Jornalistas em aliança : tecendo redes de proteção e resistência na formulação de uma perspectiva de gênero transnacional
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247752 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Jornalismo, Florianópolis, 2023. |
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Jornalistas em aliança : tecendo redes de proteção e resistência na formulação de uma perspectiva de gênero transnacionalJornalismoFeminismoRelações de gêneroDireitos das mulheresJornalistasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Jornalismo, Florianópolis, 2023.A pesquisa traz como enfoque a relação entre o jornalismo e o feminismo e investiga a organização de jornalistas latino-americanas na Red Internacional de Periodistas con Visión de Género (RIPVG), formada por integrantes de 36 países. O estudo foi desenvolvido com aporte teórico da perspectiva feminista decolonial, da tradução cultural e da epistemologia feminista. O problema de pesquisa é a tecitura de um jornalismo com perspectiva de gênero transnacional pelas integrantes da RIPVG, buscando perceber como a formulação dessa visão comporta as múltiplas experiências das jornalistas em seus contextos específicos e em diálogo internacional. Reflete sobre a atuação delas na subversão das lógicas masculinistas, racistas, heterossexistas, capitalistas e antropocêntricas deixadas pela matriz de dominação colonial no território geográfico e político hoje denominado de América Latina, presentes também no jornalismo e que afetam diariamente o exercício da profissão. A hipótese desta tese é de que essa articulação transnacional se refere à tentativa de construir novos tecidos de proteção e resistência, que possam amenizar a violência a que as mulheres foram expostas, incluindo as mulheres jornalistas. Os procedimentos metodológicos escolhidos para a realização da pesquisa são a análise documental e a aplicação de entrevistas em profundidade com integrantes da RIPVG de cinco países ? Brasil, Chile, Argentina, México e Colômbia. Entre os resultados obtidos, está a proposição de que a perspectiva de gênero no jornalismo formulada pelas jornalistas apresenta diferentes significados, estando relacionada à luta pela efetivação dos direitos humanos das mulheres, tema bastante presente na América Latina exatamente porque o combate à violência segue sendo uma luta central na região, compreendendo que o direito à dignidade e à vida das mulheres são os direitos mínimos a serem buscados para qualquer projeto que vise a diminuição da desigualdade de gênero. E o entendimento de que gênero é uma lente de análise das relações sociais, considerando que a experiência das mulheres é múltipla e influenciada por outros marcadores da diferença, como raça, etnia, sexualidade, nacionalidade, território. A organização em rede é ainda perpassada por uma prática de solidariedade entre jornalistas, que atuam construindo articulações, conexões parciais entre redes nacionais, em que os contextos específicos não são apagados no intuito de uma definição ou ação única na RIPVG. Mas se caracteriza pelo compartilhamento, diálogos, trânsito de saberes e relações de afeto. A partir das histórias vividas e relatadas pelas interlocutoras, percebo os diferentes contextos de atuação jornalística e as formas de violência predominantes, propondo uma reflexão sobre a proteção das jornalistas enquanto uma condicionante que possibilita o exercício da perspectiva de gênero nos moldes que elas defendem e se dedicam, sendo esta forma de resistência um elemento crucial para a compreensão do que significa a perspectiva de gênero dentro da RIPVG.Abstract: This research focus on how jornalism and feminism are related, and also on looking into the 36-country-member organization of latin-american jornalists in Red Internacional de Periodistas con Visión de Género (RIPVG) It?s a report which was conducted with theoretical contribution by decolonial feminist perspective, cultural translation and feminist epistemology. The central point of this study is making a transnational gender perspective way of jornalism by members of RIPVG, attempting to understand how the formulation of this jornalistic way carries the multiple experiences of these journalists in their specific context and global dialogue. It considers their work on subvertion of masculinist, racist, heterosexist, capitalistic and anthropocentric logical left by the source of colonial domination on the geographic and political territory known today as Latin America ? also present at journalism, which have daily effect the professional practice. This thesis hypothesis shows this transnational articulation that refers to the effort of building new protection and resistence forms that can soften the violence women were exposed, including female journalists. The metodological processes of this research are: documentary analysis and survey applications with the RIPVG members from five countries ? Brazil, Chile, Argentina, Mexico and Colombia. Between the research results there is the propose of the gender perspective in journalism presents different meanings, relating to the struggle for the implementation of women human rights ? a relevant theme in Latin America because combating violence against women is still a central point of struggle in the territory, understanding that the right of women?s dignity and life are actually minimum rights for any project that seeks to reduce gender inequality. And comprehending gender is a big and important way of analysis of social relationships? analysis, considering the experience of women is multiple and influenced by others difference markers as race, ethnicity, sexuality, nationality, territory. Web organization is still overpassed by a solidarity practice between journalists who work building articulations, partial connections among national webs of specific contexts that are not erased because of an unique RIPVG?s definition or action. However, it distinguishes by sharing, dialogues, know-how transit and affection relationships. From the stories lived and told by the interlocutors, I assume the diferente contexts of jornalistic pratice and the main ways of violence, proposing a reflection over journalists? protection as a condition that makes possible to practice gender perspective in ways that they fight for and dedicate on ? a crutial form of resistante to understand what gender perspective means inside RIPVG.Ribeiro, Daiane BertassoWoitowicz, Karina JanzUniversidade Federal de Santa CatarinaCosta, Jessica Gustafson2023-06-28T18:27:58Z2023-06-28T18:27:58Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis293 p.application/pdf381936https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247752porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-28T18:27:58Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/247752Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-06-28T18:27:58Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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