Desempenho de corrida em velocidades supramáximas: perspectivas aplicadas ao treinamento e jogos em atletas de futebol das categorias sub-20 e profissional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ortiz, Jaelson Gonçalves
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214937
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2019.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaOrtiz, Jaelson GonçalvesGuglielmo, Luiz Guilherme AntonacciLucas, Ricardo Dantas de2020-10-21T21:11:28Z2020-10-21T21:11:28Z2019362684https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214937Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2019.A presente tese de doutorado contempla 3 estudos independentes que compartilham do mesmo objeto de estudo, porém com diferentes objetivos. Assim, os objetivos foram três: Estudo 1) Verificar a efetividade de um modelo supramáximo de treinamento prescrito a partir do PV T-CAR em jogadores de futebol sub-20; Estudo 2) Verificar as diferenças no perfil de jogadores de futebol dentro das posições de jogo (defesa, meio-campo e ataque) e entre as posições, baseado na reserva de velocidade anaeróbia (RVAn); 3) Verificar a influência da RVAn no desempenho físico de jogos em atletas de futebol profissional. No primeiro estudo, examinou-se os efeitos de 8 semanas de treinamento intervalado supramáximo realizado a partir do desempenho do teste T-CAR em atletas de futebol sub-20. Para tal, 23 atletas de futebol de nível nacional (G_EXP; n = 13 e G_CON; n = 10) foram avaliados em uma série de testes no período pré e pós treinamento: Testes incrementais em campo e laboratório, Teste de sprint de 30 m e Teste de Wingate. No estudo 2, 120 jogadores de futebol de elite (46 defensores, 45 médios e 29 atacantes) realizaram o teste T-CAR para estimar a máxima velocidade aeróbia (MVA) e o teste de 30 m para determinar a máxima velocidade de sprint (MVS). A diferença entre a MVS e a MVA foi usada para determinar a RVAn. Os jogadores foram divididos em grupos com maiores (M) e menores (m) magnitudes de acordo com as suas respectivas MVS e MVA, para formar grupos: MVS-M, MVS-m e MVA-M, MVA-m, respectivamente. No estudo 3, 36 jogadores profissionais de futebol realizaram testes de campo para determinar a MVA (17,5 ± 0,7 km.h-1) e a MVS que permitiram a determinação da RVAn em dois grupos de maior e menor magnitude (RVAn-M, RVAn-m, respectivamente). Os participantes foram monitorados usando unidades de sistema de posição global (GPS) de 10Hz em um total de 43 jogos para quantificar o padrão de deslocamento dos jogadores em competição. Referente aos resultados: no estudo 1, a partir da inferência baseada na magnitude, pode-se observar que a MVA (T-CAR) provavelmente aumentou no grupo CON (? = + 2,09%; efeito do tamanho: 0,40 [IC 90%: 0,14 a 0,66]) e quase certamente aumentou no grupo EXP (?= + 5,49%; efeito do tamanho: 1,07 [IC 90%: 0,80 a 1,35]). Após o período de treinamento, a velocidade do lactato mínimo e o VO2max certamente (100/00/00%) aumentaram no grupo EXP, enquanto a velocidade de lactato mínimo provavelmente melhorou e o VO2max permaneceu inalterado no grupo CON. Os resultados da análise entre grupos não apresentaram diferenças substanciais (efeitos pouco claros) para mudanças na velocidade de sprint entre os grupos CON e EXP. No estudo 2, a comparação dentro da posição de jogo resultou em uma RVAn maior para os defensores, meiocampistas e atacantes com MVS-M (17,4, 23,4 e 17,4%, respectivamente) do que seus pares com MVS-m. Quando a RVAn foi comparada entre os grupos MVA-M e MVA-m, uma diferença significante foi encontrada (p <0,05). No estudo 3, as análises de GPS demonstraram que o grupo com RVAn-M foi capaz de percorrer 20,7% maior distância acima da MVA do que o grupo com RVAn-m. O número de sprints realizados pelo grupo de RVAn-M foi 10,4% maior que o grupo de RVAn-m. Além disso, uma alta correlação foi encontrada entre a MVS e a RVAn (r = 0,87, p-valor = 0,001). Por fim, concluiu-se que: Estudo 1) O teste T-CAR se mostrou como uma ferramenta útil para prescrição do treinamento intervalado supramáximo induzindo efeitos positivos para aptidão aeróbia (potência e capacidade) em um período de 8 semanas; Estudo 2) Em uma grande amostra de jogadores de futebol nenhuma diferença foi encontrada quando as posições de jogo foram comparadas, indicando características semelhantes do perfil de corrida. Contudo quando a amostra foi dividida em maior e menor MVS, diferenças significativas foram observadas em relação a RVAn em cada posição de jogo e entre posições. Ainda, a MVS é a principal medida que determina a magnitude da RVAn e pode ser considerada durante o desenvolvimento de um perfil de velocidade de corrida individual em jogadores de futebol; 3) Jogadores de futebol com maior magnitude da RVAn apresentam melhor desempenho em intensidades supramáximas em comparação aos jogadores de menor RVAn. Além disso, os jogadores de menor RVAn demonstraram um maior declínio de desempenho entre cada tempo de jogo.