Como vai a saúde mental?: diálogos e reflexões sobre as estratégias de atenção à saúde na Atenção Básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tonin, Carolina Francielle
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206441
Resumo: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2019.
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spelling Como vai a saúde mental?: diálogos e reflexões sobre as estratégias de atenção à saúde na Atenção BásicaCiências médicasAtenção Primária à SaúdePromoção da saúdeDissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2019.Embora sejam notórias e significativas as transformações no cuidado em Saúde Mental advindas das Reformas Sanitária e Psiquiátrica, fragmentos da realidade demonstram o quanto este precisa da articulação dos profissionais, serviços da Rede de Atenção Psicossocial, usuários e familiares. Considerando que a Atenção Básica à Saúde atua como uma das portas de entrada dos serviços de saúde, muitas vezes o único recurso frente às demandas em saúde mental, torna-se um desafio aos profissionais o desenvolvimento de estratégias resolutivas. Objetivou-se compreender, sob a ótica da Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço do Meio Oeste catarinense, as estratégias de cuidado em Saúde Mental no contexto da Atenção Básica. Realizada pesquisa-ação-participante, abordagem qualitativa e com uso do Itinerário de Pesquisa de Paulo Freire como referencial teóricometodológico, assim, as temáticas resultantes emergiram através do diálogo possibilitado pelos Círculos de Cultura, nas três etapas do Itinerário: investigação temática, codificação/descodificação e desvelamento crítico. Ocorreram quatro Círculos com duração média de 90 minutos, pactuados com a gestão da Comissão; os registros de fala foram obtidos por meio de gravação áudio-imagem com o consentimento dos vinte e um participantes. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de origem. Identificou-se como os profissionais percebem-se inseguros e sem conhecimento técnico diante das demandas em saúde mental, enfatizando as tipologias e diagnósticos. Notou-se indícios de um entendimento ampliado sobre o processo saúde-doença, mas resquícios de preconceito e culpabilização do sujeito quanto ao adoecimento psíquico. Os participantes pontuaram como estratégias e ações em Saúde Mental atividades coletivas, práticas integrativas e complementares, visitas domiciliares, educação continuada e discussão de casos. Contudo, ainda são identificadas intervenções, como encaminhamentos a especialidades, prescrição exagerada de psicotrópicos e atendimentos exclusivamente clínicos. Através dos encontros dialógicos os participantes desvelaram criticamente a importância de agregarem à sua prática a discussão de temáticas consideradas relevantes para a região de saúde, legitimando o espaço da Comissão e as possibilidades da educação permanente; citaram a possibilidade da continuidade da busca por conhecimento em Saúde Mental proporcionando transformação das ações de saúde em seus territórios. Em função do diálogo e problematização do processo de trabalho, numa perspectiva de transformação da realidade vivenciada, serão possíveis construir outras propostas interventivas. Ao compartilharem de suas experiências, estratégias, ideias, num movimento de conhecer sobre o seu fazer e o do outro, os profissionais de saúde ressignificaram seus referenciais e ações, possibilitando o enfrentamento da continuidade de um cuidado patologizante e curativista.Abstract: Care is inherent in health and therefore requires to be understood beyond a technical procedure and a requirement of health policies. Caring involves participation in the construction of happiness projects, thus, proving to be essential in the daily practice of health. Although the various and significant transformations in Mental Health care from the Sanitary and Psychiatric Reforms are evident, fragments of reality demonstrate how much this care needs the articulation of professionals, services that make up the Psychosocial Care Network, users and their families. Considering that Primary Health Care acts as a gateway to health services and is often the only resource to deal with mental health demands, it becomes a challenge for health professionals to develop resolution strategies.The objective of this study was to understand, from the point of view of a Commission for Integration EducationService, the strategies of care in Mental Health in the context of Primary Care.This study dealt with an action-participant research. Four meetings were held with a mean of 90 minutes, participatory action research, of qualitative character, anchored in Paulo Freire's Itinerary of Research as a theoretical-methodological framework. The speech registers of 21 participants were obtained in four Culture Circles conducted in three stages: thematic research, codification / decoding and critical unveiling. This research was approved by the Committee of Ethics in Research with Human Beings of the University of origin. Through dialogue, it was possible to share experiences and thus, the critical-reflection about the care strategies used in Primary Care by the participants.The professionals demonstrated insecurity and technical unknowledge against demands, emphasizing typologies and diagnoses. There was evidence of an expanded understanding of the health-disease process, less curative and biomedical, but also remnants of prejudice and blame of the subject for his psychic illness. The participants scored strategies and actions in Mental Health consistent with the work process of Primary Health Care, such as collective activities, integrative and complementary practices, home visits, continuing education and discussion of cases. Contrary to these findings, interventions that contradict the antimanicomial fight are still identified, such as referrals to specialties, exacerbated use of psychotropic drugs and exclusively clinical care. However, through dialogues, participants critically unveiled the significance of adding to their practice the discussion issues considered relevant to the health region, legitimating the space of Commission and the possibilities of permanent education; committed themselves to continue the search for knowledge in Mental Health, and thus, to provide the transformation of health actions in their territories.In this way, as a result of the dialogue, of the problematization and revision of the work process, with a view to transforming the lived reality, it will be possible to construct other interventions. By providing these critical-reflexive moments to the health workers, they share their experiences, conceptions, interests, strategies, ideas, a movement of knowing about their doing and that of the other, re-signifying their referents and actions, coping with the continuity of pathological and curative care.Arakawa, Aline MegumiUniversidade Federal de Santa CatarinaTonin, Carolina Francielle2020-03-31T15:39:35Z2020-03-31T15:39:35Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis105 p.| il.application/pdf368043https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/206441porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-03-31T15:39:35Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/206441Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T15:39:35Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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