Filologia cósmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brzozowski, Julian Alexander
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219418
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2020.
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spelling Filologia cósmicaLiteraturaFilologiaFicçãoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2020.É possível seguirmos conduzindo investigações intelectuais a partir do postulado da excepcionalidade antrópica? A distinção histórica entre Natureza e Cultura orientou uma tradição de pesquisa atualmente em exaustão, pautada sobre um profundo contraste ontológico: de um lado, teríamos um regime de ser que não se permite ludibriar por artifícios linguísticos, não se deixa convencer pela ficção, pois se encontra em uma marcha pré-determinada pelos instintos inatos decorrentes de sua existência puramente mecânica: tal regime é chamado Natureza. Do outro lado, teríamos um regime de ser que, por sua vez, constrói toda a fundamentação de seu tecido social a partir de jogos linguísticos, de acordos poéticos confeccionados enquanto inscrições da letra na forma do Nome da Lei, marcados por uma profunda indeterminação criativa compreendida como livre arbítrio: tal regime é chamado Cultura. Entretanto, o capítulo geológico a que chamamos Antropoceno exige uma reformulação dessa distinção, dado que as forças culturais se tornam a mais drástica força geofísica, e as forças naturais o mais profundo agente político. Disso resulta a necessidade de refabulação das propriedades mnêmicas da ficção e da linguagem, impossíveis de serem compreendidas como traço de excepcionalidade antrópica. Desenvolveremos, no presente escrito, uma tentativa de estudo das formas de conexão dos saberes alternativo à tradição excepcionalista. Nos pautaremos no postulado de um cosmos fraturado, cuja manifestação fissurada se dá no espetáculo das imagens e cuja leitura é o princípio de funcionamento da vitalidade cósmica. Exploraremos as formas como o limite do fundo sem fundo, o Real lacaniano a conduzir as pesquisas nas humanidades desde os meados do século XX, pode escapar de seu costumeiro correlato teórico que é a tanatopolítica, ao sublinharmos as incontáveis formas como uma fratura ontológica pode produzir, inversamente, a vida, aquém e além da civilização antrópica.Abstract: Is it possible to keep on conducting intellectual investigations from the postulate of anthropic exceptionality? The distinction between Nature and Culture has oriented a research tradition currently facing its exhaustion, built upon a profound ontological contrast: on one side, we have a regime of being that does not allow to be fooled by linguistic maneuvers, that shan?t be tricked by fiction, given the fact that it operates a non-stopping march pre-determined by its innate instincts, arising from its purely mechanical existence: that regime is called Nature. On the other side, we have a regime of being that builds the fundaments of its social fabric upon linguistic games, upon poetic contracts crafted as letter inscriptions in the form of Law?s Name, marked by a profound creative indetermination understood as free will: such regime is called Culture. However, the geological chapter which we call Anthropocene demands that this distinction be reformulated, given that cultural (linguistic) forces have become the most drastic geophysical force, while natural forces have become the most impacting political agent. From that results the need to re-fable the mnemic properties of language and fiction, no longer comprehensible as traces of anthropic exceptionality. We will develop, in the present study, an attempt of investigation of the connection of knowledges such as an option to the exceptionalist tradition. We shall build upon the postulate of a fractured cosmos, whose severed manifestation is understood in the never-ending spectacle of images. We will demonstrate how the reading process of such images operates a working principle of cosmic vitality. We shall explore the ways that the bottomless limit, the lacanian Real which conducts most researches in the field of Humanities since mid-twentieth Century, can escape its costumery theoretical counterpart which is thanatopolitics, by means of underlining the countless ways an ontological fracture can produce, inversely, life, above and beyond anthropic civilization.Capela, Carlos Eduardo SchmidtUniversidade Federal de Santa CatarinaBrzozowski, Julian Alexander2021-01-14T18:09:30Z2021-01-14T18:09:30Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis182 p.| il.application/pdf370973https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219418porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-14T18:09:30Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/219418Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:09:30Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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