Envelhecer dançando: a subjetivação do direito ao próprio corpo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meleine Brevers Gonzalez Nobre, Chari
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189226
Resumo: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Ciências Sociais.
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spelling Envelhecer dançando: a subjetivação do direito ao próprio corpoCorpo.Envelhecimento.Dança.Body.Aging.Dance.TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Ciências Sociais.Essa pesquisa se propõe a abordar corporalidade, envelhecimento e dança sob o enfoque da Sociologia do corpo e investigar, a partir da narrativa de um grupo de mulheres acima de 60 anos, alunas de dança flamenca, qual é a amplitude que as aulas de dança alcançam em seus entendimentos sobre a própria corporalidade em suas histórias pessoais. Assim, pretende-se compreender como estas mulheres, com e significaram e significam sua corporalidade após terem iniciada a prática regular da dança, para então identificar em suas narrativas as concepções de corporalidade ao longo de suas vidas, de modo a investigar as razões das mudanças em seus discursos no que tange a relação ao próprio corpo, para então, problematizar as implicações da prática regular da dança sobre a condição sociocorporal na velhice. Tais narrativas acerca da corporalidade apontam para a hipótese de que o corpo, entendido como elemento fundamental na construção da identidade e como espaço de manifestação de sentimentos (BARBOSA-CARDONA; MURCIA-PEÑA, 2012) pode ganhar novas percepções e significados a partir da prática da dança, pois sendo esta o espaço do movimento corporal, da expressividade, da brincadeira, do contato entre os corpos, do espetáculo, da criatividade e da aprendizagem acaba permitindo o conhecimento e o reconhecimento de si mesmo (GOMES, 2010, p. 222). Em face desta realidade, o estudo sobre a corporalidade a partir da prática da dança entre mulheres na velhice, se mostra promissor no sentido que pode trazer à tona a potencialidade desta atividade enquanto oposição ao imaginário que se materializa no discurso sobre a incapacidade corporal dos velhos, muito mais do que sobre suas capacidades, ou ainda que, contribui no reducionismo de enxergar a velhice como patológica. Imaginário este que legitima relações sociais de exclusão para com os que se encontram em envelhecimento, pois, faz correlação direta entre velhice e doença, velhice e senilidade, velhice e invalidez. Nesse sentido, esta pesquisa indaga fundamentalmente: qual o sentido da corporalidade para essas mulheres; como vivenciam sua corporalidade antes e depois da dança? Como essas mulheres identificam e classificam os discursos sociais sobre seus corpos? O que significa envelhecer dançando? Através de pesquisa bibliográfica e das narrativas de alunas de dança flamenca com idades acima de 60 anos, esta pesquisa qualitativa, pretende compreender à luz das teorias sociológicas sobre o corpo, como essas mulheres significam sua corporalidade antes e depois da dança; quais são os valores, os ideais, as percepções, os cuidados, as representações, os significados e em que medida, por meio da dança, lhes é permitida a subjetivação dos direitos que se pretende garantir aos envelhecidos.This research proposes to approach corporality, aging and dance under the spectral from sociology theory of the body approach and to investigate, from the narrative of a group of women in their 60’s, students of flamenco dance, what is the amplitude that dance classes reach in their understanding of their own corporeality in their personal histories. Thus, it is intended to understand how these women have meant their corporeality after having begun the regular practice of dance, to then identify in their narratives the conceptions of corporality throughout their lives, in order to investigate the reasons for the changes in his discourses on the relation to his own body, to then problematize the implications of regular dance practice on the socio corporal condition in old age. Such narratives about corporality point to the hypothesis that the body, understood as a fundamental element in the construction of identity and as a space for the expression of feelings (BARBOSA-CARDONA; MURCIA-PEÑA, 2012) can gain new insights and meanings from practice of dance, since this is the space of bodily movement, expressivity, play, contact between bodies, spectacle, creativity and learning ends up allowing the knowledge and recognition of oneself (Gomes, 2010, page 222 ).In the face of this reality, the study on the corporality from the dance practice among women in old age, shows promise in the sense that can bring to light the potential of this activity as opposed to the imaginary that materializes in the discourse on the corporal incapacity of the old , much more than on their abilities, or even, it contributes to the reductionism of seeing old age as pathological. Imaginary this that legitimates social relations of exclusion towards those who are in aging, therefore, makes a direct correlation between old age and illness, old age and senility, old age and disability. In this sense, this research asks fundamentally: what is the meaning of corporality for these women; how they experience the corporeality before and after the dance? How do these women identify and classify social discourses about their bodies? What does aging mean by dancing? Through a bibliographical research and the narratives of flamenco dance students aged over 60, this qualitative research intends to understand in the light of sociological theories about the body, how these women mean their corporality before and after dance; what are the values, the ideals, the perceptions, the cares, the representations, the meanings and to what extent, through dance, they are allowed the subjectivation of the rights that are intended to guarantee the elderly.FlorianópolisBrunetta, Antonio AlbertoUniversidade Federal de Santa CatarinaMeleine Brevers Gonzalez Nobre, Chari2018-08-21T19:04:21Z2018-08-21T19:04:21Z2018-07-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis65 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/189226porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-30T20:32:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/189226Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-08-30T20:32:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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