentar nesta ilha, o onívoro Melichthys niger (9.9±0.69 P.A), e algas calcárias incrustantes foram o componente bentônico mais abundante. A estrutura da comunidade bentônica e da pressão alimentar variou entre as três ilhas amostradas. Entretanto, apresentou um padrão similar entre Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. Tal padrão possivelmente está relacionado ao fato dessas duas ilhas serem próximas geograficamente e compartilharem o mesmo conjunto de espécies. De forma geral, as espécies de peixes mais representativas dentro de cada ilha foram pouco influenciadas por grupos específicos da comunidade bentônica: apresentaram a tendência a interagir independentemente do grupo bentônico. Contudo, algumas espécies de peixes estiveram relacionadas com alguns componentes do bentos, como, por exemplo, Kyphosus spp teve maior pressão alimentar em amostras com alta cobertura de algas calcárias incrustantes. Tais resultados evidenciam que a estrutura da pressão alimentar dos peixes sobre o bentos nessas três ilhas não se relaciona somente à cobertura bentônica, mas também a outros fatores ambientais.Florianópolis, SC.Floeter, Sergio RicardoAraujo, Renato MoraisUniversidade Federal de Santa CatarinaSilva, Débora Ferrari da2017-04-25T21:18:55Z2017-04-25T21:18:55Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis54 p.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/175141porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-04-25T21:18:55Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/175141Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-04-25T21:18:55Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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