Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Gustavo Lemes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228455
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
id UFSC_8724d660cf7c60fa67c0e308ebcd262c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/228455
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Universidade Federal de Santa CatarinaPinto, Gustavo LemesPeroni, NivaldoLevis, Carolina2021-09-30T17:30:57Z2021-09-30T17:30:57Z2021-09-15https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228455TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.Nas Américas, existem evidências de uso da vegetação nativa por seres humanos há pelo menos 30.000 anos. Tendo em vista que os humanos são os principais agentes de transformação de ambientes, espera-se que existam sinais e heranças desse uso e manejo, tanto na paisagem, quanto nas espécies vegetais. A domesticação é um dos principais processos que permeia essa relação, podendo ser vista como um processo coevolutivo, no qual, em decorrência de diversos processos de manejo, populações de plantas sofrem alterações resultando em fenótipos que as tornam mais úteis aos humanos e mais adaptadas às paisagens modificadas; essas plantas podem ser classificadas em diferentes graus de domesticação, referentes à alterações que sofreram ao longo de sua relação com populações humanas e a dependencia que possuem do manejo para sobreviver. Entretanto, ainda não são claros os critérios utilizados para classificar as espécies quanto aos graus de domesticação. Tendo isso em vista, foram revisados 250 artigos que tratavam de domesticação de plantas nas Américas, e foram sistematizados indicadores para classificá-las quanto ao grau de domesticação. Estes indicadores foram organizados em indicadores de padrões e de processos; os de padrões são aqueles relacionados aos resultados da domesticação, e os indicadores de processos são aqueles relacionados às práticas humanas que favorecem as plantas utilizadas. Dessa forma, foram estabelecidos 12 indicadores ao todo que então foram analisados quantitativamente. Ao todo, foram compiladas 340 espécies de 73 famílias botânicas, sendo as sete mais representativas com 42% das espécies: Fabaceae, Arecaceae, Solanaceae, Myrtaceae, Asteraceae, Sapotaceae e Cucurbitaceae. A partir da análise dos 12 indicadores, as espécies foram classificadas quanto ao grau de domesticação sendo 24% domesticadas, 30% semi-domesticadas, 20% sutilmente domesticadas e 24% silvestres. Concluímos que o uso de indicadores quantitativos possibilita uma classificação mais refinada quanto ao grau de domesticação, uma vez que reflete com mais detalhes as particularidades de alterações das populações que são manejadas e consequentemente domesticadas em algum grau. O trabalho também ampliou a lista de espécies que tem passado pelo processo de domesticação nas Américas, sendo um resultado muito relevante para o entendimento do processo de domesticação de plantas nativas do continente.There’s evidence of the use of native vegetation by human beings in the Americas for at least 30.000 years. Considering that humans are the main agents for transforming environments, it is expected that there are signs and inheritances of this use and management, both in the landscape and in plant species. Domestication is one of the main processes that permeate this relationship, and it can be seen as a co-evolutionary process, in which, as a result of various management processes, plant populations undergo changes resulting in phenotypes that make them more useful to humans and more adapted to modified landscapes; these plants can be classified into different degrees of domestication, referring to the changes they have undergone throughout their relationship with human populations and their dependence on management to survive. However, the criteria used to classify species in terms of degrees of domestication are still unclear. Taking this into consideration, 250 articles dealing with the domestication of plants in the Americas were reviewed, and indicators were systematized to classify them as to the degree of domestication. These indicators were organized into patterns and processes indicators; patterns indicators are those related to the results of domestication, and processes indicators are those related to human practices that favor the used plants. Thus, 12 indicators were established, which were then analyzed quantitatively. Altogether, 340 species from 73 botanical families were compiled, the seven most representative with 42% of the species: Fabaceae, Arecaceae, Solanaceae, Myrtaceae, Asteraceae, Sapotaceae e Cucurbitaceae. From the analysis of the 12 indicators, the species were classified according to the degree of domestication, being 24% domesticated, 30% semi-domesticated, 20% subtly domesticated and 24% wild. We conclude that the use of quantitative indicators allows for a more refined classification regarding the degree of domestication, as it reflects in detail the particularities of changes in populations that are managed and consequently domesticated to some degree. The work also expanded the list of species that have gone through the domestication process in the Americas, being a very relevant result for the understanding of the domestication process of native plants on the continent.74 f.Florianópolis, SC.Domesticação de plantasIndicadores de domesticaçãoPadrõesProcessosAméricasPadrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/228455/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52ORIGINALTCC.pdfTCC.pdfTCCapplication/pdf2287011https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/228455/1/TCC.pdff5e65217aea8a6796b6e228080e15ef3MD51123456789/2284552021-09-30 14:30:57.802oai:repositorio.ufsc.br:123456789/228455Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-09-30T17:30:57Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
title Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
spellingShingle Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
Pinto, Gustavo Lemes
Domesticação de plantas
Indicadores de domesticação
Padrões
Processos
Américas
title_short Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
title_full Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
title_fullStr Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
title_full_unstemmed Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
title_sort Padrões e processos envolvidos na domesticação de plantas nas Américas
author Pinto, Gustavo Lemes
author_facet Pinto, Gustavo Lemes
author_role author
dc.contributor.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Gustavo Lemes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Peroni, Nivaldo
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Levis, Carolina
contributor_str_mv Peroni, Nivaldo
Levis, Carolina
dc.subject.por.fl_str_mv Domesticação de plantas
Indicadores de domesticação
Padrões
Processos
Américas
topic Domesticação de plantas
Indicadores de domesticação
Padrões
Processos
Américas
description TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-09-30T17:30:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-09-30T17:30:57Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-09-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228455
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228455
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 74 f.
dc.publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC.
publisher.none.fl_str_mv Florianópolis, SC.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/228455/2/license.txt
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/228455/1/TCC.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 11ee89cd31d893362820eab7c4d46734
f5e65217aea8a6796b6e228080e15ef3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766805169740185600