Chuva de sementes, dispersores e recrutamento de plântulas sob a copa de Myrsine coriacea, uma espécie arbórea pioneira no processo de sucessão secundária da Floresta Ombrófila Densa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Begnini, Romualdo Morelatto
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95818
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011
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spelling Chuva de sementes, dispersores e recrutamento de plântulas sob a copa de Myrsine coriacea, uma espécie arbórea pioneira no processo de sucessão secundária da Floresta Ombrófila DensaBiologia vegetalSementes -DisseminacaoEcologia vegetalSucessao ecologicaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011A chuva de sementes compreende uma das principais fontes de regeneração das florestas tropicais, sendo muito influenciada pelas espécies locais e suas síndromes de dispersão. Em florestas tropicais muitas espécies de plantas são dispersas por animais, com destaque para espécies de aves. Árvores isoladas remanescentes e/ou pioneiras funcionam como poleiros naturais para aves que, por defecação ou regurgitação, depositam sementes sob suas copas. Sob estas árvores alguns indivíduos se estabelecem e contribuem na regeneração natural. Myrsine coriacea é uma espécie dióica e pioneira, que pode ocorrer em formações secundárias e que produz frutos carnosos consumidos por aves. Esta espécie pode atuar como poleiro natural para dispersores de sementes e foco de deposição de sementes nas áreas onde ela ocorre. O objetivo deste estudo foi avaliar a chuva de sementes e o recrutamento de plântulas sob plantas femininas e masculinas de Myrsine coriacea e em áreas sem plantas próximas, e identificar quais são as espécies de aves que interagem com M. coriacea. O estudo foi realizado em uma área de vegetação secundária inicial na Floresta Ombrófila Densa, que faz limite com o setor norte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina, Brasil. A chuva de sementes foi avaliada através de 60 coletores (0,5 m2), sendo 20 sob a copa de plantas femininas, 20 sob a copa de masculinas e 20 em pontos sem influencia da copa de qualquer planta. O recrutamento de plântulas foi avaliado com 60 parcelas de mesmo tamanho, com procedimento similar. As aves foram registradas por observações diretas e diurnas de junho de 2009 a novembro de 2010, totalizando 125 horas. As famílias Asteraceae (12 espécies) e Melastomataceae (13) apresentaram o maior número de espécies no total de diásporos coletados. O gênero Tibouchina (composto por três espécies) apresentou a maior importância relativa (VI= 0,43) e a espécie Clethra scabra o segundo maior VI (VI= 0,16). A dispersão zoocórica apresentou o maior número de espécies (53,9% do total), seguida pelas síndromes anemocórica e autocórica em conjunto (32,2%) de um total de 365.071 diásporos pertencentes a 115 espécies amostradas. Diásporos de plantas que podem ocorrer no interior de mata primária (37 espécies) e plantas classificadas como árvores medianas (34 espéces) foram registrados em maior número. Diásporos pequenos foram mais abundantes (70,4% das espécies com diásporos de até 5 mm). Plantas femininas, masculinas e áreas sem plantas se diferenciaram quanto à composição de espécies da chuva de sementes. Quantificaram-se 53% dos diásporos sob plantas femininas, 29% sob masculinas e 18% nas áreas sem plantas. Registraram-se 97 espécies sob plantas femininas, 92 sob masculinas e 57 nas áreas sem plantas. Quantificaram-se 936 plântulas, 60% sob plantas femininas, 27% sob masculinas e 13% nas áreas sem plantas. Registraram-se 84 morfoespécies de plântulas, sendo 55 sob as plantas femininas, 47 sob masculinas e 29 nas áreas sem plantas. Observaram-se 33 espécies de aves pertencentes a 16 famílias, em 338 eventos de interação. Destas aves, 28 foram consideradas possíveis dispersoras de sementes, pois foram observadas engolindo frutos de M. coriacea. As famílias com maior número de espécies foram Thraupidae e Tyrannidae, e as espécies que mais visitaram as plantas foram Tangara cyanocephala e Dacnis cayana. O hábito alimentar mais frequente foi o frugívoro (15 espécies), seguido pelo insetívoro (9). As plantas femininas e masculinas de M. coriacea foram consideradas focos de deposição de diásporos e de recrutamento de plântulas na área em sucessão secundária avaliada. Esta espécie apresentou diferentes interações com as aves onde, além dos frutos, outros itens, como insetos, foram utilizados na alimentação.Florianópolis, SCCastellani, Tania TarabiniUniversidade Federal de Santa CatarinaBegnini, Romualdo Morelatto2012-10-26T06:13:17Z2012-10-26T06:13:17Z20112011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis109 p.| il., grafs., tabs.application/pdf294596http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95818porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T11:56:18Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95818Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T11:56:18Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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