Recursos hídricos e uso da terra na bacia do Rio do Peixe/SC, mapeamento das áreas de vulnerabilidade e risco de contaminação do sistema aquífero Serra Geral.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, A. R. de B. C.
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/200164
Resumo: Esta tese tem como objeto aprofundar o entendimento da interação entre recursos hídricos e uso da terra na Bacia do Rio do Peixe (BRP), Santa Catarina. Esta bacia compreende 27 municípios e foi selecionada por apresentar complexo e significativo desenvolvimento econômico com base na agricultura, pecuária e indústria e por registrar ao longo das últimas décadas um aumento do uso das águas do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral (SAIG/SG). A escolha visa subsidiar o projeto Rede Guarani/Serra Geral (M1C1) quanto ao mapeamento das áreas de vulnerabilidade e risco de contaminação das águas do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG). A metodologia incluiu o resgate de dados primários e secundários junto ao IBGE, SIAGAS/CPRM, EPAGRI/CIRAM, EMBRAPA, INPE, trabalhos de campo e a utilização de produtos e técnicas de geoprocessamento. As bases cartográficas foram trabalhadas na escala de 1:250.000. O método de avaliação da vulnerabilidade adotado refere-se ao GOD – que pondera: Grau de confinamento da água subterrânea; Ocorrência de estratos de cobertura e Distância até o lençol freático, com modificações. A análise dos aspectos físicos revelou significativo número de feições estruturais, cujo adensamento pode implicar em áreas de maior vulnerabilidade e consequente risco de contaminação, devido aos usos da terra e ao expressivo número de granjas de suínos e aviários existentes na região. Os resultados mostram que a qualidade dos recursos hídricos superficiais encontra-se comprometida em decorrência dos tipos de uso da terra e da ausência de tratamento de efluentes. No entanto, a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos está dentro dos padrões legais. Um fator regional de complicação para a exploração das águas subterrâneas é a presença natural, em fraturas do SASG, de óleo residual. Em relação aos principais tipos de uso da terra, os dados das imagens de satélite para o ano de 2008 revelaram para a BRP 39,3% de áreas ocupadas por florestas; 30,5% de áreas de solo exposto associado a atividades agrícolas, 10,7% de cultivos diversos; 9,2% de pastagens; 8,5% de reflorestamento; 0,9% de áreas urbanas e 0,3% de corpos d’água superficiais. No mapeamento da vulnerabilidade intrínseca, as áreas de alta vulnerabilidade são aquelas mais densamente fraturadas, com solos de profundidade inferior a 60 cm e teor de argila menor que 35%. Já as áreas de vulnerabilidade moderada/moderada alta são as áreas com densidade de lineamentos moderada, com profundidade de solo variando de 60 cm a 150 cm e teor de argila de 35% a 60%. Áreas classificadas como de vulnerabilidade baixa a muito baixa apresentam densidade de lineamentos de moderada a moderada baixa, solos de profundidade superior a 150 cm e teor de argila maior que 60%. O mapa de Potencial de Risco considerou os principais tipos de uso da terra, classificando-os como de grau baixo, moderado ou alto. Finalmente, o Mapa de Risco de Contaminação é produto do cruzamento do mapa de Vulnerabilidade Intrínseca com o mapa de Potencial de Risco. As áreas de risco moderado alto, alto e muito alto deverão merecer atenção especial para proteção dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da BRP.
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Esta bacia compreende 27 municípios e foi selecionada por apresentar complexo e significativo desenvolvimento econômico com base na agricultura, pecuária e indústria e por registrar ao longo das últimas décadas um aumento do uso das águas do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral (SAIG/SG). A escolha visa subsidiar o projeto Rede Guarani/Serra Geral (M1C1) quanto ao mapeamento das áreas de vulnerabilidade e risco de contaminação das águas do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG). A metodologia incluiu o resgate de dados primários e secundários junto ao IBGE, SIAGAS/CPRM, EPAGRI/CIRAM, EMBRAPA, INPE, trabalhos de campo e a utilização de produtos e técnicas de geoprocessamento. As bases cartográficas foram trabalhadas na escala de 1:250.000. O método de avaliação da vulnerabilidade adotado refere-se ao GOD – que pondera: Grau de confinamento da água subterrânea; Ocorrência de estratos de cobertura e Distância até o lençol freático, com modificações. A análise dos aspectos físicos revelou significativo número de feições estruturais, cujo adensamento pode implicar em áreas de maior vulnerabilidade e consequente risco de contaminação, devido aos usos da terra e ao expressivo número de granjas de suínos e aviários existentes na região. Os resultados mostram que a qualidade dos recursos hídricos superficiais encontra-se comprometida em decorrência dos tipos de uso da terra e da ausência de tratamento de efluentes. No entanto, a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos está dentro dos padrões legais. Um fator regional de complicação para a exploração das águas subterrâneas é a presença natural, em fraturas do SASG, de óleo residual. Em relação aos principais tipos de uso da terra, os dados das imagens de satélite para o ano de 2008 revelaram para a BRP 39,3% de áreas ocupadas por florestas; 30,5% de áreas de solo exposto associado a atividades agrícolas, 10,7% de cultivos diversos; 9,2% de pastagens; 8,5% de reflorestamento; 0,9% de áreas urbanas e 0,3% de corpos d’água superficiais. No mapeamento da vulnerabilidade intrínseca, as áreas de alta vulnerabilidade são aquelas mais densamente fraturadas, com solos de profundidade inferior a 60 cm e teor de argila menor que 35%. Já as áreas de vulnerabilidade moderada/moderada alta são as áreas com densidade de lineamentos moderada, com profundidade de solo variando de 60 cm a 150 cm e teor de argila de 35% a 60%. Áreas classificadas como de vulnerabilidade baixa a muito baixa apresentam densidade de lineamentos de moderada a moderada baixa, solos de profundidade superior a 150 cm e teor de argila maior que 60%. O mapa de Potencial de Risco considerou os principais tipos de uso da terra, classificando-os como de grau baixo, moderado ou alto. Finalmente, o Mapa de Risco de Contaminação é produto do cruzamento do mapa de Vulnerabilidade Intrínseca com o mapa de Potencial de Risco. 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