CONJECTURAS SOBRE A COOPERAÇÃO UNIVERSIDADE/EMPRESA EM UNIVERSIDADES BRASILEIRAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/26061 |
Resumo: | O tema desenvolvido neste artigo privilegia a cooperação universidade/empresa nos seus aspectos conceituais determinantes e restritivos, fundamentado na complexidade da parceria entre universidades brasileiras e o setor produtivo. O tema é tratado a partir de um mergulho na História recente dessa parceria e dos caminhos e tendências que estão sendo traçados. Busca enfocar o discurso de duas facções: o da resistência, que vê na cooperação um perigo, uma proposição indiscutível dado os reflexos negativos para o ensino e o desenvolvimento da pesquisa pura e descompromissada com setores, e os defensores que apresentam a cooperação como uma alternativa viável, capaz de resolver a problemática orçamentária da universidade e tecnológica das empresas, além de contribuir para o desenvolvimento da nação. Percebe-se nas posições e experiências relatadas, que a cooperação ocorre com maior intensidade basicamente por duas questões: por parte da universidade, pelo declínio do investimento público, quando essas procuram incorporar recursos extra-orçamentários para suprir as necessidades básicas emergenciais e até mesmo de sobrevivência e pelo lado empresarial, pela busca de novos produtos e tecnologias que possibilite maior competitividade e lucratividade no mercado interno e externo. Vislumbra-se nessa parceria, a construção de um novo caminho que conduz, também, à irreversibilidade, tendo em vista que as circunstâncias político-econômicas e sociais conspiram contra a permanência da atual estrutura universitária. Paradoxalmente, percebe-se que as tendências do mercado de trabalho exigem uma reconceitualização do estilo milenar do viver universitário. A sociedade, exige uma nova postura da academia, mais dinâmica e interativa que encontre alternativas e soluções para as questões sociais mais emergentes, além da necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem a saída do país da posição terceiro-mundista e colocá-lo no ranking dos mais desenvolvidos tecnologicamente. Há um entendimento generalizado que a universidade não poderá ficar à margem desse processo de reconstrução, sobretudo, quando ela é uma das principais instituições responsável pela formação do cidadão e do profissional que promove as transformações sociais. |
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Percebe-se nas posições e experiências relatadas, que a cooperação ocorre com maior intensidade basicamente por duas questões: por parte da universidade, pelo declínio do investimento público, quando essas procuram incorporar recursos extra-orçamentários para suprir as necessidades básicas emergenciais e até mesmo de sobrevivência e pelo lado empresarial, pela busca de novos produtos e tecnologias que possibilite maior competitividade e lucratividade no mercado interno e externo. Vislumbra-se nessa parceria, a construção de um novo caminho que conduz, também, à irreversibilidade, tendo em vista que as circunstâncias político-econômicas e sociais conspiram contra a permanência da atual estrutura universitária. Paradoxalmente, percebe-se que as tendências do mercado de trabalho exigem uma reconceitualização do estilo milenar do viver universitário. 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