<br>Abstract : The present thesis includes 3 independent studies that share the same object of study, but with different purposes. Thus, the aims of the present study were three: 1) to verify the effectiveness of a supramaximal exercise-training model prescribed from the T-CAR in male junior soccer players; 2) to verify the differences in the soccer players profile within-position (defence, midfield and forwards) and between positions, based on the anaerobic speed reserve (ASR); 3) to verify the influence of the running speed profile based on the ASR on match performances in highly competitive professional soccer players. The study was divided in 3 parts. In the first study was examined the physiological effects of an 8-weeks supramaximal intermittent interval training prescribed from the T-CAR performance in soccer players. Twenty-three male Brazilian national-level soccer players (Exp_G; n=13 and Con_G; n=10) were tested in a series of tests (Wingate and Treadmill incremental test to determine the lactate minimum velocity (LMV) and maximum oxygen consumption (VO2max), T-CAR and 30 m sprint speed test pre and post training period. In study 2, 120 high-level national Brazilian soccer players (46 defenders, 45 midfielders and 29 forwarders), performed a field incremental tests to estimate maximal aerobic speed (MAS) and a 30-m sprint to determine maximal sprinting speed (MSS). The difference between MSS and MAS was used to determine ASR. Players were divided in higher and lower according to their magnitude of MSS and MAS, to form a higher and lower group (MSS-H, MSS-L, and MAS-H, MAS-L, respectively). In study 3, thirty-six professional male soccer players performed two field-based tests to determine the maximal aerobic speed (MAS) (17.5 ± 0.7 km.h-1), the maximal sprinting speed (MSS) which allowed the determination of the higher ASR players (ASR-H) and lower ASR players (ASR-L) groups. The participants were monitored using 10Hz global position system (GPS) units in a total of 43 fixtures to measure soccer players performance during the matches. About the results: In study 1, Within-Groups Changes From pre to post-training period, PV T-CAR was likely increased in the CON group (?= + 2.09%; effect size: 0.40 [90%CI: 0.14 to 0.66]) and almost certainly increased in the EXP group (?= + 5.49%; effect size: 1.07 [90%CI: 0.80 to 1.35]). After the training period, LMS and VO2max were almost certainly (100/00/00%) increased in the EXP group, while LMS was likely improved and VO2max remained unchanged in the CON group. Results from between-group analysis there were no substantial differences (unclear effects) for the changes in 30 m and flying 20 m sprint speeds between both CON and EXP groups. In study 2, the comparison within playing position resulted in a higher ASR for Defenders, Midfielders and Forwards with MSS-H (17.4, 23.4 and 17.4%, respectively) than their counterparts MSS-L. When the ASR was compared between MAS-H and MAS-L a significant difference (p< 0.05) was found. In study 3, The GPS analyses demonstrated that the ASR-H was capable to develop 20.7% more distance above of the intensity relative to the MAS than ASR-L. The number of sprints performed by ASR-H was 10.4% higher than the ASRL group. In addition, high correlation was found between MSS and ASR (r=0.87, p-value = 0.001). Thus, it was concluded that: 1) our results can be successfully used to individualize supramaximal running-based training prescribed using MAS from T-CAR as parameter to training intensity; 2) the MSS is the main measure that determines the magnitude of ASR and need to be considering during the development of an individual fitness profile; 3) The running speed profile from ASR showed that this measure could be a determinant factor to determine the soccer players match performance.136 p.| il., gráfs., tabs.porEducação físicaAptidão físicaJogadores de futebolDesempenho de corrida em velocidades supramáximas: perspectivas aplicadas ao treinamento e jogos em atletas de futebol das categorias sub-20 e profissionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGEF0532-T.pdfPGEF0532-T.pdfapplication/pdf1659321https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/214937/-1/PGEF0532-T.pdf745543298b469125cfb23dcf62f96a3cMD5-1123456789/2149372020-10-21 18:11:28.407oai:repositorio.ufsc.br:123456789/214937Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:11:28Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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