Espessamento médio-intimal da aorta segundo peso ao nascer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Monica Akemi de Souza Kurahayashi dos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100855
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
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MÉTODOS: Estudo tipo caso-controle, realizado entre setembro de 2011 e março de 2012, nas maternidades públicas de Florianópolis, Santa Catarina. A medida da espessura médio-intimal aórtica foi obtida por meio de exame de ultrassonografia da aorta abdominal de 132 recém-nascidos a termo, sendo 44 com baixo peso (grupo caso) e 88 neonatos com peso adequado para a idade gestacional (grupo controle), pareados ao grupo caso quanto ao sexo. Características demográficas (idade, cor da pele, estado civil), antropométricas (peso, altura), socioeconômicas (escolaridade e renda per capita) e condições clínicas maternas (hipertensão arterial, diabetes melito, paridade, tabagismo) constituíram as variáveis controle. Foram conduzidas análises brutas e múltiplas utilizando a regressão logística com o programa estatístico Stata 9. O projeto obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Comitê de Ética da Maternidade Carmela Dutra. RESULTADOS: Os resultados deste estudo demonstraram que a chance de apresentar complexo médio-intimal aórtico espessado ajustado pelo peso foi 3,02 vezes maior em recém-nascidos com baixo peso, quando comparado ao grupo controle (p=0,049). Essa associação permaneceu significante mesmo após o ajuste de potenciais fatores de confusão - idade gestacional, tabagismo, anos de estudo e índice de massa corpórea maternos. Gestantes fumantes tiveram chance 5,2 vezes maior de terem recém-nascidos com baixo peso, assim como mães com escolaridade menor que 8 anos de estudo tiveram chance 3,5 vezes maior de gerarem crianças com baixo peso quando comparadas ao grupo controle. CONCLUSÃO: Na amostra deste estudo, os recém-nascidos a termo e com baixo peso ao nascer possuem maior espessamento da camada médio-intimal aórtica média ajustada pelo peso que os neonatos com peso adequado para idade gestacional, reforçando a hipótese de que eventos pré-natais podem ser determinantes para desencadear o processo aterosclerótico. Esse conhecimento reforça a possibilidade da prevenção cardiovascular desde o período neonatal, a fim de um controle mais efetivo da evolução da aterosclerose.BACKGROUND: Atherosclerosis begins in childhood and has a long pre-clinical phase before ischemic symptoms appear. This period provides a valuable opportunity for detection of subclinical disease and identification of high-risk individuals. Several epidemiologic studies have shown an association between low birth weight and an increased incidence of cardiovascular disease. Advances in imaging technology allow early identification of structural and functional vascular changes. AIM: Determine the association between low birth weight and intimamedia thickness of the abdominal aorta in neonates. METHODS: A case-control study was conducted between September 2011 and March 2012 at public maternities in Florianópolis, Santa Catarina. Measurement of the aortic intima-media thickness was obtained by ultrasound examination of the abdominal aorta of 132 term, 44 low birth weight (case group), and 88 appropriate weight for gestational age newborns (control group) matched by gender. Maternal demographic characteristics (age, race, and marital status), anthropometric measures (weight and height), socioeconomic status (literacy and income per capita), and, clinical conditions (hypertension, diabetes mellitus, parity, and tobacco use) were the control variables. Analyses were conducted using crude and multiple logistic regression with the statistical software, Stata 9. The Federal University of Santa Catarina and Carmela Dutra#s Maternity Ethical Committee for Research on Human Subjects approved the project. RESULTS: Our results showed that the probability of weight-adjusted aortic intima-media thickening was 3.02 times higher in infants with low birth weight when compared to the control group (p = 0.049). This association remained significant even after adjustment for potential confounding factors, such as maternal tobacco use, gestational age, maternal literacy, and maternal body mass index. Pregnant women who smoked had a 5.2 times greater probability of having infants with low birth weight, and those with low literacy had a 3.5 times greater probability of delivering children with low birth weight when compared to the control group. CONCLUSION: This study demonstrated that fullterm, low birth weight newborns have higher weight-adjusted and length-adjusted mean aortic intima-media thickness than appropriate size for gestational age newborns, reinforcing the hypothesis that prenatal events may be crucial in triggering the atherosclerotic process. This knowledge allows for the implementation of cardiovascular preventive strategies, as early as the neonatal period, to more effectively control the development of atherosclerosis.FlorianópolisGiuliano, Isabela de Carlos BackD'Orsi, EleonoraUniversidade Federal de Santa CatarinaReis, Monica Akemi de Souza Kurahayashi dos2013-06-25T23:18:23Z2013-06-25T23:18:23Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis126 p.| il., tabs., grafs.application/pdf309687http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/100855porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-06-25T23:18:23Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/100855Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-06-25T23:18:23Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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