Avaliação da concordância entre curvas de monitoramento do crescimento intrauterino e pós natal de recém-nascidos pré-termo na unidade de terapia intensiva neonatal.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Caroline Cristine Agustini
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Goulart, Maria Eduarda Cunha
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218296
Resumo: TCC(graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Nutrição.
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spelling Avaliação da concordância entre curvas de monitoramento do crescimento intrauterino e pós natal de recém-nascidos pré-termo na unidade de terapia intensiva neonatal.Curvas de crescimentoRecém-nascido pré-termoPrematuroRestrição de crescimento extrauterinoAvaliação nutricionalTCC(graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Nutrição.Introdução: O crescimento de recém-nascidos pré-termo (RNPT) no período neonatal é de grande importância, especialmente porque a restrição de crescimento está associada ao aumento de complicações. Um diagnóstico apurado e monitoramentos constantes podem evitar morbidades e contribuir a curto e longo prazo para o completo desenvolvimento dos indivíduos nascidos pré-termo. Entretanto, as curvas existentes foram desenvolvidas por diferentes metodologias e, isso pode influenciar no diagnóstico do estado nutricional. Objetivo: Avaliar a concordância de indicadores antropométricos e da restrição de crescimento extrauterino (RCEU) de RNPT a partir de diferentes curvas de monitoramento do crescimento intrauterino e pós-natal. Métodos: Estudo observacional prospectivo, com RNPT com idade gestacional (IG) <37 semanas, internados na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Foram descritas as características demográficas e clínicas. As variáveis antropométricas de peso, comprimento e perímetro cefálico foram obtidas no nascimento e alta hospitalar e transformados em escore-z para a IG, utilizando as seguintes curvas de monitoramento do crescimento intrauterino e pósnatal: Fenton 2013, Olsen 2010 e as curvas do Intergrowth-21st. A RCEU foi definida pela redução de 1 desvio-padrão dos escores-z de peso para a IG entre o nascimento e a alta da UTIN. A concordância entre as diferentes curvas de crescimento intrauterino e pós-natal foi avaliada por meio de correlação intraclasse (CCI) e método de Bland-Altman e, a concordância entre a RCEU pelo teste de Kappa. Resultados: Foram incluídos 47 RNPT, com IG mediana de 33 semanas, 46,8% desses classificados como baixo peso ao nascer. Observou-se correlação forte entre os escore-z de indicadores antropométricos entre as curvas de monitoramento ao nascimento (CCI > 0,96) e na alta hospitalar (CCI >0,98). O escore-z do PC/IG ao nascimento entre as curvas Intergrowth NB vs Olsen apresentaram o menor viés, 0,07 (limites de concordância -0,56 a 0,71), enquanto o maior viés, de -0.85 (limites de concordância -2,35 a 0,64), foi observado na comparação de peso/IG na alta hospitalar, entre as curvas Intergrowth PN vs Fenton, seguida de Intergrowth PN vs Fenton 0.43 (limites de concordância -0,96 a 0,09), de peso/IG na alta. No diagnóstico de RCEU, Intergrowth PN apresentou boa concordância (Kappa: 0,60). No entanto, ao utilizar mais de uma curva Intergrowth durante a monitorização do crescimento, a concordância foi fraca, como por exemplo, Intergrowth NB ao nascimento e Intergrowth PN na alta (Kappa: 0,30). Conclusões: Os achados deste estudo evidenciaram que os escore-z dos indicadores antropométricos foram concordantes entre as diferentes curvas de crescimento intrauterino e pós-natal. Entretanto, na identificação da RCEU a concordância entre as curvas foi moderada. As curvas de crescimento são importantes ferramentas para avaliação e monitoramento do estado nutricional na pediatria, mas há poucos e imprecisos padrões de referência para RNPT quando comparados ao termo, representando um constante desafio a escolha da curva que melhor descreva como os RNPT devem crescer no período pós-natal. Esses achados sugerem a importância de uma padronização para a monitorização do crescimento nesta população, bem como reforçam o papel significante de uma avaliação nutricional completa para uma adequada interpretação do estado nutricional geral. Sabendo da magnitude de mudança que ocorre baseado no escore-z através das diferentes curvas de monitoramento do crescimento, o