Associação entre demência e hipovitaminose D em idosos atendidos em ambulatório da memória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Camila de Souza dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185567
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2017.
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spelling Associação entre demência e hipovitaminose D em idosos atendidos em ambulatório da memóriaSaúde públicaDemênciaVitamina DIdososDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2017.Introdução: As demências possuem causa multifatorial e são um problema de saúde pública mundial, especialmente em países em desenvolvimento onde sua incidência nos próximos anos será maior em relação aos países mais desenvolvidos. Um dos principais objetivos de um ambulatório voltado para problemas de memória além do rastreio, prevenção e tratamento de problemas cognitivos, é prolongar o convívio de idosos dementados na sua própria comunidade com o máximo de independência e menor ônus possível. A hipovitaminose D se associa a uma maior mortalidade por todas as causas entre idosos e também a uma ampla gama de doenças crônico-degenerativas, dentre elas se encontram a maioria das demências e doenças a elas associadas como a depressão, diabetes tipo II e a hipertensão arterial sistêmica. Objetivo: Analisar a associação da demência diagnosticada clinicamente (padrão ouro) e a vitamina D (níveis séricos de 25 hidroxivitamina D) em idosos participantes de um ambulatório voltado para problemas de memória. Métodos: Estudo observacional, transversal com análise de dados de prontuário no período de 01/2013 a 04/2016. A amostra foi constituída por indivíduos com idade igual e superior a 60 anos participantes do ambulatório da memória da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). O desfecho foi o diagnóstico clínico de demência independente da causa. O preditor principal foi o nível sérico de vitamina D na época do diagnóstico, e as variáveis de controle foram sexo, cor da pele, escolaridade, idade bem como diagnóstico de diabetes mellitus, hipertensão arterial e depressão. Foi realizada análise bivariada e análise multivariada com regressão logística hierarquizada. Resultados: A amostra foi composta por 287 idosos, predominantemente com a idade entre 60 e 69 anos (48,78%), do sexo feminino (79,09%), de cor da pele branca (92,33%). A média de anos de estudo foi de 6,95 anos (DP±4,95) e da vitamina D 26,09 ng/mL (DP±9,20). A prevalência de idosos com demência foi de 16,72%. Os idosos dementados apresentaram a média dos níveis de vitamina D de 21,90 (DP±8,10) e os idosos não dementados de 26,93 ng/mL (DP±8,80). Dentre as morbidades a depressão foi a de maior prevalência (42,50%) seguida pela hipertensão arterial (31,71%) e diabetes mellitus (20,21%). Estiveram independentemente associadas à demência: a vitamina D (OR=0,92 IC 95% 0,88;0,97), depressão (OR=4,09 IC95% 1,87;8,94) idade maior e igual a 80 anos (OR= 3,97 IC95% 1,59;9,91) e hipertensão arterial (OR=2,65 IC95% 1,15;6,08). Conclusão: Neste estudo encontrou-se associação independente de níveis mais baixos de vitamina D com maior probabilidade de dêmencia, este achado pode corroborar com o diagnóstico de demência, servir como marcador de saúde ruim ou isolamento e possívelmente sua reposição poderá exercer efeito protetor contra demência e declínio cognitivo. A vitamina D é um fator modificável pela simples exposição à luz solar, abrindo importantes perspectivas para políticas de saúde pública.Abstract : Introduction: Dementias have multifactorial causes and are a worldwide public health problem, especially in developing countries where their incidence in the coming years will be greater in relation to the more developed countries. One of the main objectives of an outpatient clinic focused on memory problems, beyond the screening, prevention and treatment of cognitive impairments, is to extend the life of demented elderly in their own community with the maximum independence and the least possible burden. Hypovitaminosis D is associated with increased all-cause mortality among the elderly and a wide range of chronic degenerative diseases, including most of the dementias and associated diseases such as depression, type II diabetes and hypertension. Objective: To analyze the relationship between clinically diagnosed dementia (gold standard) and vitamin D (serum 25-hydroxyvitamin D) levels in elderly participants in an outpatient memory clinic. Methods: Cross-sectional observational study with data analysis of medical records from 01/2013 to 04/2016. The sample consisted of individuals aged 60 and over followed in the memory clinic of Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). The outcome was the clinical diagnosis of dementia of the cause. The main predictor was the serum vitamin D level, and the control variables were sex, skin color, schooling, age as well as diagnosis of diabetes mellitus, hypertension and depression. Bivariate analysis and multivariate analysis with hierarchical logistic regression were performed. Results: The sample consisted of 287 participants, predominantly aged 60-69 years (48.78%), female (79.09%), white skin color (92.33%). The mean number of years of schooling was 6.95 years (SD ± 4.95) and vitamin D 26.09 ng / mL (SD ± 9,20). The prevalence of elderly people with dementia was 16.72%. The demented elderly presented a mean of vitamin D levels of 21.90 (SD ± 8.10) and the non-demented elderly of 26.93 ng / mL (SD ± 8.80). Among the morbidities, depression was the most prevalent (42.50%) followed by hypertension (31.71%) and diabetes mellitus (20.21%). They were independently associated with dementia: vitamin D (OR = 0.92 95% CI 0.88, 0.97), depression (OR = 4.09 CI = 1.87, 8.94), age equal to or greater than 80 years (OR= 3,97 IC95% 1,59;9,91) and arterial hypertension (OR = 2.65, 95% CI 1.15, 6.08). Conclusion: In this study an independent association of lower levels of vitamin D with greater probability of dementia was found, this may corroborate with the diagnosis of dementia, aid as a marker of poor health or isolation and possibly its improvement may exert a protective effect against dementia and cognitive decline. The vitamin D is modifiable by simple exposure to sunlight, opening important perspectives for public health policies.Xavier, André JunqueiraUniversidade Federal de Santa CatarinaSantos, Camila de Souza dos2018-04-13T19:36:06Z2018-04-13T19:36:06Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis112 p.| il., tabs.application/pdf351316https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185567porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-04-13T19:36:07Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/185567Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-04-13T19:36:07Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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