Fatores associados às queixas musculoesqueléticas no contexto das condições de saúde e trabalho de instrumentistas de corda, considerando a ergonomia organizacional, cognitiva e física

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Clarissa Stefani
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95833
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2011
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spelling Fatores associados às queixas musculoesqueléticas no contexto das condições de saúde e trabalho de instrumentistas de corda, considerando a ergonomia organizacional, cognitiva e físicaEngenharia de produçãoErgonomiaSaude e trabalhoMusicosSaudeTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2011Este estudo objetivou identificar os fatores associados às queixas musculoesqueléticas no contexto de saúde e trabalho dos instrumentistas de corda, considerando os aspectos da ergonomia física, cognitiva e organizacional. As investigações foram realizadas com 27 instrumentistas de violino, viola, violoncelo e contrabaixo das orquestras de Santa Catarina. Para tanto, foram realizadas avaliações que especificam os aspectos organizacionais, cognitivos e físicos associados às condições de trabalho e saúde. Os resultados indicam que a idade (a partir dos 28 anos), o sexo (feminino) e ser graduado em música são fatores que se mostraram importantes para a prevalência das queixas musculoesqueléticas. Quanto aos aspectos organizacionais as queixas musculoesqueléticas se associam a fatores como o aumento da demanda de trabalho, ou seja, desenvolver atividades de performance em diferentes locais. Além disso, o número de apresentações, o tipo de repertório, o nível performático e tocar mais de um instrumento musical também podem ser considerados como fatores intervenientes para a presença de queixas musculoesqueléticas. O tempo de práticas instrumentais durante a semana (por mais de 21 horas) se mostrou estatisticamente significativo para a presença de queixas musculoesqueléticas. O fato de não se realizar pausas de descanso também pode ser considerado como potencial para os problemas de saúde e para a própria manutenção da integridade física. Com relação aos aspectos cognitivos os mais acometidos pelas queixas musculoesqueléticas foram aqueles que apresentaram baixo desgaste, ou seja, com baixa demanda e alto controle das atividades de trabalho com o instrumento. Quando as queixas musculoesqueléticas foram avaliadas, considerando os sintomas de ansiedade, observou-se que em todos os níveis foram encontrados indivíduos instrumentistas com queixas. No que concernem os aspectos físicos observou-se que fatores como a postura corporal, força, pressão, intensidade e volume das práticas podem ser consideradas determinantes para a incidência das queixas musculoesqueléticas. As prevalências associadas a cada região corporal podem ser associadas à utilização do instrumento, a permanência em posturas quase-estáticas de acordo com o tempo de prática e a própria postura sentada. Estes dados refletem nos resultados que indicam que 81,48% (n=22) dos instrumentistas foram acometidos pelas queixas musculoesqueléticas em pelo menos uma região corporal, nos últimos 12 meses e, 55,56% (n=15) dos instrumentistas com queixas nos últimos 07 dias. Considerando a saúde, pode-se observar que cinco instrumentistas foram afastados temporariamente das atividades de trabalho em função das queixas musculoesqueléticas. Para a atenuação dos sintomas observou-se que 66,67% (n=18) dos instrumentistas utilizaram medicamentos para a dor sendo que parte destes (61,11%; n=11) tiveram suas prescrições feitas por médicos. Atitudes ligadas à prevenção, como a realização de algum tipo de exercício físico, foram identificadas em 70,37% (n=19) dos instrumentistas. Além disso, realizar exercício físico se mostrou como importante fator de proteção para as queixas musculoesqueléticas, uma vez que, os indivíduos que não praticavam atividades regulares foram os mais acometidos pelos sintomas musculoesqueléticos.This study aimed at identifying musculoskeletal complaints associated factors in the string players health and work context taking into consideration physical, cognitive and organizational ergonomics. The investigations were performed on 27 musicians (violin, viola, cello and double bass) from orchestras of Santa Catarina. For this purpose, evaluations were conducted specifying the organizational aspects associated with cognitive and physical working conditions and health. The results indicate that age (from 28 years), gender (female) and being graduated in music are factors that were important for the prevalence of musculoskeletal complaints. Regarding the organizational aspects, musculoskeletal complaints are associated with factors such as increased labor demand, in other words, perform in different locations. Furthermore, presentations incidence, repertoire type, performatic level and playing more than one musical instrument can also be considered as intervening factors for the presence of musculoskeletal complaints. Instrumental practice time during the week (for over 21 hours) was statistically significant for the presence of musculoskeletal complaints. The fact of not making rest breaks can also be considered as potentially significant for health issues and for physical integrity maintenance. Concerning the cognitive aspects the most affected by musculoskeletal complaints were those with low wear, other words, with low demand and high control of work activities with the instrument. When musculoskeletal complaints were evaluated considering anxiety symptoms it was observed that at all levels musicians with complaints were found. Regarding the physical aspects observed, factors such as posture, force, pressure, intensity and practice amount can be considered as determinants for musculoskeletal complaints incidence. The prevalence rates associated with each body region may be related to the instrument hold in near static postures in accordance with practice time and sitting posture. These data reflect the results indicating that 81.48% (n = 22) of the musicians were affected by musculoskeletal complaints in at least one body region in the last 12 months, and that 55.56% (n = 15) of musicians related complaints in the last 07 days. Considering health, can be observed that five musicians were temporarily retired from work because of musculoskeletal complaints. For attenuation of symptoms was noted that 66.67% (n = 18) of the musicians took pain medicines and part of them (61.11%, n = 11) had the medicines prescripted by physicians. Preventive attitudes, such as physical exercise, were identified in 70.37% (n = 19) of the musicians. Furthermore, to exercise showed as an important protective factor for musculoskeletal complaints, since individuals who did not engage in regular activities were the most affected by musculoskeletal symptoms.Merino, Eugenio Andreas DiazUniversidade Federal de Santa CatarinaTeixeira, Clarissa Stefani2012-10-26T06:21:28Z2012-10-26T06:21:28Z2012-10-26T06:21:28Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis279 p.| il., grafs., tabs.application/pdf296902http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95833porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T12:05:30Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/95833Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T12:05:30Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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