olhar individualizado e abrangente em relação à avaliação nutricional completa se faz cada vez mais necessário para garantir uma análise fidedigna do real estado nutricional desses RNPT.Introduction: The growth of preterm newborns (PTNB) in the neonatal period is of great importance, especially since growth restriction is associated with increased complications. An accurate diagnosis and constant monitoring can avoid morbidities and contribute in the short and long term to the complete development of individuals born preterm. However, the existing curves were developed by different methodologies and this can influence the diagnosis of nutritional status. Objective: To evaluate the agreement of the anthropometric indicators and extrauterine growth restriction (EUGR) of PTNBs from intrauterine and postnatal growth monitoring curves. Methods: Prospective observational study, with PTNB with gestational age (GA) <37 weeks, admitted in the neonatal intensive care unit (NICU). Demographic and clinical characteristics were described. Anthropometric variables of weight, length and head circumference were obtained at birth and hospital discharge and were transformed into a z-score for GA, using the following curves for monitoring intrauterine and postnatal growth: Fenton 2013, Olsen 2010 and the curves of Intergrowth-21st . The EUGR was defined by the reduction of ≤ −1 standard deviation of the z-scores of weight/GA between birth and discharge from the NICU. The agreement between the different intrauterine and postnatal growth curves was assessed using intraclass correlation (ICC) coefficient and the Bland- Altman method and the agreement between the EUGR by the Kappa test. Results: There were included 47 PTNBs with a median GA of 33 weeks, 46.8% of them were classified as low birth weight. There was a strong correlation between the z-scores of anthropometric indicators between the monitoring curves at birth (ICC> 0.96) and at hospital discharge (ICC> 0.98). The z-score of weight/GA at birth between the Intergrowth NB vs Olsen curves showed the smallest bias, 0.07 (limits of agreement -0.56 to 0.71), while the highest bias, of -0.85 (limits of agreement -2.35 to 0.64), was observed in the comparison of weight/GA at hospital discharge, between the Intergrowth PN vs Fenton curves, followed by Intergrowth PN vs Fenton 0.43 (limits of agreement -0.96 to 0.09), weight / GA at discharge. In the diagnosis of EUGR, Intergrowth PN showed good agreement (Kappa: 0.60). However, when using more than one Intergrowth curve during growth monitoring, the agreement was weak, such as, for example, Intergrowth NB at birth and Intergrowth PN at high Kappa: 0.30). Conclusions: The findings of this study showed that the z-scores of anthropometric indicators were consistent between the different intrauterine and postnatal growth curves. However, in the identification of EUGR the agreement between the curves was moderate. Growth curves are important tools for assessing and monitoring nutritional status in pediatrics, but there are few and inaccurate reference standards for PTNB when compared to the term, representing a constant challenge in choosing the curve that best describes how PTNs should grow in the period postnatal. These findings suggest the importance of standardization for monitoring growth in this population, as well as reinforcing the significant role of a complete nutritional assessment for an interpretation of the general nutritional status. Knowing the magnitude of the change that occurs based on the z-score through the different growth monitoring curves, the individualized and expanded look in relation to the complete nutritional assessment is increasingly necessary to ensure a reliable analysis of the real nutritional status of this PTNB.Florianópolis, SCMoreno, Yara Maria FrancoUniversidade Federal de Santa CatarinaCruz, Caroline Cristine AgustiniGoulart, Maria Eduarda Cunha2020-12-11T18:35:53Z2020-12-11T18:35:53Z2020-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis68application/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218296info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2020-12-11T18:35:53Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/218296Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-12-11T18:35:53Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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