Relações internacionais contemporâneas e atores não estatais: o protagonismo de resistência do Movimento de Justiça Global

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fazio, Marcia Cristina Puydinger de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/168274
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2016.
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spelling Relações internacionais contemporâneas e atores não estatais: o protagonismo de resistência do Movimento de Justiça GlobalDireitoRelações internacionaisMovimentos sociaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2016.Por aproximadamente sessenta anos, num cômputo que soma o momento do seu surgimento, desde o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, até a década de 70, as interações estatais delinearam o objeto de estudo da disciplina de Relações Internacionais. Estabelecendo-se uma associação restrita entre as ações e comportamentos dos Estados e os fenômenos passíveis de serem apreendidos, as relações internacionais foram predominantemente retratadas como o complexo relacional inter-estatal. Posteriormente, já nos anos 70, novos elementos são utilizados na tarefa de interpretar a realidade das relações e, em consequência disso, a disciplina passa por mudanças que resultam numa importante redefinição do seu objeto de estudo. Reconhece-se atualmente que a sociedade internacional contemporânea constitui um cenário dinâmico e multicêntrico, composto por grande variedade de atores não estatais, que desempenham papéis diversos e exercem influência em contextos específicos. Entre eles, encontram-se os atores da sociedade civil que, organizados num amplo Movimento de Justiça Global, procuram oferecer resistência à forma de condução do atual processo de globalização, com viés neoliberal, e seus efeitos negativos à vida do ser humano e à manutenção do planeta. Grupos diversos e dispersos por todo o globo integram-se no âmbito desse movimento, conectados fundamentalmente por fluxos em rede. Suas ações introduziram temas e demandas sociais na agenda internacional e, por isso, o foco da presente pesquisa recai sobre a sua participação na sociedade internacional, indagando: sua função dinâmica de resistência permite reconhecê-lo como um ator não estatal das Relações Internacionais contemporâneas? A hipótese de trabalho centra-se na seguinte consideração: para o Movimento de Justiça Global ser reconhecido como ator não estatal das Relações Internacionais contemporâneas, deverá demonstrar comprovadamente os critérios exigidos para essa qualificação - habilidade para mobilizar recursos, capacidade para exercer influência e autonomia.<br>Abstract : For nearly 60 years, from the time of its emergence, meaning the end of World War I in 1918, until the 70s, state interactions outlined the object of study in the International Relations discipline. Setting up a restricted association between states actions and behaviors, and phenomena which might be grasped, international relations were predominantly portrayed as a complex of interstate relations. Subsequently, in the 70s, new elements were used in the task of interpreting the reality of relations and, as a result, the discipline underwent changes resulting in a major redefinition of its research subject. Today, we recognize that the contemporary international society represents a dynamic and multicenter scenario, composed of a wide variety of non-state actors that play different roles, and influence specific contexts. Among them, the actors of civil society organized in a large Global Justice Movement, seek tooffer resistance to the current neo-liberal globalization process, and its negative effects on human life and planet maintenance. Various groups, dispersed around the globe, integrate this movement fundamentally connected by network flows. Their actions introduced themes and social demands on the international agenda and, therefore, the focus of this study lies on the movement´s participation in international society, inquiring if its dynamic function of resistance allows its recognition as a non-state actor of contemporary international relations. The working hypothesis is based on the following consideration: in order to recognize the Global Justice Movement as a non-state actor of contemporary international relations, it must clearly testify the necessary criteria for such qualification, which are, the ability to mobilize resources, the ability to influence and autonomy.Oliveira, Odete Maria deUniversidade Federal de Santa CatarinaFazio, Marcia Cristina Puydinger de2016-09-20T05:09:13Z2016-09-20T05:09:13Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis218 p.| tabs.application/pdf341480https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/168274porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-20T05:09:14Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/168274Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-09-20T05:09:14Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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