Feminismos digitais: apropriações de conteúdos feministas compartilhados em redes sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marx, Djenifer Samantha
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229221
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2021.
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spelling Feminismos digitais: apropriações de conteúdos feministas compartilhados em redes sociaisPsicologiaRelações de gêneroFeminismoRedes sociais on-lineInteração socialDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2021.As novas tecnologias da informação e comunicação, em especial as redes sociais digitais e a Internet, perpassam as discussões atuais sobre gênero e subjetividade. Ao ultrapassar fronteiras de tempo e espaço, elas modificam as formas de interação humana e, consequentemente, o modo como nos constituímos sujeitos através da relação com o outro. Ao abrir novos espaços de discussão, elas também modificam a relação dos sujeitos com os feminismos. Assim, a Internet e as redes sociais provocam alterações significativas no movimento feminista, o que motiva algumas autoras a classificar o momento presente como uma quarta onda do feminismo, que tem como característica principal o uso de plataformas digitais como espaços privilegiados para a divulgação, mobilização e discussão do feminismo. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo geral verificar de que forma as mulheres se apropriam dos conteúdos feministas compartilhados em redes sociais. Como abordagem metodológica este estudo utilizou o método qualitativo com delineamento de caráter exploratório. Foram entrevistadas quatro mulheres, com idade entre 30 e 45 anos, que tinham contato e interesse em discussões feministas em redes sociais. As entrevistas ocorreram de modo on­line, por meio de chamadas de vídeo, e foram posteriormente transcritas na íntegra. Os dados obtidos foram analisados sob a ótica da Análise de Discurso francesa (AD), de inspiração pecheutiana, que tem como principal representante no Brasil a autora Eni Orlandi. A análise do material possibilitou uma reflexão acerca das permanências e mudanças do movimento feminista, especialmente na forma como as mulheres entram em contato com suas discussões. As entrevistadas que são mães destacaram maternidade como porta de entrada para discussões feminista, demonstrando a importância de pensar a maternidade como uma temática interseccional e a construção de um feminismo matricêntrico, que se preocupe com as necessidades de mulheres mães. Entre as diferentes estratégias de engajamento político, problematizar e debater questões de gênero dentro e fora do ambiente digital foi entendido como uma ação fundamental para as entrevistadas. Foi possível perceber que as experiências através de redes sociais digitais são uma parte constituinte de seus processos de subjetivação e de sua construção identitária. Seja em ações coletivas, seja por práticas individuais e cotidianas, as mulheres entrevistadas mostram que incorporam e atuam a partir de políticas feministas e do contato com os feminismos digitais. Percebe­se que, apesar de alguns autores falarem em uma possível mercantilização do movimento, o fato do feminismo estar sendo pautado em diferentes veículos midiáticos, traz visibilidade às agendas feministas.Abstract: The new information and communication technologies, especially social media and the Internet, permeate the current discussions about gender and subjectivity. By crossing boundaries of time and space, they modify the forms of human interaction, and consequently, the way we constitute ourselves as subjects through the relationship with others, By opening new spaces for discussion, they also change the relationship of subjects with feminisms. Thus, the Internet and social media cause changes in the feminist movement, which can motivate some authors to classify the present moment as a fourth wave of feminism, which has as its main characteristic the use of digital platforms as privileged spaces for the dissemination, mobilization and discussion of feminism. Thus, this research aimed to verify how women appropriate the feminist content shared on social media. As a methodological approach, this study used the qualitative method with an exploratory design. Four women, aged between 30 and 45, who had contact and interest in feminist discussions on social media were interviewed. The interviews took place online, through video calls, and were later transcribed in full. The data obtained were analyzed from the perspective of French Discourse Analysis (DA), inspired by Michel Pêcheux, whose main representative in Brazil is the author Eni Orlandi. The analysis of the material allowed a reflection on the permanencies and changes of the feminist movement, especially in the way women come into contact with it?s discussions. The interviewees who are mothers highlighted maternity as a gateway to feminist discussions, demonstrating the importance of thinking about motherhood as an intersectional theme and the construction of a matricentric feminism that is concerned with the needs of women mothers. Among the different strategies for political engagement, problematizing and debating gender issues inside and outside the digital environment was understood as a fundamental action for the interviewees. It was possible to see that experiences throughout social media are a constituent part of their processes of subjectivation and their identity construction. Whether in collective actions or through individual and daily practices, the women interviewed show that they incorporate and act from feminist policies and contact with digital feminisms. It is noticed that, despite some theorize about a possible commodification of the movement, the fact that feminism is being based on different media vehicles brings visibility to feminist agendas.Miguel, Raquel de Barros PintoUniversidade Federal de Santa CatarinaMarx, Djenifer Samantha2021-10-14T19:30:34Z2021-10-14T19:30:34Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis136 p.| il.application/pdf373095https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229221porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-14T19:30:34Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/229221Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-10-14T19:30:34Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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