A dinâmica do milho (Zea mays L.) nos agroecossistemas indígenas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedri, Marta Adriana
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88988
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
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spelling A dinâmica do milho (Zea mays L.) nos agroecossistemas indígenasAgroecossistemasVariação (Genética)MilhoManejo orgânicoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em AgroecossistemasO crescimento da população indígena e a regularização de suas terras trazem demandas para o restabelecimento de práticas agrícolas tradicionais. O manejo tradicional do milho (Zea mays L.) em comunidades indígenas dos estados de Roraima e Santa Catarina apresenta um cenário de erosão genética e cultural. Nesse contexto, o presente trabalho busca compreender a relação histórica e cultural existente entre os grupos indígenas e o cultivo do milho. Foram utilizadas ferramentas de etnobotânica para entender a dinâmica do milho nos agroecossistemas indígenas. Em registros arqueológicos na América do Sul, a difusão inicial do milho coincide com a expansão da agricultura de grupos Jê. Uma segunda onda difundiu a tecnologia que permitiu a intensificação do milho e a complexificação social, coincidindo com a expansão Aruak e Tupi-Guarani. O cultivo do milho em aldeias Wapixana (Aruak), Macuxi, Taurepang, Waimiri Atroari (Karib), Kaingang, Xokleng (Jê) e Guarani (Tupi-Guarani) apresenta diferentes estágios do declínio da importância do milho. A perda de população e redes de troca de sementes, acréscimo de novas culturas como a banana, e o abandono de práticas religiosas tradicionais contribuem para esse declínio. Os Guarani mantem métodos tradicionais de manejo do milho, associados às práticas religiosas e cosmologia do grupo. A base genética deste manejo, deduzida de práticas observadas em Santa Catarina e registradas na literatura, consiste no manejo de populações de milho com cores diferentes no pericarpo e aleurona das sementes. Essas cores permitem visualizar as atividades de transposons- usinas moleculares de mutações- que geram diversidade alélica. Permitem ainda segregar e gerenciar a taxa de mutação em diferentes populações. A "religião do milho" dos Guarani pode ter sido a base tecnológica da intensificação do milho observado nos registros arqueológicos.The growth of indigenous population and the regularization of their lands bring demands for the reestablishment of traditional agriculture practices. The traditional management of maize (Zea mays L) by indigenous societies in Roraima and Santa Catarina states presents a scenario of cultural and genetic erosion . This work tries to understand the historical and cultural relationship between indigenous societies and the maize farm. I use ethnobotany methods to understand maize dynamics in indigenous agroecosystems. In archeological records in South America, the initial diffusion of maize coincides with Jê agriculture expansion. A second wave a technological change that permitted maize intensification and the social complexification, coinciding with the Aruak and Tupi-Guarani expansion. Maize farming in Wapixana (Aruak), Macuxi, Taurepang, Waimiri Atroari (Karib), Kaingang, Xokleng (Jê) e Guarani (Tupi-Guarani) villages represents different stages of decline in the importance of maize. The loss of population and seed exchange networks, inclusion of new crops like banana, and the erosion of traditional religious practices contribute to this decline. The Guarani people maintain traditional methods of maize management, associated with their religious practices and cosmology. The genetic basis of this management, deduced from practices observed in Santa Catarina and recorded in the literature, consists in the management of maize populations with different colors in the pericarp and aleurone of maize kernels. This colors permit visualization of transposons (molecular generators of mutations that create allelics diversity). This management permits the segregation of populations and management of mutation rate in different populations. The #maize religion# of the Guarani may be the technological basis of maize intensification observed in the archeological register.Florianópolis, SCMiller, Paul Richard MomsenUniversidade Federal de Santa CatarinaPedri, Marta Adriana2012-10-22T15:36:36Z2012-10-22T15:36:36Z20062006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis86 f.| il.application/pdf233620http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88988porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-19T15:11:39Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/88988Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-10-19T15:11:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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