Efeito da microinjeção de bicuculina na matéria cinzenta periaquedutal dorsal em ratos submetidos a um condicionamento olfatório aversivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanella, Camila Ângela
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/135403
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaZanella, Camila ÂngelaCarobrez, Antonio de Padua2015-10-06T04:08:33Z2015-10-06T04:08:33Z2015334655https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/135403Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2015.A elaboração e a expressão de respostas defensivas são mediadas pela matéria cinzenta periaquedutal (MCP). A estimulação da MCP dorsal é capaz de dar suporte a um condicionamento funcionando como um estímulo incondicionado. Desta forma, o animal pode desencadear um processo de aprendizado e o estímulo inicialmente neutro passa a evocar respostas defensivas. A transmissão GABAérgica age no controle inibitório tônico desta estrutura e o bloqueio de GABA promove a expressão de respostas defensivas. O presente trabalho teve como objetivo investigar se a estimulação gerada a partir do bloqueio dos receptores GABAA na MCPd seria um estímulo incondicionado eficaz em promover aprendizagem no modelo de condicionamento olfatório aversivo. Os animais receberam microinjeções de NMDA 50 pmol, PBS e antagonistas do receptor GABAA (bicuculina) nas doses de 20 e 40 pmol durante a sessão de condicionamento com durações de 10 ou 20 minutos. A pista olfatória neutra utilizada como estímulo condicionado foi 20 µl de eugenol nesta etapa de aquisição do condicionamento, foram observados os comportamentos defensivos e exploratórios emitidos pelos ratos. Transcorridas 24h os animais foram testados em uma caixa de odor (novo contexto) com 20 µl de eugenol e os parâmetros tempo de aproximação à fonte de odor, tempo no compartimento escondido e avaliação de risco foram observados. No terceiro e último dia de experimento os animais foram re-testados na caixa de odor, sendo os mesmos parâmetros avaliados, porém sem pista olfatória. Durante o condicionamento os animais pertencentes ao grupo NMDA 50 pmol, bicuculina 20 e 40 pmol nos dois tempos empregados, reduziram significativamente os comportamentos exploratórios comparados com o grupo PBS. Os animais tratados com bicuculina desencadearam respostas defensivas robustas, caracterizadas por fuga, saltos e congelamento com maior duração e intensidade do que nos animais tratados com NMDA. Com relação à evocação observada na caixa de odor em dias subsequentes, os animais tratados com NMDA mostraram um aumento no tempo escondido, uma redução no tempo de aproximação à fonte de odor e do comportamento de avaliação de risco. Estas mudanças foram detectadas a partir do terceiro minuto do primeiro teste e foram mantidas no segundo teste, sugerindo que houve expressão da memória aversiva. Contudo, para os animais tratados com bicuculina as respostas frente ao odor foram iguais às do grupo PBS. Apesar do tratamento com bicuculina desencadear mais comportamentos defensivos na sessão de condicionamento, esta resposta não foi preditiva de aprendizagem frente ao estímulo condicionado. Com base nos resultados experimentais conclui-se a capacidade de induzir comportamentos defensivos durante a sessão de condicionamento não permite ?per se? predizer a formação de uma memória aversiva no protocolo de condicionamento olfatório aversivo. Desta forma, nas presentes condições experimentais a estimulação da MCPd por meio do bloqueio dos receptores GABAA, não foi um EI eficaz para promover aprendizagem.<br>Abstract : The development and expression of defensive responses are mediated by MCP. The dorsal MCP stimulation is able to promote a conditioning serving as an unconditioned stimulus able to generate defensive reactions which can be paired with a neutral cue. In this way, a learning process can be triggered, after this, the neutral stimulus will evoke defensive responses. The GABAergic transmission acts on the tonic inhibitory control of this structure, to block this transmission, result in defensive responses expression. The present study aimed to investigate whether the blockade of GABAA receptors in MCPd would be an effective unconditioned stimulus to promote learning in the olfactory fear conditioning model. Animals were microinjected with NMDA (50 pmol), PBS or GABAA receptor antagonist (bicuculline) at doses of 20 and 40 pmol during the conditioning session. The neutral cue used was 20 µl of eugenol odor. After 24h animals were tested, and for this, they were exposed to the odor box (new context) with 20 µl of eugenol and: the hide time, approach time and head out parameters were registered. In the third and final day of experiments animals were re-tested in the odor box, being the same parameters evaluated, without the olfactory cue. During conditioning, 10 min for the NMDA 50 pmol group, 10 /20 min for bicuculline 20 and 40 pmol significantly reduced exploratory behavior compared to the PBS group. Animals treated with bicuculline triggered robust defense responses, characterized by flight, jumps and freezing in duration and intensity greater than that observed in NMDA. In regard to the learning process, observed in odor box, NMDA treated animals showed an increase in the hide time, reducing the approach and head out time. These changes were detected starting from the third minute of the first test and were kept in the second test, suggesting that there was learning process. However, in animals treated with bicuculline, the responses on the odor box were similar to the PBS group. Although treatment with bicuculline triggers stronger defensive behaviors than NMDA in the conditioning session, these responses cannot be related to learning process of the paired cue. Based on these experimental results, the intensity of defensive behaviors during conditioning session does not allow "per se" to predict the acquisition of an aversive olfactory memory. Thus, in these experimental conditions, the stimulation of dPAG through GABAA receptors blockade, is not an unconditioned stimulus effective to promote learning.89 p.| il., grafs., tabs.porFarmacologiaSubstância Cinzenta PeriaquedutalOlfatoBicuculinaEfeito da microinjeção de bicuculina na matéria cinzenta periaquedutal dorsal em ratos submetidos a um condicionamento olfatório aversivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL334655.pdfapplication/pdf1504101https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/135403/1/334655.pdf59a36ec6206bbe3c2c963714e455b5daMD51123456789/1354032016-03-07 16:00:21.585oai:repositorio.ufsc.br:123456789/135403Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-03-07T19:00:21Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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