Racionalidade para racionalização: a gestão da produção e da força de trabalho enquanto tecnologia capitalista
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93607 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2010 |
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Racionalidade para racionalização: a gestão da produção e da força de trabalho enquanto tecnologia capitalistaEducaçãoTrabalhoAdministração da produçãoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2010O objetivo deste estudo é analisar a gestão do trabalho e o processo de racionalização da produção como tecnologias desenvolvidas no e pelo capital para o incremento da valorização do valor. Para tanto, tomamos como pressupostos teóricos: a) a compreensão, por parte dos ideólogos do capital, a partir de seus estudos desenvolvidos na área, do controle sobre a subjetividade do trabalho e sobre a organização da produção (como um conjunto de métodos e técnicas implementados pelo capital) como manifestação de tecnologia; b) a categoria tecnologia gerencial enquanto um corpo ideológico-comportamental desenvolvido pelo modo de produção capitalista necessário para o processo de valorização do valor; c) que os desdobramentos das tecnologias gerenciais estão relacionados diretamente com a formação dos trabalhadores via o Sistema Toyota de Produção, característica eminente da organização e racionalização da produção nas três últimas décadas. O problema central de nossa pesquisa pode ser assim descrito: como um conjunto de métodos e técnicas, neste caso especificamente, para a organização e gestão do trabalho, historicamente determinados e implementados na e pela produção capitalista # sendo esse conjunto um corpus de racionalidade humana -, se constituem como tecnologias do capital e contribuem para a racionalização do processo de valorização do valor? Adotamos como base metodológica a pesquisa teórica, pois a revisão e confrontação teórica mostrou-se uma necessidade revelada pelo objeto em questão (a tecnologia gerencial) em sua totalidade e atualidade. O quadro teórico-metodológico está embasado nos escritos de Marx, em que este abordou direta ou indiretamente a tecnologia, principalmente, os Grundrisse no que se refere às consequências sociais do avanço tecnológico, e O Capital, pela sua apreensão dos nexos causais imanentes à totalidade social, determinantes e determinados pela racionalidade contida na tecnologia. Outrossim, a obra O Conceito de Tecnologia de Álvaro Vieira Pinto foi outro referencial, particularmente quando tratamos da compreensão acerca do caráter ideológico da tecnologia, pelo fato de resgatar a totalidade histórica inerente ao seu desenvolvimento para além da análise restrita ao modo de produção capitalista. Em busca de uma #ontologia da tecnologia# e sua relação direta à constituição do ser social, Vieira Pinto assumiu como base epistemológica o referencial marxiano e, implicitamente, os escritos de György Lukács, em específico a Ontologia do Ser Social. Tornou-se necessária a análise acerca dos escritos de autores significativos como Martin Heidegger, Jürgen Habermas e Herbert Marcuse, pois, em momentos distintos de seus percursos teóricos, analisaram a categoria tecnologia em seu desenvolvimento histórico, embasando diversas análises posteriores acerca do avanço tecnológico e suas implicações sociais. Tanto o enfoque pessimista, que caracteriza em grande parte os escritos desses autores, como a apologia acrítica e des-historicizada feita por ideólogos orgânicos do capital, tratam a tecnologia como o #motor da história#, reificando-a e dando autonomia a um conjunto fetichizado de relações sociais, contribuindo destarte para reforçar o fetichismo tecnológico imprescindível para um mascaramento da degradação das relações empreendidas no e pelo modo de produção capitalista.The aim of this project is to analyze the management of labour and the process of rationalization of production as technologies developed in and by the capital for the increase of the value appreciation. For this reason, we take as theoretical assumptions: a) the understanding, by the capital ideologists, from their studies developed in the area of the control over the subjectivity of the work and over the organization of production (as a set of methods and techniques implemented by the capital) like technology demonstration; b) the management technology category as a behavioral-ideological part developed by the capitalist mode of production necessary for the value appreciation process; c) that the developments of managerial technologies are directly related to the formation of workers through the Toyota Production System, notable feature of the organization and rationalization of the production in the last three decades. The central problem of our research can be described as: how can a set of methods and techniques, in this particular case, for the management and organization of the work, historically determined and implemented in and by the capitalist production # being this group a corpus of human rationality # constitute technologies of capital and contribute to the rationalization of the value appreciation process? We adopted as methodological basis the theoretical research, because the theoretical review and confrontation proved to be a revealed need by the present object (management technology) in all of it. A methodologicaltheoretical table is based on Marx#s writings, where he directly or indirectly dealt with technology, mainly, the Gründrisse in relation to the social consequences of the technological progress, and The Capital, by the capture of the immanent causal apprehension to the whole social issue, determiners and determined by the rationality contained in technology. Furthermore, the book The Concept of Technology, by Álvaro Viera Pinto, was another reference, especially when dealing with the comprehension of the ideological feature of technology, by the fact of rescuing the historical totality concerned to its development beyond the limited analysis to the capitalist mode of production. In search for a #technological ontology# and its direct relation to the constitution of the social being, Vieira Pinto assumed the Marxian benchmark as epistemological basis and, implicitly, the Gyorgy Lukács writings, specially The Ontology of Social Being. The analyses of the writings of denotative authors like Martin Heidegger, Jurgen Habermas and Herbert Marcuse turned out to be necessary, because, in different moments of their theoretical journeys, they analyzed technological theory in its historical development, basing several further analyses on the technological progress and its social implications. Both the pessimistic approach, which characterizes much of the writings of these authors, and the uncritical and de-historicized apology made by organic capital ideologists, deal with technology as the #History engine#, reifying it and giving autonomy to a fetishist group of social relations, contributing, thus, to reinforce the indispensable technological fetish for masking of the degradation of the relations engaged in and by the capitalist production mode.Guimarães, Valeska NahasBianchetti, LucídioUniversidade Federal de Santa CatarinaMueller, Rafael Rodrigo2012-10-25T00:47:00Z2012-10-25T00:47:00Z2012-10-25T00:47:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf285732http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93607porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-01T21:37:32Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/93607Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-01T21:37:32Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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